O pessoal alugou um quiosque na praia.
Quando nós chegamos já tinha bastante gente comendo e bebendo no quiosque e outras na areia, reunidas em volta da fogueira. Mais de dez mesas devem ter sido expostas, e muita comida e bebida foi servida.
O clima a noite aqui em Outer Banks é mais frio que o calor quase insuportável que faz durante o dia. Por isso quando eu cheguei lá, bateu o arrependimento de não ter pegado nenhuma blusa.
O pessoal meio que se dividiu quando chegamos. Os meninos foram para um lado, a Sarah para o outro e a Kiara para a fogueira. Fiquei no quiosque comendo e bebendo, esse é o meu fetiche em festas.
Posso voltar para casa sem ter beijado ninguém, mas de barriga vazia jamais.
Quando terminei de comer a minha porção de batata frita com cheddar e bacon, e beber dois copos de ponche de groselha, deixei o quiosque e caminhei até a areia, me sentei em um tronco em volta da fogueira e observei o pessoal ao meu redor a procura de um rosto conhecido.
- Oi!- olhei para o lado e vi uma garota morena se aproximar com um copo em uma mão e um cigarro na outra.
- Oi?- me encolhi.
- Posso senta aqui?- ela fez sinal para o tronco e sem esperar que eu respondesse já foi se sentando.
A moça passou o braço na minha frente e praticamente enfiou o copo - cheirando fortemente a bebida alcoólica - na minha boca. Fiz que não com a cabeça, meio incomodada e ela afastou a mão.
- Você não bebe?- al garota parecia estar meio grogue, além da voz meio carregada, os olhos estavam murchos e as pernas bambas.
- Não. Tenho dezenove anos ainda.
Ela soltou uma gargalhada e balançou a cabeça para o lado, encostando-a no meu ombro e a levantando rapidamente.
- A-achei que pessoas que... Esperam os vinte e um anos para beber.- ela pousou a mão na boca e soltou um arroto.- fosse mito sabe? P-porque eu bebi minha primeira ca-cachaça com doze anos.
E então ela soltou outra gargalhada escandalosa, balançando um pouco o copo e deixando derramar um gole do líquido espumante sobre a areia. O seu escândalo chamou um pouco a atenção do pessoal em nossa volta.
- E não tá tudo bem.- falei. Sentindo vergonha por ela.
- Não!- sua voz saiu ainda mais carregada.- não está! E-essa porra... Tá tu-tudo dando errado.
E então a garota começou a chorar. O efeito do álcool com o baseado provavelmente começaram a fazer efeito, ela relaxou a postura e abriu o berreiro falando e falando ao mesmo tempo que fungava. E eu ficava sem graça por não estar entendendo nada.
- Calma...- disse um tempo depois, desesperada e confusa.- respira ok? Não precisa se descontrolar.
Ela virou o rosto para mim. As bochechas cobertas de rímel, o nariz vermelho e a boca torta e trêmula, tentava engolir o choro de maneira fracassada. Fiz uns sinais com as mãos a orientando, para segurar e soltar o ar com calma. Ela repetiu os movimentos uma vez antes de voltar a chorar novamente.
- Eu...- a morena parou de chorar de repente, paralisou e destravou, levando as mãos até a boca.- acho que vou...
A morena correu dali e eu fui atrás. Ao lado do quiosque, onde as pessoas comiam e bebiam ao som da Shakira, havia um muro repartindo o banheiro feminino a direta e o masculino a esquerda.
Escutei a porta de uma das cabines bater na parede, parei em frente a porta e a observei golfar, agachada no chão e agarrada ao vaso sanitário. Entrei na cabine e puxei os seus cabelos encaracolados para cima.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Ondas De Encrencas (2021-2021)
Fiksi PenggemarConcluída. Está fanfic está sujeita a alterações. Você deve encontrar alguns erros de ortografia e furo de roteiro. Boa leitura. Em uma viagem tediosa e indesejada, Maggie reclama de suas condições ao tempo que sua família aproveita as águas de Caro...