Paris, França
Ana Carolina estava uma pilha de nervos.
Sabia que era aquilo que queria mas tinha medo de não dar certo.
- Pai, e se não der certo? E se eu não me sair bem? E se eles não gostarem do meu trabalho?
- Bonequinha, se eles querem você é porque eles gostam do seu trabalho, e eu tenho certeza que você vai se sair bem. Sabe como eu sei disso?
Ana apenas negou com a cabeça.
- Porque eu sei do que você é capaz. Eu sempre vi você lutar para fazer o melhor e ser a melhor em tudo em tudo o que você faz. Desde pequena. – disse Ayrton. – Lembra quando você usou uma sapatilha de ponta pela primeira vez?
- Eu não conseguia fazer nada direito. – respondeu a garota lembrando-se dos seus tempos de bailarina.
- E você ficava horas e mais horas no estúdio praticando até ficar boa, e você ficou tão boa que, na minha opinião, totalmente imparcial de pai, você ficou a melhor.
A fala do pai não tranquilizou totalmente a garota, mas serviu para que ela sentisse seus ombros se soltando um pouco e para que ela desse um sorriso fraco.
- E se não der certo você sempre vai ter um lugar pra voltar em Mônaco, minha filha. Eu sempre vou estar lá de braços abertos te esperando. – isso foi tudo o que bastou para que a mais nova desabasse e começasse a chorar como uma criança que se perde dos pais na praia, e ela sabia muito bem o que era isso, quando era criança sempre se perdia de Ayrton no meio daquele mar de pessoas. – Ah, minha filha, não chora que eu choro junto.
Ayrton aconchegou a filha em um abraço apertado e reconfortante. Para Ana aquele era o melhor abraço do mundo e era também onde ela mais se sentia segura e protegida de todo o mal do mundo.
- Ai, pai, eu não sei o que seria de mim sem você. – falou a garota levemente abafado por conta do abraço. – A gente precisa ir agora, senão a Rose vai matar a gente.
- Quando que ela não quer matar a gente?
- Boa pergunta.
Pouco tempo depois o trio brasileiro chegou no imponente prédio da Vogue em Paris e Ana Carolina paralisou.
- Papai, eu estou com medo.
Naquele momento Ayrton viu a pequena garotinha que Ana tinha sido estampada no rosto de sua versão adulta.
- Não precisa ter medo, eu e a Rose vamos estar do seu lado o tempo todo. – disse o homem. – E não esquece: silenzio, Bruno!
- Silenzio, Bruno! – repetiram Ana e Rose, antes da última lembrar-lhes de que precisavam entrar no prédio, senão se atrasariam e não seria uma boa primeira impressão.
Ao entrar no prédio a garota se viu totalmente encantada pela grandeza e elegância do local, e apesar de ter crescido no meio de toda a elegância proporcionada pela Fórmula 1 aquilo era totalmente diferente.
- Bonjour, tenho uma reunião com madame Emmanuelle. – disse a garota à recepcionista, que apenas acenou com a cabeça e fez uma ligação.
Instantes depois uma garota baixa, aparentemente da mesma altura e idade de Ana Carolina, apareceu cumprimentando o trio.
- Bonjour, sou a Amelie, secretária e assistente da Emmanuelle, vou acompanhar vocês até a sala dela. – disse enquanto cumprimentava todos com um aperto de mão antes de sair andando e ser seguida pelos brasileiros.
- Excusez-moi madame, ils sont arrivès.
- Entrem, entrem. – pediu a mulher. – Obrigada, Amelie. Qualquer coisa eu te chamo. Sentem-se, por favor. Querem alguma coisa? Um café, uma água?
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Always and Forever | Mick Schumacher
FanfictionQuando Ayrton soube que seria pai seu mundo parou. Esse sempre fora um de seus maiores sonhos, ficando atrás apenas de se tornar piloto de Fórmula 1, mas esse já havia se tornado realidade anos antes. Porém, o dia do nascimento de sua filha, Ana Car...