epílogo

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dezembro de 2027, São Paulo, Brasil

- Maxon, por favor, não puxa seu avô com tanta força. – pediu Ana Carolina quando viu o filho puxando Ayrton pela mão. – Mesmo depois de três anos eu ainda não consigo acreditar que eu pari meu marido. Duas vezes.

- Se te serve de consolo, minha querida, eu também pari meu marido duas vezes. – disse Corinna para a nora. – Mas a Laura se parece mais com você.

E era verdade. Maxon era a cópia perfeita de Mick, tanto na aparência quanto nas atitudes. Tudo o que o piloto fazia o pequeno também queria fazer, mesmo que isso gerasse algumas discussões bobas entre pai e filho para decidir quem amava mais e quem era mais amado por Ana Carolina. A mesma coisa valia para Laura, a filha caçula do casal, mas diferente do irmão, Laura não tinha os cabelos loiros e lisos do pai, e sim o mesmo tom castanho e as ondas da mãe. Os dois eram muito parecidos com Mick, e Ana Carolina não podia estar mais feliz com sua família.

- Espera um pouco, Maxon. Eu não consigo mais acompanhar seu ritmo. – disse Ayrton tentando controlar o neto.

- Mas eu quero ver o papai. E mostrar tudo pra minha irmã. – falou o garotinho com um bico igual ao que Mick fazia quando queria alguma coisa ou quando Ana Carolina ficava brava com ele.

- Nós já estamos indo ver o papai, meu amor, não precisa correr e nem puxar o vovô. – disse a jornalista se abaixando para ficar da altura do filho e o olhar nos olhos enquanto conversava com ele. – E assim que a Laura acordar você pode mostrar o que você quiser pra ela, combinado?

- Combinado, mamãe! – respondeu Maxon ainda agitado mas um pouco mais calmo antes de pular no pescoço da mãe e enrolar seus bracinhos no pescoço da mais velha em um abraço apertado. Ana Carolina aproveitou a oportunidade para levantar com o filho no colo, assim seria mais fácil de chegar ao hospitality da Ferrari sem perdê-lo pelo paddock.

- Eu vou com vocês até o hospitality da Ferrari e de lá eu vou pro da McLaren. – disse Ayrton andando lado a lado com a filha e com Corinna, que empurrava o carrinho da neta, que ainda dormia tranquilamente.

- Não vai assistir a corrida com a gente, Ayrton? – perguntou a alemã.

- Não. – respondeu o brasileiro. – O Daniel vai estar na garagem hoje junto com os mini Ricciardos deles, e eu preciso garantir que eles não vão destruir nada, e nem tentar entrar no carro do Lando ou do Felipe.

- Eu quero ver o tio Daniel. – disse Maxon levantando a cabeça que antes estava apoiada no pescoço da mãe. – E o tio Lando, e a tia Amèlie e o tio Felipe. O tio Charles e a tia Charlotte também.

- Você vai ver todos eles, bichinho. – falou o mais velho bagunçando os cabelos loiros do neto. – Você vai ver todo mundo.

- O tio Arthur também?

- Todos eles, meu amor. – respondeu Ana Carolina beijando o topo da cabeça do filho.

A única coisa que o pequeno tinha puxado dela era a falta de timidez. Maxon raramente ficava envergonhado e ia com todo mundo que estendesse a mão para ela, o que preocupava um pouco os pais. Ele também fazia Mick e Ana Carolina passarem alguns apuros com sua curiosidade e honestidade infantil. Mais de uma vez o casal teve que ficar bravo com o filho pelas perguntas indiscretas que ele fazia aos outros. Tudo isso divertia os avós e os tios de Maxon, que adoravam ver o casal desesperado por algo que o pequeno tinha falado.

- Masey, olha quem está ali. – falou Corinna para o neto apontando em direção à tão conhecida hospitalidade vermelha da Ferrari.

- PAPAI! – gritou Maxon do colo de Ana Carolina quando viu Mick, acordando Laura de seu sono profundo. – Mamãe, eu quero descer.

Always and Forever | Mick SchumacherOnde histórias criam vida. Descubra agora