A porta da doceria foi aberta, fazendo com que o pequeno sino posicionado um pouco acima na parede soasse como uma melodia. Um mini ser humaninho foi o primeiro a entrar, os olhinhos brilhando, hipnotizado pela enorme quantidade de doces coloridos nas vitrines e prateleiras. Logo mais uma mulher adentrou o local, segurando com cuidado a mão da criança. Caminharam até o caixa, onde havia um belo homem de cabelos cor-de-rosa.
Esse é Kim Seokjin. Um rapaz de 28 anos, cheio de segredos e dono de uma beleza de outro mundo. Formado em gastronomia, ele administra a doceria junto com seu marido, Kim Namjoon, de 27 anos. Mas na maioria das vezes, só ele fica na loja durante a semana, já que o mais novo é professor de matemática em um colégio de ensino médio, o que toma muito de seu tempo. Os dois são extremamente apaixonados por suas profissões, Seokjin adora seus doces e clientes da mesma maneira que Namjoon ama números e seus alunos.
O mais velho sempre foi apaixonado por doces e açúcar, e durante muito tempo isso foi um vício.
A mulher e a criança se aproximaram do balcão de mármore branco. As mãozinhas do pequeno tentavam a todo custo alcançar a parte de cima onde se encontram potes redondos de vidro com diversas balas e docinhos diferentes.
— Bom dia, —o rosado mostrou seu melhor sorriso— Sejam bem vindos. Já sabem o que vão pedir?
— Marshmallows, —a moça respondeu, retribuindo o sorriso e pegando o garotinho inquieto no colo— dois pacotes por favor.
Seokjin assentiu com a cabeça e se virou para pegar dois pacotinhos de marshmallows coloridos em tons pastéis. Com o doce em mãos, colocou-os dentro de uma sacolinha e se virou novamente. Recebeu o dinheiro e entregou o produto. Observou os dois abrindo novamente a porta e saindo da loja, ouvindo o barulho suave e melódico do sino.
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A doceria estava relativamente cheia para uma tarde de sexta. Das seis mesas que se encontravam do lado interior, cinco estavam ocupadas por estudantes e alguns casais, e todas as três do lado de fora estavam sendo utilizadas. Jin estava ocupado decorando uma torta de creme com chantilly e ursinhos de goma, enquanto Namjoon observava hipnotizado, esquecendo por um momento do que estava fazendo.
— Querido, —sentiu uma mão em seu ombro, era seu marido— precisa de ajuda?
— Sim, pode trazer aquele pote de granulado colorido por favor? —olhou de relance para Namjoon, que fez menção de falar alguma coisa— Segundo pote da primeira prateleira, da esquerda pra direita. —se virou e sorriu— O único da tampa vermelha.
Namjoon sorriu de volta e foi atrás do granulado. Seokjin parecia ter o dom de prever cada palavra que ia sair da boca de cada pessoa, cada movimento, como se estivesse controlando tudo. E no fundo, talvez estivesse mesmo. O semblante sério que havia em seu belo rosto, considerado perfeito pela maioria, era intimidador. Raramente sorria ou demonstrava alguma emoção, com exceção de quando atendia algum cliente ou estava com seu marido.
E claro, quando fazia aquilo que mais amava no mundo.Durante a faculdade, Jin era conhecido por ignorar todos que se declaravam para ele. Mas claro, com exceção de Kim Namjoon, o eterno idiota apaixonado.
Foram dois anos e meio de muita persistência até conseguir conquistar o coração do seu amado. O Kim mais novo não descansou até poder chamar o mais velho de "querido". Eles ainda guardam todas as cartinhas apaixonadas e bilhetinhos desesperados que Namjoon deixava no meio dos livros e na mochila de Jin. E só Deus sabe a quantidade de papéis coloridos e canetas que o Kim mais novo gastou com aquelas cartas. No começo, Seokjin foi indiferente já que recebia um monte de papéis dobrados com declarações escritas. Mas diferente daqueles que apenas desistiram depois de terem seus bilhetes ignorados por Jin, Namjoon continuou tentando conquistar o rapaz de fios cor-de-rosa, convidando o mesmo para um quase encontro em uma cafeteria perto do campus. Lá, o futuro professor de matemática descobriu sobre a paixão de Seokjin por doces, e futuramente, se tornou mais uma paixão do jovem.
— Aqui está, meu docinho. —colocou o recipiente de vidro sobre o balcão, e o outro sorriu em agradecimento— Agora seu ajudante precisa voltar a elaborar algumas provas... —abraçou Seokjin por trás, sentindo o aroma amadeirado de seu perfume— Falando nisso, não acha que precisa de ajuda?
— Não acho, eu tenho certeza. —suspirou, se aconchegando no abraço de seu amado— Inclusive, tenho que ver isso depois.
Continuou jogando os confeitos sobre as fatias já cortadas de torta, colocando um ursinho de goma cuidadosamente em cada uma delas. Namjoon sorriu de lado, passando o dedo no creme branco e em seguida no nariz de Jin, que riu.
— Vemos isso depois, —beijou a bochecha do rosado, se soltando do abraço e encarando o mesmo, dando uma risadinha em seguida— você é a tortinha mais linda desse mundo.
Seokjin virou o rosto enquanto ria, pegando um punhado de granulado jogando sobre os fios castanho escuro do mais novo. Se aproximou e deu um selinho demorado em Namjoon, fazendo com que seus narizes se tocassem e o chantilly ficasse em ambos.
— Agora posso dizer o mesmo de você, minha tortinha.
Os arrepios que Jin sentia quando estava perto de Namjoon eram tão doces quanto aqueles marshmallows coloridos, tão doce como o puro açúcar de confeiteiro.
E Namjoon, ah... A cada segundo que passava perto de Seokjin, a glicose no seu sangue aumentava drasticamente, mas não pelos doces em si, e sim pelo homem no qual era apaixonado.
O professor de matemática dócil e gentil era o par perfeito do confeiteiro sério e elegante. Viviam em perfeita harmonia, com muito amor envolvido.Mas, a vida do Kim nem sempre foi assim.
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Uepa, passando aqui pra avisar que estou reescrevendo pela 13758491° vez, olha só que legal. (de novo)
Não mudei tanta coisa nesse capítulo, só adicionei alguns detalhes e esse momento fofo dos NamJinQuem clicar na estrelinha ganha marshmallows e tortinhas de creme ⭐
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Sweet Candy
FanfictionOs doces parecem se encaixar muito bem na vida de Jin e Namjoon, apesar de terem um fundo amargo de sabor. ⚠️pode conter alguns gatilhos⚠️ Essa é uma história de ficção baseada em fatos fictícios da minha mente. Qualquer semelhança com qualquer pess...