Em uma ilha no Reino de Grã-Bretanha, vivia uma camponesa muito gentil e dócil com as outras pessoas.
Já do outro lado, um enorme castelo, com empregados, cozinheiros, e dois grandes tronos.
O rei Apolo, já não estava mais na sua idade de governar...
– A água está muito fria. – Eu falo, e me abraço, tentando me acostumar com a temperatura da água. – Você se acostumar logo. – Ele diz, e sorri para mim, antes de mergulhar na água fria, e subir para respirar segundos depois.
– Viu? Você se acostuma logo. – Ele fala, tirando o cabelo molhado de sua testa, que o impossibilitava de me ver. – Eu 'tô com frio. – Digo, esfregando minhas mãos em meus braços, e saindo da água.
– Vem cá. – Henry fala, com um pequeno sorriso em seus lábios, estendendo sua mão esquerda para mim. – Você promete que não vai me empurrar? – Eu pergunto, antes de pegar em sua mão, arqueando uma sobrancelha para ele.
– Eu sou um homem de palavras. – Ele responde, e eu vejo sinceridade em sua fala. Então, pego em sua mão.
– O que você está fazendo? –Eu pergunto, quando ele começa a nos direcionar para a cachoeira. – Vamos atravessar ela. – Após ele dizer, sorrio animada.
– Legal, eu sempre quis fazer isso! – Digo, com um grande sorriso em meu rosto, focando minha atenção para a cachoeira em nossa frente. – Agora vai fazer, e comigo. – Ele me olha, e dá de ombros sorrindo, dizendo convencido.
– Você não deveria estar no seu castelo? – Pergunto curiosa, já que ele deveria ter muito trabalho. Cuidar de um reino não devia ser nada fácil. – Deveria... mas, eu gosto da sua companhia. – Henry responde, ainda olhando para a cachoeira.
– Devo ficar lisonjeada? É a segunda vez que nos encontramos, você não sabe nada sobre mim. – Rio, negando com a cabeça, e aperto sua mão um pouco mais forte, quando o mesmo joga água em meu rosto.
– Acho que seria ao contrário. – Ele diz, rindo, e me olhando uma vez ou outra. – Minha companhia não é tão legal. – Falo, e um pouco hesitante, retribuo a jogada de água em seu rosto, fazendo o mesmo me olhar divertido.
– Mas, estamos nos divertindo juntos, não estamos? – Ele pergunta, me olhando, e pegando uma folhinha que boiava na água em nossa frente. – É, acho que sim. – Instantaneamente, o rei me olha, e faz uma falsa expressão de ofendido.
– "Acha que sim"? Então, vamos nos divertir mais. – Ele fala, um pouco rápido de mais, e me puxa para de baixo da cachoeira, me fazendo abrir a boca surpresa.
– Henry! Essa água está congelando! – Falo um pouco mais alto do que o normal, me sentindo tremer de frio. – Vem! – Ele me puxa, parecendo bastante animada, e minha boca se abre novamente, olhando em volta do lugar.
– Isso é incrível! – Olho em volta da mini caverna, que havia atrás da cachoeira, surpresa. – Olhe! – Me viro, e olho para onde ele estava apontando, e vejo um mini lago que havia ali.
– Esse lugar é incrivelmente bonito. – Havia um mini sorriso em meus lábios, e com certeza, meus olhos brilhavam olhando ao redor. – Esse pode ser o nosso lugar. – Me surpreendo com a sua fala, e olho para ele, vendo ele caminhar até o mini lago.
– Nosso lugar? – Pergunto, inclinando minha cabeça para o lado, demonstrando minha confusão. – Onde sempre podemos nos encontrar. – O rei responde, enquanto me ajudava a entrar no lago.
– Você vai querer mesmo continuar me encontrando? – Pergunto surpresa, arregaçando meus olhos. – Por que, não? – Henry pergunta, arqueando uma de suas sobrancelhas, enquanto nadava até mim.
– Você é um rei... o rei de Magic Rain. E eu uma simples camponesa. – Digo, como se fosse o óbvio, fazendo gestos com a minha mão. – E? – Ele pergunta, como se não tivesse nada de mais naquilo, e se aproxima mais, ficando cara a cara comigo.
– E que... eu não sei. – Eu falo, pensando em uma resposta para lhe dar. – Vamos, Clara... eu sei que você quer continuar me vendo. – Ele diz, convencido, colocando sua mão direita em minha bochecha.
– Você se acha muito, já re disseram isso? – Eu falo, indo para o outro lado do pequeno lago, e jogando água nele. – Você quer guerra? – Ele pergunta "sério", ignorando minha última fala.
Ignoro sua pergunta também, e começo a jogar mais água no mesmo, assim começando uma guerrinha entre nós dois.
– Tá bom! Já chega! – Grito, levantando minhas mãos, já que havia entrado água em minha boca, e minha visão estava embaçada.
– Eu ganhei! –
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