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10 dias para o baile.•

– Eu sei, mas eu estou muito ansiosa para o baile. – Penny, minha amiga, fala enquanto andávamos pela nossa vila juntas.
– Por que está tão ansiosa para esse baile? – Eu pergunto, a olhando, e arqueardo uma das minhas sobrancelhas.

– Vai ser a segunda vez que eu vou ver o Rei Henry. E... eu gosto muito dele, e ele é tão belo. – Concordo com a cabeça com as suas palavras, e desvio o meu olhar para frente.

Vimos muitas pessoas abrir caminho para algo passar, e algumas aplaudindo, fazendo reverência. Arregalo os meus olhos, e toco no ombro de Penny.

– Na verdade... acho que você vai ver ele pela terceira vez no baile. – Ela me olha confusa, enquanto eu continuava a olhar para a frente, olhando para ele.

– Não, vai ser a segunda mesm- – Ela para de falar, e olha para onde eu estava olhando, arregalando seus olhos em seguida.

Noto uma outra pessoa que estava acompanhado de Henry, um outro homem, muito bonito também, por sinal.

– Penny? Você vai ficar aí? – Eu pergunto, para a de pele morena, andando e olhando para trás, vendo a mesma hipnotizada com os dois homens.

– Sim, vai na frente, te encontro depois. – Ela fala fala, com a boca aberta, olhando para os dois, e se aproximando igual as outras pessoas do vilarejo.

– Até depois, então. – Aceno para ela, e vou caminhando, olhando para o céu azul.

Não acho que estou pronta para olhá-lo novamente. Eu literalmente, esqueci de encontrá-lo na cachoeira. Ele devia estar pensando que eu o deixei de propósito. Droga.

Vejo uma linda borboleta azul dando voltas, mas, antes que eu consiga chegar até ela, os dois homens passam por mim.

Faço um breve contato visual com Henry, e ele, discretamente, aponta para alguns arbustos que um pouco distante, que havia ali.  Entendo o seu recado, e olho para os lados, disfarçando, e andando até os arbustos.

Me abaixo atrás eles, e espero por Henry, que não demora muito a chegar.

– Ei. – Ele fala, baixinho, com um sorriso de lado em seus lábios.
– Ei... – Respondo o seu cumprimento, juntando as minhas mãos atrás das minhas próprias costas.

Ficamos alguns silêncios em um silêncio um pouco constrangedor, até eu tomar coragem, e o quebrar.

– Olha, eu não consegui ir mais cedo, eu estava ajudando a minha mãe com algumas tarefas de casa. – Digo, olhando para os lados, verificando se ninguém nos olhava.

– Sem problemas. – Ele me oferece um sorrisinho, olhando para o chão.
– Vamos poder nos encontrar amanhã? – Henry me pergunta, parecendo um pouco ansioso pela minha resposta.

– Talvez... eu acho. – Eu respondo, e me sento no chão, e pousando minhas mãos no sobre o meu colo.
– Quem é aquele moço que está com você? – Eu pergunto curiosa, o olhando de baixo.

– Meu primo, Dener, ele é extremamente irritante. – Ele responde, indiferente, revirando os seus olhos.
– Acho que ele está se dando muito bem aqui. – Falo, apontando para onde o mesmo estava, com muitas garotas da vila em sua volta.

– Não me surpreendo nenhum um pouco com isso. – Ele fala, e se senta ao meu lado também, apoiando suas mãos no chão, atrás de suas costas, me olhando.
– Eu estive pensando... vamos fazer um piquenique amanhã. – Ele fala, como uma afirmação, e não uma pergunta.

– Um piquenique? – Eu pergunto, arqueardo uma sobrancelha, o olhando confusa, e animada com a sua ideia.
– Não se preocupe, vou levar tudo que necessário. – Ele diz, e dá um sorrisinho de lado, voltando o seu olhar para o céu.

– Aliás, você mora por aqui? – Ele pergunta, parecendo curioso, e bem interessado na minha resposta.
– Sim, desde quando eu nasci. – Respondo sorrindo, olhando a nossa volta.

– É um belo lugar. – Henry fala, olhando para as flores que haviam mais a frente.
– Com certeza é. – Digo, suspirando, e colocando o peso do meu corpo nos meus braços, para trás, igual a ele.

– Henry! Onde você está? – Escutamos alguém gritar, fazendo o Rei revirar seus olhos, e bufar irritado
– Tenho que ir, vamos caçar ainda. – Ele fala, se levantando, e estendendo sua mão para me ajudar.

– Nos vemos amanhã então, Rei Henry. – Eu falo, fazendo uma falsa reverência, tendo mais "intimidade" com o mesmo.
– Até amanhã então, Princesa Clara. – Ele refaz o meu ato, e a gente ri juntos, desviando o nosso olhar.

Antes que ele se vire para ir embora, ele pega em minha mão esquerda, e a leva até o seu rosto, dando um beijo demorado nela, mantendo o contato visual comigo enquanto fazia.
Aceno minha mão sorrindo para ele, e vou indo para o outro lado. Mas, não antes do meu olhar se encontrar com o de seu primo, Dener, que estava sorrindo.

 Mas, não antes do meu olhar se encontrar com o de seu primo, Dener, que estava sorrindo

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* – Eu não sabia até ontem, que o T. tinha um personagem chamado "Henry", e que também era rei.
Isso foi uma grande coincidência.

Isso foi uma grande coincidência

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Do Outro Lado - Reino EncantadoOnde histórias criam vida. Descubra agora