Always and Forever | Mick Schumacher

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Paris, França

Ana Carolina estava nervosa naquela manhã de segunda-feira enquanto tomava café da manhã e observava Marie dormir no encosto do sofá. Aquele era seu primeiro dia em seu novo emprego e, pela primeira vez na vida, ela não conhecia ninguém e estava sozinha. Ayrton e Rose tinham voltado para Mônaco e Mick para a Suíça para passar algum tempo com sua família antes do início da temporada.

- Nem pra acordar pra me fazer companhia. – resmungou a brasileira para a gatinha enquanto bebia seu café e lia o jornal como uma senhora como Mick costumava dizer.

Trabalhar em uma grande revista era um de seus sonhos, mas trabalhar na Vogue, mesmo que não fosse escrevendo como ela gostaria, era um sonho que sempre tinha parecido impossível, afinal a moda nem sempre tinha sido uma prioridade em sua vida, principalmente por todos os anos em que focou apenas no automobilismo. Ana Carolina não se arrependia, afinal era aquilo que tinha vivido durante toda sua vida, mas hoje, se pudesse, daria mais espaço para outros segmentos.

A jornalista estava tão absorta em seus pensamentos que se assustou quando a campainha de seu apartamento tocou. Era estranho, porque era uma segunda-feira de manhã e ela não tinha comprado nada para ser entregue e nem estava esperando ninguém, então a única coisa que passou por sua cabeça foi que alguém tinha errado o apartamento e, ajeitando a roupa que tinha comprado especialmente para seu primeiro dia no emprego novo e que tinha tomado todo o cuidado do mundo para não derrubar nada, a brasileira seguiu em direção à porta, pronta para dizer que era o lugar errado. No entanto, quando abriu a porta, Ana Carolina se deparou com um entregador e dois buquês de flores: um de rosas vermelhas e um de flores do campo, e ela imediatamente soube de quem eram sem nem precisar ler os cartões.

- Obrigada. – agradeceu a garota antes de fechar a porta e voltar para seu lugar na cozinha, onde tinha deixado seu celular, para agradecer à seu pai e seu noivo.

Ana Carolina leu o cartão de seu pai, que estava no buquê de flores do campo, e lhe mandou uma mensagem agradecendo, e antes que pudesse terminar de ler o cartão que estava no buquê de rosas vermelhas, suas preferidas, seu celular começou a tocar e o nome de Mick apareceu na tela. A brasileira não perdeu tempo para aceitar a chamada de vídeo, e assim que a ligação iniciou, ela conseguiu ver o noivo ainda na cama, com Angie deitada ao seu lado, os dois com cara de quem tinha acabado de acordar.

- Sua pontualidade me assusta, meu bem. – disse a brasileira ao noivo. – Eu estava com o celular na mão para te mandar mensagem.

As orelhas de Angie levantaram quando ela ouviu a voz de Ana Carolina, e não demorou para a pastora australiana se agitar e começara a latir, o que chamou a atenção de Marie, que assim que ouviu o latido alto da cachorra pelo celular da brasileira, se escondeu atrás das almofadas do sofá.

- Acho que tem alguém com saudade de você, liebling. Na verdade nós dois estamos. – disse o rapaz. – Gostou das flores?

- Eu amei, meu bem. Obrigada. – respondeu a jornalista. – E eu também estou morrendo se saudade de vocês, mas eu acho que a Marie não gostou muito de ser acordada com os latidos da Angie.

Assim que ouviu seu nome, a cachorra tomou conta da tela do celular de Ana Carolina, o que significava que ela deveria estar completamente em cima de Mick, que provavelmente estava sendo sufocado pelo mar de pelos da cachorra.

- Sua irmã não gostou muito de acordar com seus latidos, Angie, mas ela é sentimental mesmo, daqui a pouco passa.

Mick riu da fala da noiva, que apenas disse que era verdade e que daqui a pouco a gatinha já estaria destruindo o apartamento outra vez.