Capítulo 18 - Tempo ruim

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🚨 Atenção, atenção aqui um minuto 🚨

O papo de hoje é um pouco tenso e talvez causa algum desconforto. Se você sentir uma mínima semelhança com nosso Megumi, saiba que terapia salva vidas! Não desista de você e não imite ele! O próprio site do CVV ajuda a encontrar psicólogos e vocês são importantes <3


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Sukuna caminha apressado depois de trancar as portas do Honda Civic sem nem olhar para trás. Deu longas voltas pelos quarteirões perto de onde sempre deixa Megumi até se lembrar de um minúsculo parque e se sentiu um idiota assim que se deu conta disso. Nunca ficou preocupado dessa forma mesmo quando Satoru some por aí com alguma das várias acompanhantes.

A passos rápidos, logo se aproxima do dito lugar. De longe, consegue ver alguém usando um longo moletom cinza sentado no chão, rodeado por algumas garrafas e atirando pedrinhas aleatoriamente. O alívio logo começa a se espalhar em seu peito.

— Meg-

— Megumi!

Mas antes de completar o nome, outra pessoa o chama primeiro e seu corpo congela no lugar ao ver seu irmão e a amiga virem correndo do outro lado da pequena praça. A viu se jogar no chão para abraçá-lo como ele queria estar fazendo. Yuji tira das mãos dele uma outra garrafa com bebida pela metade.

Sukuna os observa parado no lugar, estão tão agitados que não o perceberam ainda e nem ele foi capaz de se aproximar. O que eles estão fazendo ali? Por mais que a situação seja realmente complicada, seu lado egoísta ainda consegue ficar um tanto entristecido por, claramente, não ser o único para quem Megumi ligou, é inevitável e ele se sente alguém horrível por isso.

— O que tá fazendo aqui?! Você prometeu que pararia de beber! — Ela não se contém, parece querer chorar quando o solta.

Dessa distância, não consegue ouvir a resposta de Megumi, mas ainda assim, a garota parece ter ficado nervosa. Tirando dele o capuz do moletom, ela segura seu rosto e o encara dizendo algo baixo, o irmão concorda veementemente.

Talvez estivesse mesmo se tornando algum adolescente irritante. A mente em branco não lhe permite decidir o que fazer. Ryomen só sabe que seria suspeito se aproximar agora, mas também não quer virar as costas. Não consegue. Está, simplesmente, congelado enquanto o destino lhe dá a chance de escolher seu rumo, uma vez que o trio não o percebeu ainda.

Contudo, o acaso dura pouco. Quando Yuji o ajuda a se levantar, ele e a amiga finalmente se dão conta de sua presença. O irmão arqueia a sobrancelha.

— Sukuna? Por que está aqui?

É muito óbvio que Megumi travou no mesmo instante, sem ousar se virar para encará-lo. Sukuna pigarreia, levando a mão aos bolsos.

— Estava passando, resolvi sair pra fumar.

Se Yuji aparenta confusão, Nobara o observa com intensidade demais para quem acreditou na desculpa esfarrapada. O silêncio que se segue é agonizante. Ninguém sabe o que dizer, porém, isso só até Megumi se aproveitar da distração dos três para agarrar a garrafa de volta, fazendo sinal com a mão antes de Nobara falar algo.

— Por favor, vão embora. Os três. — Resmunga.

— Não sem você! — Nobara ralha. — Que caralho está fazendo aqui?! Isso não te faz bem e para completar está muito frio! Vamos! — Ela tenta segurá-lo, mas ele dá um passo torto para trás, quase cai.

Acordes cruéis e Cinzas ao ventoOnde histórias criam vida. Descubra agora