— Tô tão empolgado que nosso demônio está de volta. — Satoru quase chora encarando o amigo conferir mais uma vez a afinação da SG. Surpreendentemente, ele já estava bem mais calmo quando chegou ao estúdio ainda naquela tarde.
— É, eu estava ficando preocupado. — Todo concorda, tocando o coração com uma expressão teatral.
— Vocês é que são um bando de exagerados. — Sukuna revira os olhos. — Pra começar, nunca saí daqui. Só estava ocupado resolvendo uma coisa.
"UMA, porque as outras dez continuam devorando a minha sanidade", escuta sua voz interior caçoar em algum lugar de sua mente.
— Aquilo? — Geto indaga, parado ao seu lado apoiando as mãos no baixo. O cabelo completamente solto camuflado na longa camiseta escura.
— É. — O encara sério, fingindo não notar as expressões curiosas dos outros dois totalmente alheios ao assunto. Suguru arqueia a sobrancelha interrogativo, mas o guitarrista dá de ombros. É bem óbvio, conversariam depois. — De qualquer jeito, tô confiante esta noite.
— Nosso monstrinho voltou. — Satoru força um choro emocionado, dando tapas nos ombros de Sukuna. Enquanto estava ali parado ao lado do guitarrista solo tentando compreender a breve conversa curiosa, pensou em um plano para arrancar o motivo de toda a estranheza nas atitudes do amigo depois do show, que consiste em nada mais que tentar embebedá-lo. — Okay, meu astral tá lá em cima. Se a gente ganhar, as três primeiras rodadas são por minha conta.
— "Se" uma ova. — Sukuna tenebroso.
— Já que estão tão empolgados, façam o favor de se concentrar. — Geto atrai os olhares dos outros três. Pondo fim do assunto desconfortável para o tatuado. — Se vencermos, estaremos bem mais perto de conseguir um estúdio melhor. E vocês sabem.
— Com um estúdio mais equipado podemos gravar o álbum. — Todo completa, girando uma das baquetas nos dedos.
— Embora a gente não precise do estúdio pra gravar. — Gojo cruza os braços. — Com uns microfones melhores e uns programas de mixagem no seu computador dá muito bem pra gravar. A internet tá cheia de bons artistas fazendo isso e ganhando uma nota.
— E com o que você acha que vamos gastar a grana do prêmio? — Suguru o encara com um meio sorriso. — Além disso, vencer a batalha vai ajudar no engajamento quando o álbum sair.
Satoru apenas dá de ombros.
— Boooaa noite, underground! — O apresentador chama atenção subitamente, berrando no microfone enquanto sobe no carro azul no centro dos dois palcos no enorme estacionamento. — Eu sou Masamichi Yaga e estamos no ar com nossa segunda noite de apresentações da quadragésima batalha semestral de bandas do Lenin's! — Ele faz uma pausa apenas para encarar outra câmera. — Na semana passada, tivemos um belo de um confronto sanguinário! E olha, fiquei bem surpreso com os resultados já que, admito, eu estava torcendo pela Dragon Horns. — Ele força uma atuação fajuta de dor emocional, recebendo alguns gritos de desagrado. Masamichi sorri esperto. — Ah, qual é! Todo mundo tem seus favoritos!
Uma pequena discussão animada começa enquanto a plateia ainda cresce. Várias pessoas argumentam sobre os últimos shows ao mesmo tempo.
— Pois bem, da última vez tivemos oito belos shows em quatro batalhas quase equilibradas! Logo depois da Paradise e a Distopia destruindo tudo pela frente, tivemos minha querida Dragon Horns (amo vocês) contra a Mahoraga, onde os dragões foram derrubados do céu! — A plateia grita, se juntando ao redor do carro à frente para o enorme telão de leds coloridos. — A Kyoto Phoenix lutou bravamente contra a Powerfull e admitam, foi emocionante demais... ai, ai, mandaram bem rapazes. — Ele finge secar uma lágrima por baixo dos óculos escuros. — E fechando o último domingo, nossa queridinha, Midnight Flames, dizimou a Dark Angels numa batalha bastante acirrada.
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Acordes cruéis e Cinzas ao vento
FanficPerto de completar seus 18 anos e encerrar o colegial, Megumi Fushiguro nunca realmente parou para pensar sobre o tipo de pessoa o qual se interessa, mas muita coisa pode mudar depois de um momento decisivo de descontração com os amigos. Convidado p...