Do Outro Lado - Reino Encantado

= 22 =

= Henry 1789 =

07 dias para o baile.•

– Bom dia, pai. – Eu cumprimento o mais velho, enquanto me sento para tomar o café da manhã.

– Bom dia. – Ele responde, enquanto comia uma fruta.

Diana serve meu café, e logo Dener entra no cômodo, fazendo eu revirar os meus olhos discretamente.

– Bom dia, priminho, tio. – Ele diz, sorridente, o que eu estranho um pouco.

– Bom dia, Dener. Por que tão sorridente? – Meu pai o pergunta, olhando diretamente para ele.

– Eu conheci uma garota, vou sair com ela hoje. – Ele diz, colocando geleia em sua torrada.

– Qual o nome dela? – Eu o pergunto, enquanto comia o meu mamão.

– Isso não importa, você não conheceria ela de qualquer maneira. – Ele diz, dando de ombros.

– Esse é o meu reino, Dener, eu com certeza conheço todos que moram aqui. – Eu falo, olhando para ele.

– Kaia, o nome dela. – Ele responde, normal.

– Kaia... não me lembro de nenhuma garota chamada assim. – Eu falo, tentando me lembrar se conhecia alguma garota do reino, que tinha esse nome.

– Tem bastante pessoas aqui, Henry, é óbvio que você não vai conseguir se lembrar de todas. – Ele diz, limpando o canto de sua boca com um guardanapo.

– Rei Henry, vimos um ferreiro roubando algumas ferramentas. – Um guarda fala, logo fazendo uma reverência.

– Você sabe o que tem que fazer, filho. – Meu pai diz, e eu me levanto no mesmo momento.

– Não vamos matá-lo. Eu quero vê-lo. – Eu digo, sério, e o guarda me leva até o ferreiro.

– Senhor, rei, e-eu não quis. – O ferreiro fala, nervoso, enquanto outro guarda, amarrava suas mãos, em frente ao seu corpo.

– Uma boa explicação ajudaria. E então? – Caminho até ele, parando em sua frente.

– Eu só precisava de algumas ferramentas, para arrumar alguns móveis. – Ele diz. Desespero em seu rosto.

– Eu gostaria de ver esses móveis. Prendam ele nas masmorras, soltem ele amanhã de manhã. – Dou a ordem para os guardas.

– Se você tivesse avisado alguém, não precisaria ser assim. – Eu digo por fim, e volto para dentro do castelo.

– Onde está o Dener? – Eu pergunto para o meu pai, notando que Dener não estava mais ali.

– Ele já foi se encontrar com a garota. – Ele responde, e eu apenos me sento novamente.

Não me encontrei com Clara ontem, talvez, hoje ela esteja lá, no nosso lugar.