São Paulo, Brasil
- Meu Deus, nem acredito que eu finalmente estou no Brasil! – disse Ana Carolina animada, apesar do horário. – Eu tenho uma lista de coisas que eu quero comer esta semana.
- Eu também. – falou Ayrton. – E a primeira coisa da lista é...
- Arroz, feijão, bife e batata frita!
Mick deu risada quando percebeu que a namorada e o sogro falaram a mesma coisa ao mesmo tempo. Não tinha como negar que eram pai e filha.
- Nem parece que vocês saíram de uma corrida e de um voo de nove horas.
- Esse é o efeito que o Brasil tem sobre nós, filho. – disse Ayrton ao genro. – Mas agora nós precisamos ir dormir. Eu e a Rose temos a agenda cheia até o fim de semana começar.
- E eu tenho uma festa surpresa pra preparar pro Lando e você tem que me ajudar, meu bem.
- Sim, senhora.
Com isso, seguiram até o carro que os levaria até a casa de dona Neyde, que tinha insistido para que o trio ficasse lá ao invés de algum hotel com o argumento de que ela precisava saber tudo sobre o que ela tinha perdido na vida do filho e da neta nos quase dois anos em que não puderam se ver pessoalmente.
Após longos minutos e uma Ana Carolina extremamente sonolenta, o trio finalmente chegou à casa da matriarca da família Senna.
- Chegamos, crianças. Entrem sem fazer barulho para os cachorros não latirem e não acordarem a vovó.
- Relaxa, pai. Eu sei como entrar sem fazer barulho. Foram três anos de experiência chegando das festas da faculdade levemente alterada sem fazer barulho pra não acordar a vovó. – disse a garota. – O que foi? Vai falar que nunca fez isso? Aliás, você faz isso até hoje, só que eu sempre sei quando você chega em casa.
- Eu tinha certeza que você nunca tinha escutado, bonequinha.
- Por mais que eu esteja amando o rumo dessa conversa, eu acho que a gente precisa entrar. – disse Mick.
- Verdade. – concordou Ayrton. – Eu só preciso achar a chave.
- Grudada com fita atrás daquele vaso. – apontou a garota.
- Ué, mudou?
- Uhum. O Bruno falou que onde estava era muito fácil para qualquer um achar. Mas na verdade eu acho que foi só pra me fazer ficar alguns minutos parecendo uma barata tonta procurando a chave depois de voltar de uma festa de carnaval.
- Crianças. – disse Ayrton enquanto chacoalhava a cabeça em negação.
Quando finalmente acordaram na segunda-feira, Ana Carolina e Mick desceram as escadas da casa de dona Neyde, e assim que chegaram no último degrau já puderam ouvir a falação típica da família Senna, o que fez a jornalista sorrir. Ela sentia falta daquilo.
- Pronto, meu bem?
- O mais pronto que eu posso estar.
Com isso, o casal seguiu até a sala de jantar, onde encontraram dona Neyde, Ayrton e Viviane, irmã do ex-piloto.
- Bom dia, família! – cumprimentou Ana indo em direção à avó e a abraçando.
- Boa tarde, na verdade. – disse Viviane, irmã de Ayrton para a sobrinha, que não via há quase dois anos.
- Eu ainda não almocei, tia, então ainda é bom dia.
- Nós ainda não almoçamos também, bonequinha. Estávamos esperando vocês acordarem, e eu já estava quase indo lá ver se vocês estavam vivos.
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Always and Forever | Mick Schumacher
Fiksi PenggemarQuando Ayrton soube que seria pai seu mundo parou. Esse sempre fora um de seus maiores sonhos, ficando atrás apenas de se tornar piloto de Fórmula 1, mas esse já havia se tornado realidade anos antes. Porém, o dia do nascimento de sua filha, Ana Car...