Capítulo 21

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Seis dias depois

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Seis dias depois...

Faz seis dias que não vejo Aleksander, ele simplesmente sumiu desde que me fez dormir em seus braços. Quando acordei, eu estava vestida uma camisola longa e sem calcinha, um cobertor macio estava sobre meu corpo me protegendo do frio. O quarto estava em uma total escuridão, me causando arrepios. Olhei para as janelas e vi que já tinha anoitecido, não sei quanto tempo dormi, perdi a noção do tempo.

Mesmo estando apertando querendo ir ao banheiro, não quis me levantar, fiquei ali olhando cada canto daquele quarto. Faz tão pouco tempo que estou nele e já vivi coisas que me doem profundamente só de lembrar. Estou fazendo de tudo para meu coração não se encher de ódio, tentar matar cada lembrança que me causa tanta dor, mesmo que seja impossível.

Durante esses dias que se passaram Cristina sempre vem limpar o quarto e trazer as refeições para mim, ela não fala muito, pergunta se estou precisando de alguma coisa e me lembra que não posso sair do quarto pois o patrão deu ordens explícitas para isso, mesmo não estando ao meu lado ele tem poder sobre mim.

Penso que depois que Aleksander interrompeu minha conversa com Cristina a reaprendendo, ele deve ter dado ordens para ela não falar comigo. Me sinto sozinha, quero conversar com alguém, desabafar um pouco, mas a única pessoa que eu poderia fazer isso sem tanto medo, ele a afastou de mim.

Só não sei por quanto tempo essa calmaria de Aleksander durará, pensar na possibilidade de ser novamente massacrada por ele, sinto o meu corpo tremer de ansiedade e antecipação ao caos. Ao mesmo tempo que sua distância me deixa em paz, penso que sua volta será um tormento sem fim, tudo leva a crê que sua volta será muito pior!

(...)

Cristina depois de servir o meu café da manhã começa a limpar o quarto, ela é rápida já que não há muita sujeira ou bagunça. Na bandeira sempre têm um potinho com cápsulas e um copo de água ao lado, Cristina me disse que são vitaminas e Aleksander me mandou tomar-las pois são recomendações médicas, faço o que ele manda, afinal não quero fazer nada para irritá-lo e quero estar boa de saúde!

- Precisa de mais alguma coisa, senhorita? - Pergunta Cristina.

- Será que você poderia ficar um pouco? - Perguntei esperançosa.

- Sinto muito Melissa, mas não posso! - Ela também tem um olhar triste misturado com pena.

- Tudo bem! - Perco o apetite, não comi nem metade do que foi servido. Me levanto da cadeira meio cabisbaixa e vou para cama me deitar.

- Quer alguma coisa Melissa? Você não comeu tudo.

- Não Cristina! Estou bem, obrigada! - Digo me aconchegando melhor na cama. Depois de recolher a bandeja, ela vai embora empurrando seu carrinho depois de me olhar mais uma vez com pena.

Me ajeitei entre os lençóis e inúmeros travesseiros e mesmo tudo estando limpo e impecável, ainda é possível sentir traços do aroma marcante do perfume que Alek usa. Me repreendi mentalmente quando me dei conta de que gosto do cheiro dele, e que todas as noites só consegui dormir depois de abraçar seu travesseiro, isso é vergonhoso!

Senhor LancasterOnde histórias criam vida. Descubra agora