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Lili entra em pânico e seu coração acelera. Confusa, ela o abraça; a mente envolta em um turbilhão.
O que ela fez?
Mister Cole. Mister Cole. Cole.

Lili pensou que ele acharia divertido que ela soubesse a peça dele. Mas não, ela o fez lembrar de sua dor. Sente o remorso pesando no estômago.

Três semanas não é nada. Não surpreende que ele ainda esteja de luto. Ela o puxa para mais perto e acaricia suas costas. Lili lembra como se sentiu quando a avó faleceu. Só Nana a entendia.

A única pessoa com quem podia conversar de verdade. Tinha morrido um ano atrás.
A garganta de Lili arde e ela engole em seco. Cole está vulnerável e triste, e tudo o que ela quer é que ele sorria novamente. Ele fez muito por ela.

Lili passa as mãos pelos ombros dele, segue até a nuca e, segurando a cabeça, vira o rosto na direção do dela. O olhar de Cole não demonstra qualquer expectativa. Tudo o que se vê naqueles olhos azuis luminosos é tristeza.

Então ela o puxa devagar para que a boca dele encoste na sua e o beija.

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Gemo quando os lábios dela roçam nos meus. O beijo é tímido, mas tão inesperado e, ah, tão doce... Fecho bem os olhos, lutando contra a minha dor.

ㅡ Lili.

O nome é uma bênção. Aninho a cabeça dela nas minhas mãos, passando Os dedos pelo cabelo macio e sedoso enquanto aceito seu beijo hesitante e inexperiente. Ela me beija uma, duas, três vezes.

ㅡ Estou aqui ㅡ sussurra ela.

As palavras dela me tiram o ar. Quero esmagá-la e nunca mais soltar. Não me lembro da última pessoa que me consolou em uma hora de necessidade.

Lili beija meu pescoço. Meu queixo. E meus lábios mais uma vez. E eu permito.

Aos poucos, minha dor diminui, deixando apenas desejo em seu rastro. Meu desejo por ela. Venho controlando essa atração desde que a vi de pé no corredor segurando aquela vassoura, mas Lili derrubou todas as minhas barreiras.

Expôs minha dor. Minha necessidade. Meu tesão. E eu não tenho como resistir. Ela segura e acaricia meu rosto, ainda molhado de lágrimas, e seu toque percorre meu corpo como um tornado. Estou perdido.

Perdido em sua compaixão, corageme inocència. Perdido em seu toque. Meu corpo reage.
Porra.

Eu a quero. Eu a quero agora. Sempre quis.
Inclino a cabeça dela para trás e seguro sua nuca com uma das mãos, ainda com os dedos entrelaçados em seu cabelo. Passo a outra mão por sua cintura e a puxo para perto do meu corpo. Intensifico o beijo, os lábios mais insistentes.

Lili arfa de leve e eu aproveito o momento para provocar sua língua com a ponta da minha. Ela é tão doce quanto parece, e está gemendo.

Fico tão aceso quanto o Piccadilly Circus.
Ela empurra meu peito, interrompendo de repente nosso beijo, e me encara com uma expressão de espanto e admiração.
Merda. O que foi?
Ela está sem fôlego, corada, com as pupilas dilatadas...
Cara, ela é maravilhosa. Não quero parar.

ㅡ Você está bem?

Um sorriso timido ergue os cantos da sua boca e ela assente.

ㅡ Isso quer dizer sim ou não?

ㅡ Sim? ㅡ Preciso que ela esclareça.

ㅡ Sim ㅡ sussurra ela.

ㅡ Você já foi beijada?

Mister | SprousehartOnde histórias criam vida. Descubra agora