Capítulo 67

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>Pov S/n

Os meses se passaram rápido desde que eu soube da gravidez. Admito que no começo eu me sentia como uma pequena taça de cristal, que poderia quebrar a qualquer momento, mas depois do quarto mês essa sensação foi amenizando, e tirando o fato de eu ter que ir na obstetrícia a cada quinze dias, eu me sentia como uma grávida normal (ou pelo menos como eu imaginava que fosse ser uma grávida normal).

Eu e o Neji optamos por não saber o sexo da criança, o que tornava isso um pouco difícil para a minha obstetra.

Sempre que fazíamos os exames ela se continha em apenas falar que estava tudo bem com o bebê, e parte de mim se sentia incomodada com apenas isso de informação...

Eu senti o bebê se mover pela primeira vez por volta do meu quinto mês de gestação, e no começo foi a coisa mais desesperadora que eu já senti.

Eu não sabia o que estava acontecendo, e sentia dores que hora ficavam mais fraca e hora mais fortes. A doutora Takada havia me dito que, por conta da radiação que ainda não havia sido eliminada completamente, eu poderia sofrer um aborto, e a simples ideia de perder o meu filho me deixou em desespero.

Eu liguei para a tia do Neji, e em questão de segundos ela apareceu no meu apartamento.

Ela dirigiu o mais rápido que pode para o hospital, e depois de eu descrever a sensação para a médica e para a Nami, as duas começaram a rir.

Nami me explicou que aquilo era apenas o bebê que começara a se mover dentro de mim, e para ter certeza, a doutora Takada solicitou um ultrassom.

O gel gelado fez com que o bebê se movesse com mais intensidade, e foi naquele momento que eu percebi que iriam ser longos meses com aquele serzinho agitado dentro de mim.

Na noite daquele dia, depois que o Neji chegou da empresa, eu pedi para que ele se deitasse comigo, e como esperado, o bebê se movimentou assim que ele encostou a mão na minha barriga.

A cara de assustado do Hyuuga foi algo impagável de se ver, mas assim que ele percebeu do que se tratava, seus olhos pareciam ter assumido um brilho encantador.

Todas as noites depois do trabalho Neji corria para o banho e vinha atrás de mim. Nós conversávamos sobre o dia dele, e quando digo nós quero dizer eu, o Hyuuga e o nosso bebê, que parecia ficar animado sempre que ouvia a conversa.

Minha barriga já estava grande no sétimo mês, o que fez ser um pouco difícil de eu achar um vestido de noiva ideal.

Ah sim... Os preparativos para o casamento...

Sempre pensei que quando eu fosse me casar, iria ser como aquelas cenas onde a noiva puxa o noivo para cima e para baixo, o fazendo ficar com bolhas nos pés de tanto andar, mas na verdade quem não aguentava mais pensar em pisar em outra loja de decoração era eu.

Meus pés estavam inchados e minha barriga parecia pesar uma tonelada. Minhas costas doíam e minha pressão ficava baixa com frequência.

Nami havia me dito que aquilo era normal, e eu sempre ouvirá falar sobre essas coisas, mas nunca pensei que pudesse ser tão desgastante.

Por fim, concordei em deixar as meninas encarregadas da decoração. Sai havia cuidado do salão e graças a essa ajuda, Neji e eu tivemos tempo para procurar a nossa casa.

A casa que fechamos negócio era perfeita. O condomínio tinha um agradável aroma de flores, pinheiros e grama. Era como se tivéssemos encontrado um pequeno refúgio em meio ao muvuco da cidade.

Eu queria ter acompanhado o processo de decoração mais de perto, mas por conta dos cheiros de tinta, verniz e alguns outros produtos, achei que não seria muito bom.

Uma nova vida (Neji x leitora) - Revisando.Onde histórias criam vida. Descubra agora