Capítulo 14

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Estou perdida em pensamentos quando sinto as mãos de Aleksander tocar em meu ombro de leve, e quase um roçar de dedos em minha pele

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Estou perdida em pensamentos quando sinto as mãos de Aleksander tocar em meu ombro de leve, e quase um roçar de dedos em minha pele. Esquivo-me na mesma hora, não suporto esse homem me tocando ele e repugnante.

- Tem comida em cima da mesinha perto da porta do closet. Vá comer, não quero um pedaço de osso quando eu estiver fudendo. - Ele está calmo, sua voz sai tranquila, como se nada tivesse acontecido.

- Eu não quero. - Meu estômago está se revirando, colocar algo na boca é impossível agora, eu colocaria para fora em questão de segundos.

- Foda-se! Vai comer sim. - Olhei para Aleksander que estava amarrando seu roupão. - Limpe esse rosto também, apesar que minha porra fica linda nesse rostinho bonitinho. - Ele riu.

Reunindo todas as forças que eu tinha me levantei me apoiando na poltrona. Meu corpo está cada vez mais dolorido, o efeito do medicamento que Aleksander deve ter aplicado em mim, está passando.

- Você é uma delícia. - Revirei os olhos pelo seu comentário malicioso.

Fui caminhando devagar até o banheiro, entre minhas pernas uma queimação estranha aumentava a cada passo que eu dava, era como se ele ainda estivesse dentro de mim, forçando seu membro em meu interior, sinto que ainda estou sentada em cima dele com aquela coisa dentro de mim. Ao chegar no banheiro pela primeira vez olho no espelho desde que tudo aconteceu, meu estado é deplorável.

Meu rosto está todo sujo de esperma, está escorrendo da minha testa e bochechas lentamente quase pingando em meus seios expostos. É uma coisa horrível, desprezível, me sinto suja por ter isso em minha pele. O pecado está cravado em meu rosto, uma forma suja de disseminar a perversão, o errado, aquilo que nunca imaginei fazer. O gosto de Aleksander ainda está em minha boca, consigo sentir seu membro batendo em minha garganta com força, ele parecia querer se enfiar todo dentro de mim, sem se importar com meus limites, minha dor.

Reparo mais em meu rosto, ele tem marcas de dedos cravadas em minhas bochechas, em meu lábio inferior há um grande corte saindo um pouco de sangue, ele está bastante inchado. Perto de meu olho esquerdo há um pequeno hematoma, ficando roxo, meus olhos estão vermelhos de tanto chorar. Isso é impossível de não se fazer também.

A dor que sinto e não chega perto das lágrimas que derramo, mas é a única forma de demonstrar um pouco de meu sofrimento.

Ligo a torneira molhando minhas mãos, logo depois pego um pouco de sabonete líquido espalhando pelas palmas das mesmas em movimentos circulares, então passo em meu rosto. O sabonete tem um cheiro gostoso de menta e um leve frescor ao entrar em contato com a pele. Esfrego o sabonete por todo meu rosto com força, faz bastante espuma. Não me importo se está doendo ou irritando meus machucados e meus olhos, só quero tirar essa coisa imunda da minha pele.

Liguei a torneira e enxuguei meu rosto, retirando toda espuma com aquela coisa branca. Não julgo que seja o suficiente, pego mais sabonete e passo em meu rosto com mais força. No total lavei meu rosto quatro vezes, minha pele ardia pela tamanha força que usei.

Senhor LancasterOnde histórias criam vida. Descubra agora