Uma nova vida (Neji x leitora) - Revisando.

Capítulo 45

ATENÇÃO: ESTE CAPÍTULO CONTÉM ALGUMAS DESCRIÇÕES DE VIOLÊNCIA E ABUSO E PODE CAUSAR GATILHOS OU COISAS DO TIPO. SE VOCÊ NÃO CURTE OU É SENSÍVEL A ESSES TEMAS, PULE A PARTE DA S/n.

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No final da terça-feira, passei na delegacia antes de ir visitar minha tia, e pela cara do Shikamaru...

— E ai? — perguntei assim que entrei

— A investigação vai ser taxada como confidencial mesmo. — ele falou enquanto coçava a nuca, e depois escreveu algo num papel enquanto fazia um sinal para que eu não falasse nada. No papel estava escrito para eu deixar o celular no carro e depois voltar para lá.

Eu voltei rapidamente em direção ao carro, e joguei meu celular dentro do porta luvas, e então voltei para dentro da delegacia onde o Nara observava a rua apoiado com as costas no balcão de informções.

— Como ainda não saiu a declaração, eu posso te avisar uma coisa... — ele retou a falar assim que parei próximo a ele — Toma cuidado quando estiver andando por ai, e cuida da sua família também.

— O que descobriram pra você falar isso? — perguntei arqueando uma das sobrancelhas.

— Dentro do cofre da sala dela na empresa não tinha nada além de alguns documentos de lá, mas no cofre da casa dela, haviam várias fotos de todos nós... além do endereço de cada um, telefones, fotos nossas nos nossos carros ou das janelas das nossas casas... A pessoa que estava ameaçando ela, parece saber muito ao nosso respeito... no celular dela haviam mais fotos e mensagens curtas de ameaça, sem contar que estava grampeado, o que nos leva a acreditar que os nossos também estão. Por isso...

— Por isso pediu para eu deixar no carro. — falei ligando os pontos.

— Exato... Não vamos poder trocar de celular por hora.

— Por que? — perguntei levemente confuso. Afinal, aquela seria a coisa mais obvia a se fazer. 

— Porque se eles perceberem que todos nós começamos a agir, podem se sentir acuados e fazer algo com ela...

— Então até lá temos que tomar cuidado com o que falamos perto deles...

— Sim... mas como vocês não vão poder saber o que realmente esta acontecendo nas investigações isso não é um problema tão grande, mas mesmo assim, é melhor tomar cuidado.

Respirei fundo. Só de pensar em toda aquela situação, eu sentia meus nervos ficarem tensos. 

— Agora que estamos com acesso as outras fotos, estamos trabalhando pra ver se conseguimos alguma pista e... além disso — ele olhou para os lados — vem comigo! — ele ordenou enquanto abria a pequena porta de madeira que havia no balcão que separava a parte dos civis comum, com a parte da polícia.

O segui por um corredor um pouco abafado e depois entremos numa pequena sala cheia de arquivos, caixas e quadros com papéis pendurados nas paredes, que fez com que o corredor parecesse incrivelmente mais agradável e com mais ar para respirar, já que ali dentro cheirava a café frio e papéis velhos.

— Eu achei isso aqui — ele me mostrou um caderno de capa azul, que eu reconheci de algumas reuniões que tive com a YMT.

— Isso não é do serviço dela?

— Também pensei que fosse. Na verdade as primeiras paginas até são anotações de gráficos e algumas coisas que devem ter sido falado em reunião... mas olha isso – ele me mostrou as páginas mais pro fundo.

— Isso é... — senti meu coração gelar ao ler meio por cima as coisas escritas na primeira página.

— São os relatos dela desde que ela começou a passar por isso... pelo visto tudo começou mesmo com aquele peixe, mas antes do corpo... veio a cabeça — ele falou mostrando o que ela havia escrito, com letras tremulas, me fazendo sentir o peito doer por imaginar a aflição que ela devia estar sentindo enquanto escrevia.