Sinto as mãos de Aleksander percorrer meu corpo com firmeza. Suas mãos são grossas, não são macias, isso deve ser pelo seu trabalho duro, apesar que não sei o que ele faz direito. Seu toque é brusco, ele não tem delicadeza para me tocar. Aleksander tocando um pedaço de madeira e a mim não tem diferença, seu jeito bruto é igual com tudo, ele não faz nenhuma questão de ser um pouco mais carinhoso ao me tocar. Ele é um verdadeiro ogro, sem sentimentos.
- Você é linda, minha flor - Ele volta a alisar meus cabelos como se eu fosse um animal. Uma angústia crescer em meu peito, um sentimento estranho encher meu coração. Não consigo explicar, é como se meu coração tivesse parado de bater aos poucos e eu não conseguisse fazer nada para impedir minha morte, e sufocante, desesperador.
- Aleksander! - Chamei sua atenção. Em silêncio tento pedir por ajuda, clamo para que ele me ajude! Não estou bem, na verdade nunca estive. Mesmo ele sendo um monstro preciso de sua ajuda.
- Diga minha flor - Ele continua alisando meus cabelos, minhas mãos tremem sem parar, a angústia aumenta, o medo domina meu corpo. Um medo inexplicável!
- Melissa? - Ele para de alisar meus cabelos focando seus olhos em meu rosto banhado em lágrimas. Não consigo olhar para ele. Fecho meus olhos de tanto medo que estou sentindo, é um medo de tudo, dele, desse quarto, das minhas ações, de tudo.
- Melissa pare com isso - Ele pega minha mão abrindo meus dedos, que até então eu não tinha percebido que minhas unhas estavam fincadas na palma da minha mão. Sinto uma leve ardência quando ele tira minhas unhas cravadas em minha pele, dói um pouco.
- Melissa abra os olhos, olhe para mim - Faço um "não" com a cabeça. Estou soando além do normal, minha respiração está desregulada de um jeito que tenho que puxar o ar com força para conseguir respirar. Não sei o que está acontecendo, só quero que isso pare, que esse medo sem razão suma.
- PORRA, ABRA ESSES MALDITOS OLHOS MELISSA - Ele grita. Logo depois um tapa estalado é desferido em minha face. Isso é como se tivesse ativado vários gatilhos de uma vez em minha mente, várias coisas ruins vêm à minha cabeça, coisas desesperadoras, horríveis. Já não consigo respirar, lágrimas querem sair com tudo custo, querem ser libertadas para demonstrar um pouco da minha dor, mas não consigo abrir meus olhos, eu tenho medo.
- IREI CONTAR ATÉ TRÊS PARA VOCÊ ABRIR ESSES OLHOS MELISSA, OU IREI TE FODER EM CIMA DESSA MESA DE UM JEITO QUE VOCÊ NÃO IRÁ GOSTAR. - Sua sentença é dita. Por que ele não me ajuda? Eu mal consigo respirar, meu corpo treme sem parar, o suor molha minhas roupas, sinto que irei morrer a qualquer instante, que minha mãe irá me achar e me levar de volta para aquela casa horrível no subúrbio. Um turbilhão de coisas de passam em minha cabeça, e tudo que consigo sentir é medo, esse maldito medo!
- 1... 2... 3... te dei sua oportunidade Melissa - Alek me pega pelos cabelos me levantando com violência da cadeira, ele tira rapidamente o roupão de meu corpo. Estou totalmente exposta para ele, minha nudez não me envergonha, pois, sei que estou assim não por livre e espontânea vontade.
- Estou louco para comer essa boceta de novo - Ele aperta meus seios com firmeza, dói muito, eles estão sensíveis, suas mãos vão descendo vagamente por minha barriga até chegar em minha intimidade, ele abre sua mão cobrindo minha carne depois a fechando com brusquidão. Gemo de dor, ele esmaga forte minha carne, parece que ele quer arrancá-la.
- Pare de tremer Melissa, isso não irá me impedir de te comer - Minha vontade de chorar aumenta drasticamente, mas não consigo. O que está acontecendo comigo Deus? Porque meu corpo está assim? Porque não consigo fazer isso parar?
- PORRA, CANSEI - Aleksander passar o braço sobre a mesa, jogando tudo que há sobre ela no chão, o barulho das coisas se quebrando é alto, as coisas metálicas fazem um som agudo ao caírem. Ele vira meu corpo com brusquidão me deixando de costas para ele, minha bunda roça em suas partes íntimas, ele está excitado, muito eu diria. Alek segura minha nuca com força obrigando-me a me deitar na mesa, meus seios são pressionados no material frio da mesma, com isso todos os pelos do meu corpo se arrepiam.
- Estou louco para marcar essa bundinha com meu chicote, minha florzinha, irei deixá-la vermelhinha e cheia de sangue - Um primeiro golpe é desferido em minhas nádegas, meu corpo se contorcer de dor, não sei com o que ele está me batendo, é um material duro, como um pequeno pedaço de madeira. Dói muito, tenho a sensação de que minha pele está queimando.
- Que coisa linda! - Outro golpe vem com mais força, queimar outra vez como fogo! Sinto minha pele rasgar. Aperto minhas mãos na mesa para tentar amenizar a dor. Estou sentindo uma dor tão grande que parece que mil homens estão tocando meu corpo, fazendo o que querem com ele.
- Minha, toda minha! - Ele puxa meus cabelos com força, erguendo minha cabeça um pouco. Sinto sua respiração em meu ouvido, seus lábios estão perto demais - Irei te dar um aviso Melissa, não importa que você esteja em uma maldita crise do pânico, esteja morrendo, ou o escambau que for, sempre irei te comer e te punir quando eu quiser e na hora que eu quiser, pois, sou seu dono! - Ele bate em minhas nádegas outra vez, a dor cresce, é terrível de se aguentar.
Agora entendo, os sinais, meu corpo suando, minha tremedeira incontrolável, o medo gigantesco dentro de mim, minha respiração descontrolada, a vulnerabilidade que me encontro. Eu estou em uma crise de pânico, já estive nesse estado nos primeiros dias no convento. Foram três crises ao todo, sempre demorava a passar. Eu não sabia o que era, como fazer isso parar, era agonizante estar sofrendo e não poder fazer nada. No convento ninguém nunca me explicou o que era. Agora finalmente entendo.
- Hum! Que delícia - Ele alisou minha bunda contemplando o estrago que causou! - Nunca pensei que uma pistola fosse tão boa para dar uma pequena surra - Ele me bateu com uma arma? Aos poucos minha mente vai assimilando essa informação. Minha mente também vai acordando, o medo criado em minha cabeça vai se disseminando aos poucos, restando somente a repulsa desse homem.
Consigo abrir meus olhos aos poucos, minha cabeça lateja de dor, meu corpo finalmente parou de tremer, o suor cessou. Mexo meu corpo um pouco para sair da posição desconfortável que me encontro, mas era melhor ter mantido-me no lugar, minhas nádegas queimam de dor, parecem estar em carne viva, penso que esteja mesmo. Sinto um líquido quente escorrer pelas minhas penas, tenho certeza que é sangue, meu sangue!
As mãos de Aleksander continuam a segurar forte meus cabelos, ele os aperta sem necessidade alguma, estou parada, a sua mercê, não tinha necessidade disso. Por um momento desejei do fundo, de meu coração que eles caíssem, eu não queria um fio de cabelo sequer em minha cabeça, eu não queria sentir mais dor através deles, mas esses pensamentos ruins são despertos quando lembro da promessa que fiz e eu quero cumpri-la!
Aleksander está terrível viu, esse homem me deixa doidinha!
Espero que tenham gostado 🙂
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Bjsss 😙 Até breve florzinhas ❤️
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Senhor Lancaster
Roman d'amour(Concluído) Alerta: Romance dark +18 | SEM REVISÃO Melissa Parker é uma jovem de dezoito anos que vive em um convento na cidade de Saint Jacobs, prestes a se tornar freira ela vive no convento desde que sofreu um grande trauma. Melissa é doce, genti...