Anatoli volta a encher a taça de Lili.
ㅡ Você mal tocou na comida.
ㅡ Não estou com fome.
ㅡ Nesse caso, acho que está na hora de irmos para a cama.
O tom de voz dele a fez erguero olhar na hora. Anatoli está acomodado na cadeira, atento. A espera. Como um predador. Com o indicador, ele dá batidinhas no lábio superior como se estivesse imerso nos próprios pensamentos, os olhos brilhando.
Já tomou pelo menos três taças de vinho. Além do uísque. Ele vira o restante da taça e se levanta devagar. Os olhos fixos nela, intensos, mais escuros. Ela fica paralisada diante daquele olhar.
Não.ㅡ Não sei por que eu devia esperar até nossa noite de núpcias.
Ele se aproxima.
(N/A: se tu tocar nela te mato idiota)ㅡ Não. Anatoli ㅡ murmura ela. ㅡ Por favor. Não.
Ela se agarra à mesa.
Ele desliza um dedo pela bochecha de Lili.ㅡ Linda. Levante-se. Não dificulte as coisas para nós dois.
ㅡ Nós devíamos esperar ㅡ sussurra Lili, o cérebro fervilhando, avaliando suas opções.
ㅡ Eu não quero esperar. E, se tiver que lutar com você, que assim seja.
Ele faz um gesto repentino, agarrando-a pelos ombros e colocando-a de pé com tanta força que a cadeira tomba no chão. Tanto o medo quanto a raiva percorrem seu corpo.
Ela gira e chuta, o pé atingindo a canela de Anatoli e depois a mesa, chacoalhando a louça, derrubando a taça de vinho e
derramando o restante da bebida.ㅡ Ai. Merda ㅡ resmunga ele.
ㅡ Não! ㅡ grita Lili, dando coices com os pés, batendo os punhos, na esperança de acertar Anatoli. Ele a agarra pela cintura, puxando-a com força para os seus braços. Depois a levanta no ar enquanto ela chuta qualquer coisa que esteja à sua frente, no esforço de atingi-lo. ㅡ Nāo! ㅡ berra. ㅡ Por favor, Anatoli!
Ignorando os gritos, ele aperta ainda mais os braços ao redor dela e a leva para o quarto, meio a arrastando, meio a carregando.
ㅡ Não. Não. Pare!
ㅡ Quieta! ㅡ grita ele, enquanto a sacode e a joga na cama com o rosto para baixo.
Ele se senta ao seu lado, imobilizando-a, pressionando as costas dela com uma das mãos, enquanto com a outra começa a puxar as botas.
ㅡ Não! ㅡ berra ela de novo, e gira, chutando-o uma vez, depois outra, tentando se desvencilhar enquanto o esmurra.
ㅡ Puta que pariu, Lili!
Ela está possessa, a raiva Ihe dando uma força que não sabia que tinha. Ela luta, consumida pelo ódio, que concentra naquele homem detestável.
ㅡ Inferno
Anatoli se joga em cima dela, esmagando-a contra o colchão e impedindo-a de respirar. Lili tenta expulsá-lo de cima de si, mas ele é pesado demais.
ㅡ Calminha ㅡ sussurra no ouvido dela. ㅡ Calminha.
Ela fica imóvel, reunindo forças e se empenhando em bombear ar para os pulmões. Anatoli troca o peso de lugar e a vira bruscamente, de forma que roçam no nariz um do outro. Mantendo a perna nas coxas de Lili, ele agarra as mãos dela e as puxa para cima da cabeça, prendendo-as com uma das mãos.
ㅡ Eu quero você. Você é minha esposa.
ㅡ Por favor. Não ㅡ sussurra ela, encarando os olhos selvagens e arregalados do homem.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Mister | Sprousehart
Fanfiction[+18] Londres 2019. A vida tem tratado bem de Cole Sprouse. Com a sua beleza, dinheiro e relações privilegiadas, nunca teve de trabalhar e raras vezes dormiu sozinho. mas tudo isso muda quando, na sequência de uma tragédia, ele herda a riqueza, as...