Capítulo 29

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As cortinas balançam pelo vento fraco dando uma visão plena do céu nublado, o dia amanheceu escuro e frio, em outros casos eu diria que uma chuva forte está por vir, mas tenho o sentimento de que algo muito ruim está por vir e isso está tirando mi...

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As cortinas balançam pelo vento fraco dando uma visão plena do céu nublado, o dia amanheceu escuro e frio, em outros casos eu diria que uma chuva forte está por vir, mas tenho o sentimento de que algo muito ruim está por vir e isso está tirando minha tranquilidade. Desde que acordei rolo pelos lençóis sem a mínima vontade de levantar, tenho a sensação de que se eu ficar nessa cama pelo resto do dia, problemas não aparecerão. Uma coisa boa que vem acontecendo é que desde que Alek saiu ele não voltou, isso já tem horas, ele deve estar resolvendo algo no seu mundinho do crime.

Uma batida fraca na porta me tirou dos meus pensamentos turbulentos, pela hora deve ser Cristina trazendo algo para mim comer. A mandei entrar não me levantando, irei pedi-la para servir o café na cama.

– Olá Melissa – Ela cumprimentou informalmente, já que Alek não está por perto.

– Oi! Cristina – Devolvi sem ânimo.

– Está triste? A noite não foi boa? – Corei de vergonha, ela deve pensar que fiz coisas pecaminosas com Alek até o sol raiar.

– Foi! Dormir a noite toda, muito bem, por sinal! – Deixei claro que apenas dormi depois que ela foi embora, céus que vergonha! Cristina é uma mulher experiente, ela sabe das coisas.

– Que bom! Melissa – Agora quem ficou intrigada se ela estava triste sou eu, Cristina respondeu com uma voz embargada como se tivesse com vontade de chorar.

– Está tudo bem? — Perguntei preocupada.

— É-è… – Ela gaguejou com uma voz arrastada pelo seu choro silencioso. Minha vontade era de levantar e abraçá-la, mas infelizmente não consigo, me sinto um ser humano horrível por isso.

– Sente-se aqui! – Fiz menção para ela sentar na cama – Me conte o que aconteceu.

– Não seria prudente Melissa, o senhor Lancaster não gostará disso – Cristina disse tentando secar as lágrimas.

– Depois me resolvo com ele – Eu só quero uma amiga, alguém para conversar, ele tem que entender isso – Vamos, não tenha medo! – Insistir mais uma vez, por fim, com um certo receio ela sentou-se nos pés da cama tímida.

– O que aconteceu? – Perguntei novamente.

– Briguei com meu marido – Ela disse cabisbaixa. Sua aparência estava triste, seja lá o que aconteceu foi muito grave.

– Por que? – Ela já falou sobre o marido, mas não me lembro muito bem dos detalhes.

– Tiago não é filho biológico dele – Arregalei os olhos, espantada – Ele não gosta do meu filho, sempre deixou isso claro, mas nunca fez nada de ruim contra ele, às vezes até o tratava como seu.

– Tiago tem três anos, não é?

– Sim, uma criança adorável, muito calma e esperta – Ela sorriu feliz lembrando do filho – Penso que ele puxou o pai.

Senhor LancasterOnde histórias criam vida. Descubra agora