Capítulo 26 - Ganhar

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BRYAN


Piscando rapidamente bocejo e olho em direção de onde vem a claridade, começo a mover o meu braço, mas paro quando sinto Arabela se mover se aconchegando ainda mais em cima do meu peito. Minha mão está possessivamente agarrando-a pela cintura

Sorrindo me inclino para frente e tiro uma mecha de cabelo do seu rosto e vejo sua mão debaixo da sua bochecha, seus olhos cerrados e sua expressão em paz. Fecho os olhos novamente e a puxo ainda mais para perto enquanto me aconchego no seu calor ignorando que estamos no chão de sua sala, com um lençol jogado em cima de nós dois

Bocejo de novo já me entregando ao cochilo, mas paro quando sinto algo roçar minha panturrilha. Abro os olhos tentando ver e pulo um centímetro quando sinto algo beliscar minha perna

- Cacete – eu falo e Arabela acorda assustada ao meu lado piscando tentando entender

- O que...? – ela para me olhando e eu aponto para o seu gato que está me encarando de cima da minha perna com o rabo abanando lentamente

- Seu gato dos infernos – eu falo me sentando, Arabela coça os olhos e eu tento me concentrar desviando a atenção de como ele parece adorável enrolada em um lençol com o cabelo amassado depois da noite de ontem.

- Meu gato não é dos infernos – ela comenta e eu lanço um olhar ameaçador para o gato – Ele só não gosta muito de você

- O que? – eu grito insultado – Isso é uma afronta, ele nem me conhece

- Verdade

- Exatamente, ele...

- Se ele te conhecesse, ele provavelmente te arranharia no rosto – ela completa sorrindo maliciosa e eu estreito os olhos

- Isso é um insulto à minha pessoa, e me sinto no dever de provar que esse gato vai me amar

- Boa sorte – ela diz rindo e eu movo minha perna fazendo com que Ikaros pule para o chão, deito Arabela com rapidez e ela ri da minha expressão de afronta

- Vou provar a você srta. Turner

- Ok – Arabela diz com a voz ainda rouca pelo sono. Resmungo baixinho e a puxo para outro beijo, meu corpo estremece com desejo e eu afasto o lençol enquanto minhas mãos seguram sua perna puxando-a para mim.

Seu gemido baixinho me faz sorrir e antes que eu possa me aproveitar disso escuto o que parece ser um carro estacionando do lado de fora. Nossas cabeças se levantam rapidamente e eu faço uma careta quando nossas testas se batem

- Aí – ela diz e eu praguejo

- Foi mal – falo rapidamente me sentando – Por favor me diga que seu irmão está fora da cidade

- Ele está – ela diz e eu expiro aliviado – Mas se for mais de nove horas da manhã ele com certeza está na cidade

Olho para o relógio do celular e xingo, Arabela escuta e se levanta começando a pegar o lençol e jogá-lo sobre o seu corpo

- Se veste e não coloca a gravata – ela diz e eu me visto catando as roupas, jogando seu vestido em um ombro ela corre escada acima e eu termino de abotoar a camisa um tanto amassada.

Arabela desce com um vestido curto de cor azul e faz algo com o cabelo prendendo-o em um coque mais ou menos arrumado. Olho para ela sem entender e ela corre para a cozinha

- Desculpe, mas eu sou meio novo nesse lance de ser pego em flagrante – eu começo e termino de colocar os sapatos – Mas eu não deveria estar fugindo?

Cores da TentaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora