Capítulo 2 - The Immortal

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Ameba

| Já está pronto?

| Vamos chegar logo


Mal havia dado seis e meia da tarde e Itadori já mandava a vigésima mensagem, pelo jeito, empolgado além do limite. Megumi apenas lhe responde confirmando estar pronto para logo em seguida vestir uma blusa de frio azul escuro e enfiar a carteira e o celular nos bolsos. Está tão animado quanto embora não demonstrasse tanto assim.

Ao descer as escadas, vagarosamente, bagunçando os cabelos encontra Toji arrumado com a mão na maçaneta da porta de entrada. Arqueia a sobrancelha quando fazem contado visual durante algum tempo, no mais completo silêncio.

— Vou resolver algumas coisas, talvez não esteja aqui quando você voltar. — Diz o mais velho.

— Claro, voltarei tarde de qualquer forma. — Megumi dá de ombros, já estava acostumado com o comportamento do pai, de toda forma.

Toji o encara por mais algum tempo antes de, por fim, abrir a porta. Pelo semblante impassível é difícil saber o que se passa por sua mente, mas Megumi não pretende se dar o trabalho, apesar de tudo. Sem dizer mais nada, Toji passa pela porta sem dar qualquer informação de seu rumo.

Mesmo com a curiosidade sobre que o pai fazia sempre que saía sem dizer para onde, o mais novo não sentia que deveria se preocupar com aquele comportamento. Estavam distantes demais para chegar naquele assunto ou algo perto disso.

Antes que tivesse tempo para refletir mais sobre aquilo ou qualquer outra coisa, o som irritante de um carro buzinando em frente ao portão da casa faz Megumi franzir o cenho em dúvida. Ao abrir a porta ficou mais curioso ainda ao vislumbrar um Itadori com metade do corpo para fora da janela do passageiro de um carro cinza, sorridente feito uma criança. Pelo menos mais ninguém estava presenciando aquilo — ao menos esperava eu não.

— Fushiguro! Que demora, vamos logo! — Yuji braba sorridente para depois sentar-se direito em seu banco, dando espaço para que Megumi pudesse ver Todo acenando ao volante.

— Pensei que viesse só com a Nobara. — Comenta, adentrando o veículo e se acomodando ao lado da citada, que parece ocupada demais olhando-se em um espelho pequeno. — E aí, Todo.

— Achei que seria um problema se chegassem sozinhos. — O mais velho dá a partida no carro, lançando um olhar para o rosado ao lado, intimando que o mesmo colocasse o cinto de segurança. — Então resolvi buscá-los.

— O que é ótimo ou teríamos que andar demais. — Nobara fecha o espelho e sorri de canto para o amigo.

— Nem é tão longe assim. — Yuji diz, virando-se para encarar os amigos. — O problema é como meu irmão vai reagir a isso.

— Se vocês não se dão bem, então não devíamos estar indo. — Megumi comenta, fitando o amigo com os braços cruzados.

— Não é que não nos damos bem. — O rosado coça a bochecha enquanto desvia o olhar, sem saber exatamente o que dizer sobre aquilo. — A gente só se fala pouco, eu acho.

— 'Tô curiosa pra ver isso. — Kugisaki inclina o corpo para frente, afim de ficar mais próxima dos outros dois. — Me pergunto se ele age como você.

— Se querem saber eles estão mais para o total oposto em alguns pontos. — Todo entra no assunto, sem desviar o olhar da estrada. — Em outros são idênticos!

Acordes cruéis e Cinzas ao ventoOnde histórias criam vida. Descubra agora