Capítulo 25 - Meia Noite

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ARABELA


Segurando a barra do vestido eu desço do taxi agradecendo mesmo quando eu queria xinga-lo.

O motorista literalmente perdeu a linha do destino e quase foi parar do outro lado da cidade se eu não tivesse colocado o GPS na sua frente. Puxo uma respiração e tiro os sapatos pendurando-os na ponta dos dedos enquanto ando descalça até a frente da casa.

- Meia noite – pulo assustada colocando a mão livre no peito e me viro vendo Seymour sair de trás da árvore apoiando seu ombro nela com as mãos nos bolsos. Sua máscara ainda no mesmo lugar

- O que? – eu pergunto piscando tentando me concentrar

- Eu disse que é meia noite – ele faz uma pausa, mas como eu não respondo ele continua – É hora de tirar as máscaras gatinha

- Isso é uma metáfora? E para de me chamar de gatinha

- Talvez – ele diz e ignora o meu pedido começando a se aproximar me fazendo dar alguns passos atrás – Ou eu só quero realmente tirar essa máscara de você

- Porque? Não acha que eu fico bonita com ela? – falo tentando aliviar o clima tenso e ele inclina a cabeça para o lado me observando

- É linda, mas está me impedindo de ver seus olhos

Alcanço o batente da porta e coloco minha mão para trás buscando apoio, Seymour para a alguns centímetros e sinto o cheiro do seu perfume me atingir de cheio me fazendo suspirar baixinho

- Abra a porta – ele diz baixinho e eu tomo uma respiração

- Outra metáfora?

- Não, dessa vez eu só quero que abra a porta mesmo – ele diz com um sorriso e rápido demais ele me beija. Me tirando o ar restante, movendo minha mão para trás eu encontro a fechadura e a abro com um impulso colocando nós dois para dentro – Diga que seu irmão não está aqui – Seymour fala entre um beijo e outro e eu resmungo um "sim" antes que ele me beije de novo

Suas mãos vão para meu pescoço conduzindo o beijo e eu ofego enquanto minhas mãos tiram seu casaco e desenrolam sua gravata. Ele grunhe em confirmação quando fica livre e eu começo a desbotoar a camisa branca.

Suas mãos seguram minha cintura e com um impulso pequeno estou nos seus braços sendo carregada até o meio da sala. Seymour me coloca no meio do tapete e eu arfo quando ele desliza sua boca por meu pescoço e indo em direção ao decote.

Agradeço mentalmente as meninas que me coagiram a usar o vestido e arranco a camisa dele enquanto suas mãos se movem pelo meu corpo, como se quisesse mapear cada parte dele. Sua boca desce sobre a minha e eu suspiro quando ele aprofunda o beijo segurando minha cintura com força.

Minhas mãos descem em um caricia suave pelo seu corpo e ele grunhe em resposta aprovando. Ainda com os lábios nos seus eu sorrio e minhas mãos param na barra de sua calça tirando lentamente o cinto, Seymour percebe minha intenção e sorri também se inclinando e mordendo gentilmente meu lábio inferior enquanto gira os quadris causando fricção.

Me arqueio e suas calças saem, puxo seu pescoço para baixo e ele beija a pontinha do meu nariz me olhando ainda de máscara

- Sua vez – eu falo e ele sorri malicioso enquanto desce o zíper do meu vestido me fazendo estremecer em antecipação. Seus dedos tocam no ponto final, estendo minhas mãos para cima e ele com um puxão o tira do meu corpo, sua respiração fica presa e seu olhar desce pelo meu corpo parando somente para tocar com a ponta dos dedos. O peito, a barriga, ele sorri quando me vê estremecer e seus dedos alcançam a barra da lingerie a descendo tão lentamente que eu me pego pensando se não podia arranca-la somente.

- Bryan Seymour – eu falo ofegante e ele ricocheteia o olhar para mim, seus olhos brilhando enquanto me observa – Não é hora para brincadeiras

- Mas eu adoro brincar – ele diz em resposta continuando a caricia, meu quadril se arqueia quando ele toca um ponto atrás do meu joelho e eu resmungo

- Arrogante

- Gatinha – ele diz se inclinando e sussurrando em meu ouvido. Puxo uma respiração quando ele desce a boca sobre um dos meus seios e o toca com a ponta da língua. Suas mãos se movem arrancando qualquer roupa restante e eu o puxo para cima encerrando as brincadeiras.

Antes que eu vire uma pequena poça

Seymour se afasta por alguns segundos e logo em seguida sua boca está na minha de novo, me beijando com tanta urgência que segundos depois estou arfando necessitada. Segurando minhas mãos acima da minha cabeça ele se inclina e seu quadril se impulsiona em um movimento suave e preciso

- "Tão bom ser teu que sou – ele sussurra com a maldita voz rouca – Eu a teus pés derramado – solto um gemido quando ele se impulsiona de novo dessa vez bem mais lento – Pouco resta do que fui – arqueio o quadril ao seu encontro – De ti depende ser bom ou ruim – suas mãos soltam as minhas e seguram minhas coxas colocando-as em torno de sua cintura – Serei o que achares conveniente"

Seus movimentos aceleram e eu me contorço sobre o seu toque, minhas mãos vão para as suas costas segurando-as em algo e eu arranho levemente enquanto arfo. Seymour então para os movimentos de novo e eu observo ofegante quando ele move suas mãos para o meu rosto

Seymour acaricia de leve minha bochecha e com um simples movimento a máscara se esvai caindo ao nosso lado. Um sorriso toca sua boca e eu prendo a respiração

- Aí está você – ele sussurra maravilhado e eu balanço a cabeça enquanto me inclino para frente tomando seus lábios nos meus.

E nos beijamos

E nos encontramos no meio

E caímos de encontro ao chão. Perdidos, extasiados

Juntos

Cores da TentaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora