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CAPÍTULO SESSENTA

OLHO-TONTO MOODY

OLHO-TONTO MOODY

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AS GAROTAS ENTRARAM pelas grandes portas do castelo. Havia um ar diferente pairando no ambiente, Rose tinha a forte impressão de que se tratava da surpresa que a Senhora Weasley estava falando. Talvez esse ano seja mais calmo, pensava enquanto observava o temporal pela janela da carruagem. Os relâmpagos riscaram o céu no momento em que a carruagem parou diante das enormes portas de entrada de carvalho, a que se chegava por um lance de degraus de pedra. Rose, Daph, Katy e Demi desceram correndo e subiram escada acima só erguendo a cabeça quando já estavam seguras, no cavernoso saguão de entrada iluminado por archotes, com sua magnífica escadaria de mármore.

- Carácoles - exclamou Demi, sacudindo a cabeça e espalhando água para todos os lados -, se isso continuar assim, o lago vai transbordar. Estou toda molhada, ARRE!

Um grande balão vermelho e cheio de água caíra do teto na cabeça de Demi e estourara. Encharcada e resmungando, Demi cambaleou para o lado e esbarrou em Rose na hora em que uma segunda bomba de água caiu - errando Katy por um triz, ela estourou aos pés de Rose, espirrando água gelada por cima dos tênis e das meias da garota. As pessoas em volta soltaram gritinhos e começaram a se empurrar procurando sair da linha de tiro - Rose olhou para o alto e viu, flutuando seis metros acima, Pirraça, o poltergeist, um homenzinho de chapéu em forma de sino e gravata-borboleta cor de laranja, o rosto largo e malicioso contorcendo-se de concentração para tornar a fazer mira.

- PIRRAÇA! - berrou uma voz zangada. - Pirraça, desça já aqui, AGORA!

A Prof a Minerva McGonagall, subdiretora da escola e diretora da Grifinória, saiu correndo do Salão Principal; a professora escorregou no chão molhado e agarrou Katy pelo pescoço para evitar cair.

- Ai... desculpe, Srta. Bustrode...

-Tudo bem, professora! - ofegou Katy, massageando a garganta.

- Pirraça, desça aqui AGORA! - bradou ela, ajeitando o chapéu cônico e olhando feio pelos óculos de aros quadrados.

- Não tô fazendo nada! - gargalhou Pirraça, disparando uma bomba de água contra várias garotas do quinto ano, que gritaram e mergulharam no Salão Principal. - Já molharam as calças, foi? Que inconvenientes! Ihhhhhhhhhh! - E mirou mais uma bomba em um grupo de alunos do segundo ano que tinha acabado de chegar.

- Vou chamar o diretor! - ameaçou a Profa Minerva. - Estou lhe avisando, Pirraça…

Pirraça estirou a língua, jogou a última de suas bombas de água para o alto e disparou pela escada de mármore acima, gargalhando feito um louco.

- Bom, vamos andando, então! - disse a professora em tom eficiente para os alunos molhados. - Para o Salão Principal, vamos!

Rose, Demi, Daph e Katy  escorregaram pelo saguão de entrada e pelas portas de folhas duplas à direita, Daphne, furiosa, resmungando entre dentes ao afastar os cabelos, que escorriam água, para longe do rosto. O Salão Principal tinha o aspecto esplêndido de sempre, decorado para a festa de abertura do ano letivo. Pratos e taças de ouro refulgiam à luz de centenas e centenas de velas que flutuavam no ar sobre as mesas. As quatro mesas longas das Casas estavam cheias de alunos que falavam sem parar; no fundo do salão, os professores e outros funcionários sentavam-se a uma quinta mesa, de frente para os estudantes. Estava muito mais quente ali. As quatro seguiram para a mesa da sonserina onde o pessoal quase não estava molhado, Rose se perguntou sobre a possibilidade deles terem subornado pirraça para não molhá-los, não seria estranho.

𝐑𝐎𝐒𝐄 𝐏𝐎𝐓𝐓𝐄𝐑, 𝐚 𝐢𝐫𝐦𝐚 𝐧𝐚𝐨 𝐭𝐚𝐨 𝐩𝐞𝐫𝐝𝐢𝐝𝐚 Onde histórias criam vida. Descubra agora