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CAPITULO SETENTA E CINCO

UM MERLIN?

Música do cap: Stand Up- Cynthia Erivo

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Música do cap: Stand Up- Cynthia Erivo

-VOCÊS SABEM, NATURALMENTE, que muitos chamam este garoto de minha perdição! -disse Voldemort baixinho, os olhos fixos em Harry- perdi meus poderes e o meu corpo, tentei matá- los. A mãe deles morreu, tentando salvá-los, e, sem saber, o resguardou com uma proteção que, devo admitir, eu não havia previsto... Eu não pude tocar no rapaz, mas na irmã...

Rose deixou cair mais uma lágrima, então sentiu uma mão macia em seu punho. Olhou para o lado e começou a chorar mais quando viu a madrinha desfazendo o nó devagarinho.

-A mãe deixou nele os vestígios do seu sacrifício... Isto é magia antiga, de que eu devia ter me lembrado, foi uma tolice tê-la esquecido... Mas isso não importa. Eu agora posso tocá-lo.

Colocou o dedo na cicatriz dele. O primeiro punho de Rose ficou livre e ela olhou para o céu fazendo uma oração. Ela quase nunca fazia então tinha uma chance de Jesus não escuta-la.

- Eu calculei mal, meus amigos, admito. Minha maldição foi refratada pelo tolo sacrifício da mulher e ricocheteou contra mim. Ah... A dor que ultrapassa a dor, meus amigos, nada poderia ter me preparado para aquilo. Fui arrancado
do meu corpo, me tornei menos que um espírito, menos que o fantasma mais insignificante... Mas, ainda assim, continuei vivo. Em que me transformei,
nem eu mesmo sei... Eu que cheguei mais longe do que qualquer outro no caminho que leva à imortalidade. Vocês conhecem o meu objetivo, vencer a morte. E agora fui testado, e aparentemente uma, ou mais de uma, das minhas experiências foi bem sucedida... Pois eu não morri, embora a maldição devesse ter me matado. Contudo, fiquei tão impotente quanto a mais fraca criatura viva e
sem meios de ajudar a mim mesmo... Pois não possuía mais corpo, e qualquer
feitiço que pudesse ter me ajudado exigia o uso da varinha... Só me lembro de
me obrigar, sem dormir, sem cessar, segundo a segundo, a existir... Fui morar em um lugar distante, numa floresta e esperei... Certamente um dos meus fiéis
Comensais da Morte tentaria me encontrar... Um deles viria e realizaria por mim a mágica necessária para eu recuperar meu corpo... Mas esperei em vão...

O arrepio tornou a perpassar o círculo de atentos Comensais da Morte. Voldemort deixou o silêncio espiralar de modo terrível antes de prosseguir:

-Só me restara um poder. Eu podia me apossar do corpo de outros. Mas eu não me atrevia a ir aonde viviam muitos humanos, pois eu sabia que os aurores continuavam a viajar pelo exterior à minha procura. Por vezes eu habitava animais, as cobras, é claro, eram minhas preferidas, mas eu não ficava muito melhor dentro delas do que como puro espírito, porque seus corpos eram
mal equipados para realizar mágicas... E apossar-me delas encurtava suas
vidas, nenhuma delas sobreviveu muito tempo... Então... Há quatro anos... Os
meios para o meu retorno me pareceram garantidos. Um bruxo, jovem, tolo e
crédulo, cruzou o meu caminho na floresta em que eu vivia. Ah, ele parecia
exatamente a chance com que eu sonhara... Porque era professor na escola de Dumbledore... Era dócil à minha vontade... E me trouxe de volta a este país e, pouco depois, me apoderei do seu corpo para vigiá-lo de perto enquanto cumpria minhas ordens. Mas meu plano fracassou. Não consegui roubar a Pedra Filosofal. Não pude obter a vida eterna. Fui impedido... Fui impedido, mais uma vez, por Harry Potter...

𝐑𝐎𝐒𝐄 𝐏𝐎𝐓𝐓𝐄𝐑, 𝐚 𝐢𝐫𝐦𝐚 𝐧𝐚𝐨 𝐭𝐚𝐨 𝐩𝐞𝐫𝐝𝐢𝐝𝐚 Onde histórias criam vida. Descubra agora