Capítulo 38

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Meu coração batia descontroladamente, o medo corre por minhas veias, nesse momento meus pensamentos giram em torno de Aleksander, nas coisas que ele disse, em seu passado

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Meu coração batia descontroladamente, o medo corre por minhas veias, nesse momento meus pensamentos giram em torno de Aleksander, nas coisas que ele disse, em seu passado. 

– Você é louca menina? – A voz da senhora Florence me tirou de meus pensamentos. Virei meu rosto para ela encontrando uma expressão furiosa.

– Hã? – Murmurei meio zonza pelo que acabara de acontecer.

– Você faz sexo com esse homem? Gosta dele? O que você virou Melissa? – Ela perguntou tudo de uma vez me deixando sem saber o que dizer, qual pergunta responder primeiro e qual ignorar.

– Não virei nada, sou a mesma Melissa de sempre – Ou era, não sei.

– Não, você não é a mesma Melissa, aquela doce e frágil. Você virou uma puta! Puta de um bandido – Suas palavras doem, nunca imaginei que ela fosse me julgar dessa forma

Em minha cabeça dona Florence seria um porto seguro para mim, alguém que eu pudesse compartilhar minhas dores sem julgamentos, mas mesmo sabendo de tudo que passei ela está jogando toda a culpa em mim.

– Você não pode falar assim comigo, logo você que sabe de tudo que passei. Foi tantos anos longe e aquilo, dona Florence foi a ponta do “iceberg”, então não fale assim comigo! – Ela não pode me machucar mais do que já estou, ela não.

– Olha menina, eu tenho experiência, eu sei o que estou dizendo, a idade pode ter envelhecido meu corpo, mas continuou muito jovem e sei o que estou dizendo e quando falo que você virou uma puta de um bandido é porque estou certa – Ela não tem noção do que diz. 

– Acho melhor você ir embora, imaginei por anos como seria esse encontro e nunca se passou por minha cabeça que a senhora fosse me julgar tanto, que fosse ser tão sem sentimentos e hipócrita – Talvez eu fosse inocente demais com aqueles que estão a minha volta, como ela mesmo disse eu sou frágil e doce, fácil demais de manipular. 

– Está mostrando suas garrinhas sua puta? Sempre soube que você não era tão inocente assim – Não posso suportar mais, é melhor acabar com isso antes que eu me machuque mais, a decepção que estou sentindo dói tanto.

– Já chega, vá embora! Me deixe em paz – Me virei de costas deixando as lágrimas caírem, abracei meu próprio corpo sentindo uma profunda tristeza.

– Seu pai teria vergonha de você! – Não, ela não pode ter a audácia de me dizer isso.

– Você não conhecia meu pai, não tem o direito de falar dele, saia daqui e não volte mais – Não consegui olhar para ela, então continuei de costas.

– Menina ingênua! – Escutei um resmungo.

– O que disse? – Me virei na mesma hora.

– Mais do que você imagina, menina – Essa revelação deixa minhas pernas bambas. 

Senhor LancasterOnde histórias criam vida. Descubra agora