{17} Um apaixonado condenado.

376 39 3
                                    


"Oh, você está incrível, me sinto como um dominó caindo de joelhos
Eu sou uma doença, você é minha galáxia
Meu doce alívio."
~ K. Flay.

🐇

Logo após a conversa um pouco constrangedora com Lisa e também a revelação de que ela, e todos da festa, ouviram eu e Jimin transando, o quarto entrou em constante silêncio.

Agora, vestindo uma bermuda de pijama com estampas super maduras de zombies e a camisa branca impecavelmente limpa bem colocada em meu corpo, descanso na cama.

O cheirinho gostoso do perfume suave que passei ainda paira intensamente pelo ambiente, especialmente em meu pescoço e punhos. A janela esta aberta, permitindo que o barulho fraco dos carros cheguem nitidamente em meus ouvidos, assim como o vento refrescante em minha pele.

Portanto, alguns minutos depois, quando meus olhos estavam quase fechando-se e eu dormindo, uma outra batida na porta fôra ouvida. Foram três batidas seguidas, fracas.

Com os olhos estreitos, levantei minha cabeça, tomando consciência e pensando se o que ouvi foi apenas um devaneio ou a realidade. Mas ao ouvir mais três batidas, dei um pulo da cama, me apressando para atender.

- Calma, calma! Estou indo. - Anunciei, quase tropeçando para levantar.

Provavelmente era Lisa, querendo me dar mais um sermão e perguntar o porquê que eu ainda não voltei para lá.

Girei a maçaneta, abrindo finalmente a porta

- O que foi agora, Lis.-

Cocei os olhos antes de ver quem era. E quando vi, meu coração parou.

Era Jimin, segurando um sorriso tímido e um olhar arrependido.

Ele veste uma bermuda rosa claro com coqueiros e um céu azul de fundo, com um cordão amarrado no cós. Na parte de cima usa um kimono com a mesma estampa que a bermuda, deixando seu peito alvo exposto. Tinha os mamilos eriçados por conta do vento. Em seu pescoço, utiliza uma gargantilha dourada, combinando com suas roupas.

Encantador é pouco para descrevê-lo.

- Oi, Jeon. - Sua voz arrepiou meus braços inteiros.

- O-oi... - Vacilei, permanecendo estático.

E mais uma vez, eu parecia um louco obcecado o encarando. É que, talvez, quando se trata de Park Jimin, eu seja um.

- Podemos conversar? - Cruzou os braços, parecendo sempre gentil.

- É claro. - A resposta foi imediata, automática. - Entre.

Liberei espaço retirando o braço da porta, deixando que ele entrasse, para logo então fechá-la novamente.

Quando me deparei com seus olhos, foi como se um branco instantâneo tivesse se instalado em minha mente. Eu não sabia como reagir à sua presença, não tinha a certeza de que estava tudo bem, e na realidade, acho que é isso que estava faltando. A certeza.

Ele se sentou na beirada da cama, e cruzou as pernas em forma de borboleta. Deu batidinhas no espaço ao seu lado, como se estivesse me chamando.

Eu fui.

Sentei do seu lado, tentando não encostá-lo, e evitando idem, encará-lo. Apesar de Lisa ter vindo e dar uma aliviada nas coisas, ainda parece tudo muito estranho.

- Eu... - Ambos falamos juntos, e se calamos no mesmo momento. - Fala você primeiro.

- Não, não. Pode falar. - Insisto.

A Diabona • Jjk + PjmOnde histórias criam vida. Descubra agora