Não foi preciso tanto tempo assim para que Sukuna já estivesse colhendo os frutos do acordo que, praticamente, forçou Jōgo a aceitar. Levando seus lucros a duplicarem naquela semana. Sua conversa com Wasuke foi o suficiente para que ficasse estressado durante a semana inteira, o que resultou em um mau humor quase constante. Não sente nenhum tipo de empatia pelo velho e estivesse mentindo se dissesse que sente, embora o que o deixou realmente incomodado foi o que ele disse no final. Por causa disso, preferiu não ver o moreno nervosinho. E por falar nele, às vezes tinham trocado mensagens, mas não tiveram assuntos tão relevantes.
Sukuna resmunga um palavrão ao mesmo tempo que diminui a velocidade do carro, se aproximando do local mal iluminado servindo como ponto de encontro da vez. Salta do veículo com um semblante irritadiço e senta-se sobre o capô encarando seus famigerados escolhidos.
— Parece que a hora da verdade chegou. — Haruta Shigemo berrou sorridente. Sua fala ecoa no espaço, fazendo todos se virarem sérios. — Foi mal.
— Esperava tudo, menos ser recrutada pelo tal prodígio. — Shoko Ieiri diz, sendo a primeira a se aproximar do tatuado austero. — Minha parte está toda aí. — Assim que estende a ele uma boa quantidade de dinheiro, ela se afasta acendendo um cigarro.
— Vocês são todos idiotas. — Haruta berrou outra vez, se aproximando de súbito parecendo animado até demais. Provavelmente tinha usado alguma coisa. — Me deixe continuar trabalhando com você, chefinho, dei meu melhor. — Ele sorri abertamente estendendo uma quantia ligeiramente maior do que a de Ieiri, mas ela não dá a mínima para o exibicionismo.
— Pare com essa animação exagerada. — Sukuna resmunga, contando rápido o dinheiro. — É irritante.
— Sim, senhor! — Ele bate continência sorridente, mas se contém após receber um olhar enviesado do novo líder.
O próximo a chegar perto é uma mulher baixa e inexpressiva de cabelos brancos e curtos em corte Chanel. Ela não diz nada quanto entrega sua parte a Sukuna para contagem. Tinha que dizer, foi inesperado que tenha conseguido bem mais que os outros dois e nem queria saber como. Haruta novamente quebra a atmosfera silenciosa de apreensão.
— Você é homem ou mulher? Como conseguiu mais que eu?! — Questiona irritado. Sukuna revira os olhos, talvez fosse melhor trocá-lo por alguém mais quieto.
Mas ela apenas o olhou de cima a baixo, os olhos refletindo do mais puro desdém apesar do rosto totalmente ilegível para depois ignorá-lo completamente, deixando o loiro a ponto de ter um ataque. Sukuna ri. Gostou dela.
— Posso fazer mais que isso em um mês, chefe. — Diz tranquilamente. Sukuna lembra-se perfeitamente dela. Os homens de Jōgo sempre tentavam algo e sempre eram humilhantemente rejeitados. Seu apelido era muito xingado pelos orgulhosos e reverenciados pelos masoquistas várias vezes dispensados. Uraume.
— Ótimo. — A resposta de Sukuna deixa Haruta estupefato, mas calado.
Os olhos ferais logo recaem sobre a mulher atraente do outro lado do lugar. Encostada sedutoramente em uma das caixas de madeiras enormes. Com o contato visual, ela mexe na trança longa que lhe cobre metade do rosto.
— E você?
Embora não pareça que pretende falar sobre isso, a maneira com que passa a se aproximar deixa bastante óbvio que ela se lembra perfeitamente da noite de meses atrás. Da bolsa estilosa que traz nas mãos, tira um conjunto grande de notas amarradas por um elástico e estende na direção de Sukuna. Os olhos de Haruta só faltam fugir das órbitas.
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Acordes cruéis e Cinzas ao vento
Fiksi PenggemarPerto de completar seus 18 anos e encerrar o colegial, Megumi Fushiguro nunca realmente parou para pensar sobre o tipo de pessoa o qual se interessa, mas muita coisa pode mudar depois de um momento decisivo de descontração com os amigos. Convidado p...