❝ 𝐑𝐎𝐒𝐄 𝐏𝐎𝐓𝐓𝐄𝐑| desde pequena passando por maus bocados. Para todo mundo bruxo ela morreu naquela terrível noite em Godric's Hollow, mas ela está vivinha no orfanato Saint-Omer, na França. Mal sabe ela que sua vida irá ficar de cabeça para...
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UMA VEZ, UM ESCRITOR britânico chamado Henry James disse: Não há mentira pior do que uma verdade mal compreendida por aqueles que a ouvem. E mais uma vez, as palavras fazem a função de nos dar um murro na cara.
Rose não entendia como tudo isso tinha acontecido em tão pouco tempo. Em um segundo ela estava na comunal fazendo as atividades e em outro ela estava tendo um dia de cão.
- Srta. Potter, pode entrar- Snape disse com metade do corpo para fora da porta.
Rose suspirou e se levantou devagar, tentando não cair, Harry a ajudou com a mão pousando no cotovelo dela. O ar se tornou afiado, como se ela estivesse respirando várias adagas. Passou pelo portal da porta olhando bem dentro dos olhos escuros do professor de poções, mas ele desviou os olhos.
- Potter, você não- Snape disse às costas de Rose, provavelmente para Harry.
Mas ela não olhou para trás, seu coração trotava agitadamente dentro da caixa torácica e a única coisa que faria ele parar, era a resposta que sairia dos lábios do diretor de Hogwarts. A sala estava a mesma coisa que antes, velas suspendidas com suas chamas quentes iluminando o aposento, uma cadeira disposta em frente a mesa do professor, onde Roe esteve a poucos momentos tentando provar que ela não tinha sido a autora do atentado contra Astoria Greengrass.
- Sentem-se Srta. Potter- Dumbledore disse educadamente, mas ela não queria se sentar, ela não conseguia se sentar nessa situação.
- Não- Negou engolindo em seco.
- Bom- O homem mediou passando os dedos longos pela mesa de madeira escura- Eu e os professores escutamos os depoimentos de seus colegas e chegamos a um veredicto.
Rose ergueu o queixo e encarou dentro daqueles olhos azuis brilhantes. Ela sabia o veredicto antes mesmo dele proferir. O coração dela se acalmou, em uma paz extraordinariamente suave. Era como se enfim tudo que ela sempre esteve procurando, de repente tivesse vindo à tona. Era uma satisfação interior que ela nem mesmo sabia que morava dentro dela.
- Diretor, se me permite- Pediu levando os olhos para a janela e ele assentiu- Já disse ao senhor que eu não fiz isso. Disse que não me lembrava de nada até eu colocar meus pés nessa sala e mesmo assim o senhor não acreditava em mim. Já olhou em minha mente? Deixei as barreiras abaixadas.
O diretor suspirou se apoiando na mesa de madeira com a palma da mão.
- Já olhei, Rose. A única coisa que eu vi, foram as imagens que os garotos me disseram que presenciaram vê-la fazendo- Rose assentiu devagar e passou os dedos pelo cabelo.