xiii

3.1K 135 20
                                    

Spielberg, Áustria

Pássaros cantando do lado de fora, a luz do sol entrando pelas frestas da cortina mal fechada, um carinho leve nas costas desnudas. Foi isso que fez Ana acordar naquela manhã de quarta-feira mais tarde do que de costume.

Quando abriu os olhos, ainda carregados de sono, a primeira coisa que viu foram os olhos azuis mais brilhantes do mundo, os olhos de Mick. O piloto, por sua vez, não apresentava mais nenhum rastro de sono em suas belas orbes, mas o leve inchaço em seu rosto e os cabelos completamente bagunçados mostravam que não estava acordado há muito tempo.

- Bom dia. – disse Ana enquanto se aninhava ainda mais no pescoço de Mick, escondendo quase que o rosto todo.

- Bom dia, bela adormecida. – respondeu Mick com um leve riso por conta das leves cócegas que alguns fios de cabelo de Ana causavam em seu rosto, enquanto continuava com o carinho nas costas da garota.

- Se você continuar fazendo isso nas minhas costas eu vou voltar a dormir. – resmungou a garota em seu pescoço.

- Eu não ia me importar com mais algumas horas de sono – respondeu o piloto. – , nem de ficar o dia inteiro aqui, mas nós precisamos levantar. Ou você esqueceu que nós combinamos de tomar café da manhã com o Callum?

- Nós uma ova. – brigou Ana. – Você combinou com ele e falou que eu também ia.

- Tudo bem, eu admito a culpa. – disse Mick. – Já sei, vamos fazer assim: eu vou encontrar o Callum, e aproveito para ligar pra minha mãe porque ela já mandou mensagem perguntando se eu estou vivo porque não dei sinal de vida ainda e depois eu volto aqui pra gente fazer alguma coisa, pode ser?

- Pode demais. – disse Ana enquanto se aconchegava ainda mais a Mick. – Por mim a gente podia dormir o dia inteiro, porque a partir de amanhã vai ser o que nós menos vamos fazer até o final da semana. Ahh!! Fala pra sua mãe que eu falei oi.

- Você sabe que pra fazer tudo o que eu falei eu preciso levantar, certo?

- Uhum! – resmungou a brasileira antes de deixar um beijo no pescoço do piloto, que sentiu seu corpo se arrepiar por inteiro.

Com um sorriso travesso nos lábios, por saber do efeito que causava em Mick, Ana finalmente se afastou do piloto, dizendo, mesmo que sem palavras que ele podia finalmente se levantar. E foi o que ele fez. Mas não sem antes se debruçar sobre a garota responsável por seus melhores momentos nos últimos tempos e depositar um beijo em seus lábios, mas sem deixar que se aprofundasse muito, pois se o fizesse sabia que a noite anterior se repetiria, e realmente não podia demorar mais.

Quando se levantou de uma vez por todas e se virou de costas para a cama – onde Ana ainda estava deitada e não pretendia se levantar tão cedo – para pegar suas roupas espalhadas para poder se vestir e ir até seu próprio quarto tomar uma banho rápido e colocar roupas limpas, Mick ouviu uma risada leve e se virou para a garota, que já estava ficando vermelha por tentar segurar a gargalhada que queria escapar de sua boca a todo custo. Como era curioso não se aguentou e perguntou o motivo da risada.

- Por favor, não fica sem blusa na frente de ninguém. – pediu a jornalista.

- Por quê?

- Digamos que eu esteja precisando cortar as unhas.

A fala de Ana pegou Mick de surpresa, o que fez com que ele ficasse com as bochechas e as orelhas levemente vermelhas, sinal de que estava com vergonha, e isso só fez com que a garota risse mais. Ela amava e se divertia sempre que o rapaz ficava envergonhado por alguma coisa boba.

- Não precisa ficar com vergonha, meu amor. Não tem nada demais. – disse Ana. – Não é como se nós tivéssemos feito algo errado.

Ouvir as palavras que saíram da boca da brasileira foi o que bastou para que o alemão relaxasse seus músculos, que tinham ficado tensos.

Always and Forever | Mick SchumacherOnde histórias criam vida. Descubra agora