xviii

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Paris, França

Ana Carolina estava uma pilha de nervos.

Sabia que era aquilo que queria mas tinha medo de não dar certo.

- Pai, e se não der certo? E se eu não me sair bem? E se eles não gostarem do meu trabalho?

- Bonequinha, se eles querem você é porque eles gostam do seu trabalho, e eu tenho certeza que você vai se sair bem. Sabe como eu sei disso?

Ana apenas negou com a cabeça.

- Porque eu sei do que você é capaz. Eu sempre vi você lutar para fazer o melhor e ser a melhor em tudo em tudo o que você faz. Desde pequena. – disse Ayrton. – Lembra quando você usou uma sapatilha de ponta pela primeira vez?

- Eu não conseguia fazer nada direito. – respondeu a garota lembrando-se dos seus tempos de bailarina.

- E você ficava horas e mais horas no estúdio praticando até ficar boa, e você ficou tão boa que, na minha opinião, totalmente imparcial de pai, você ficou a melhor.

A fala do pai não tranquilizou totalmente a garota, mas serviu para que ela sentisse seus ombros se soltando um pouco e para que ela desse um sorriso fraco.

- E se não der certo você sempre vai ter um lugar pra voltar em Mônaco, minha filha. Eu sempre vou estar lá de braços abertos te esperando. – isso foi tudo o que bastou para que a mais nova desabasse e começasse a chorar como uma criança que se perde dos pais na praia, e ela sabia muito bem o que era isso, quando era criança sempre se perdia de Ayrton no meio daquele mar de pessoas. – Ah, minha filha, não chora que eu choro junto.

Ayrton aconchegou a filha em um abraço apertado e reconfortante. Para Ana aquele era o melhor abraço do mundo e era também onde ela mais se sentia segura e protegida de todo o mal do mundo.

- Ai, pai, eu não sei o que seria de mim sem você. – falou a garota levemente abafado por conta do abraço. – A gente precisa ir agora, senão a Rose vai matar a gente.

- Quando que ela não quer matar a gente?

- Boa pergunta.

Pouco tempo depois o trio brasileiro chegou no imponente prédio da Vogue em Paris e Ana Carolina paralisou.

- Papai, eu estou com medo.

Naquele momento Ayrton viu a pequena garotinha que Ana tinha sido estampada no rosto de sua versão adulta.

- Não precisa ter medo, eu e a Rose vamos estar do seu lado o tempo todo. – disse o homem. – E não esquece: silenzio, Bruno!

- Silenzio, Bruno! – repetiram Ana e Rose, antes da última lembrar-lhes de que precisavam entrar no prédio, senão se atrasariam e não seria uma boa primeira impressão.

Ao entrar no prédio a garota se viu totalmente encantada pela grandeza e elegância do local, e apesar de ter crescido no meio de toda a elegância proporcionada pela Fórmula 1 aquilo era totalmente diferente.

- Bonjour, tenho uma reunião com madame Emmanuelle. – disse a garota à recepcionista, que apenas acenou com a cabeça e fez uma ligação.

Instantes depois uma garota baixa, aparentemente da mesma altura e idade de Ana Carolina, apareceu cumprimentando o trio.

- Bonjour, sou a Amelie, secretária e assistente da Emmanuelle, vou acompanhar vocês até a sala dela. – disse enquanto cumprimentava todos com um aperto de mão antes de sair andando e ser seguida pelos brasileiros.

- Excusez-moi madame, ils sont arrivès.

- Entrem, entrem. – pediu a mulher. – Obrigada, Amelie. Qualquer coisa eu te chamo. Sentem-se, por favor. Querem alguma coisa? Um café, uma água?

Always and Forever | Mick SchumacherOnde histórias criam vida. Descubra agora