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Genebra, Suíça

Finalmente em solo suíço.

Ana nem conseguia acreditar que finalmente conseguiria ficar alguns dias com Mick sem se preocupar com câmeras por todo lado e especulações.

As pouco mais de quatro horas de voo pareceram as mais longas da vida da garota. Ela estava com saudade do namorado e não via a hora de poder abraça-lo, beijá-lo e sentir seu cheiro, que em sua humilde opinião de namorada, era o melhor do mundo.

Depois de pegar sua mala, sim, no singular, nem ela sabia como tinha conseguido essa proeza, viu que tinha recebido uma mensagem de Mick dizendo que ele já estava a esperando no estacionamento do aeroporto, o que fez Ana aumentar a velocidade de seus passos para chegar mais rápido até onde o namorado estava.

Quando chegou do lado de fora do grande edifício não foi difícil encontrar o piloto. Mesmo usando máscara não era difícil identifica-lo, afinal aquele oceano azul que tinha no lugar dos olhos era único, além do cabelo loiro sempre bem penteado quando não estava usando seu famoso boné.

Mick também não demorou muito para encontrar a namorada. Bastou uma rápida passada de olhos pelo local para encontrar os olhos da brasileira, que estavam radiantes, e o piloto percebeu que ela sorria por baixo da máscara. Enquanto Ana fazia o curto caminho de onde estava até Mick, ele reparou que ela estava ainda mais bonita do que a última vez que eles tinham se visto pessoalmente, pouco mais de uma semana atrás, mas ele achava isso toda vez que a via.

Quando faltavam poucos passos para que a brasileira chegasse até o alemão, ele encurtou a distância dando curtos passos até ela e a envolvendo em um abraço apertado e cheio de saudade, que observado por qualquer pessoa que não sabia que não fazia tanto tempo da última vez que tinham se visto acharia que tinham passado meses ou até mesmo anos longe um do outro.

- Eu estava com tanta saudade, meu amor. – disse Mick abafado por estar com o rosto enfiado no pescoço de Ana. – Você não tem ideia do quanto.

- Aposto que não tanto quanto eu, meu bem. – respondeu a garota. – Eu dormi com um moletom seu todos esses dias só pra sentir seu cheiro.

A essa altura ambos já estavam quase chorando. Eles eram duas manteigas derretidas e não tinham vergonha nenhuma de admitir isso.

- Vamos pra casa que tem alguém lá que vai amar te conhecer. – disse Mick se soltando de Ana e pegando sua mala com uma mão e segurando sua mão com a outra. – E que provavelmente vai pegar suas meias.

- Eu tô louca pra conhecer ela. – respondeu a jornalista animada. Ela amava cachorros mas nunca tinha tido um em sua casa, apenas na casa de sua avó, e ele nem era seu, era de dona Neyde, mas ficava o tempo todo atrás da menina quando ela ia para o Brasil.

O caminho até a casa de Mick foi carregado de conversa. Eles tinham muito o que conversar depois de uma semana separados, e durante todo o trajeto a mão de Mick que não estava na direção estava entrelaçada com a mão de Ana, que desenhava leves círculos com o polegar na pele do rapaz, apoiadas na perna da garota. Era uma sensação boa de conforto para ambos.

- Chegamos. – disse Mick quando estacionou o carro na frente de uma casa com um gramado na frente e um caminho de pedras que levava até a porta de entrada.

Quando chegaram na porta de entrada, antes mesmo de Mick colocar a chave na fechadura, eles ouviram Angie fungando e andando de um lado para o outro, o que significava que ela tinha ouvido o barulho do carro e, assim que a porta foi aberta, a cachorra começou a pular e a cheirar o dono, percebendo um novo perfume em suas roupas.

- Oi, meu amorzinho. O papai chegou. – disse enquanto entrava na casa, sendo seguido por Ana, que fechou a porta, e se abaixava para fazer carinho atrás da orelha de Angie, que já estava desesperada. A interação entre os dois fez Ana sorrir. Essa era uma das coisas que ela mais amava em Mick, seu carinho com tudo a sua volta.

Always and Forever | Mick SchumacherOnde histórias criam vida. Descubra agora