Domingo, 19 de fevereiro de 2010.
— Que história é essa de gastronomia, Kim Seokjin? —o grisalho disse arrastando o jovem pela orelha até o galpão vazio— Que merda é essa? FICOU MUDO AGORA?
Seokjin encarava o chão com uma expressão serena no rosto. Não era possível identificar nenhum tipo de emoção vindo do rapaz, apenas um leve sorriso indecifrável dançava em seus lábios.
— Eu tenho vergonha de ter você como filho. —o mais velho se aproximou, olhando o Jin de cima a baixo— Primeiro esse negócio de bandinha, depois beijando outros homens, agora inventou de querer fazer doce? Mas é um viadinho desgraçado mesmo... —fechou os punhos e socou o rosto delicado do rapaz que caiu de joelhos no chão— Pode ir pra Seul fazer essa porcaria de faculdade, eu nem ligo mais. Mas porra, abrir uma doceria? Qual a necessidade de... Por que você tinha que nascer assim, inferno?
O garoto gargalhou. Sua risada ecoou pelo galpão vazio.
— Olha só quem fala. Se você quer uma resposta, eu vou te dar. Porque eu —o rosado levantou, ainda trêmulo devido ao soco— sou como um doce pedaço de bolo de chocolate. A massa fofinha na medida certa, o recheio docinho, o granulado em cima finalizando tudo, mas... Com um toque especial no final, um sabor diferente. Eu sou um pedaço de bolo de chocolate envenenado, papai —puxou o que parecia ser uma arma do bolso do casaco pesado— E você vai provar o doce sabor da morte agora.
Seokjin puxou o gatilho e atirou sem dó alguma. Não havia emoção em seus olhos. Soprou o bico da arma se aproximou do homem caído no chão. O jovem atirou em um lugar estratégico, não atingindo nenhum órgão vital.
— Achou que ia ser tão fácil assim? —riu, olhando para seu progenitor, que só conseguia gemer de dor— A morte é o fim, não significa mais nada. A dor que você fez a mamãe sentir foi maior que essa dorzinha que você sente agora. A dor que você me fez sentir durante todos esses anos, todo esse tempo que você me fez sofrer com um monte de dúvidas em minha cabeça, com minhas atitudes no impulso, porque seus pais fizeram o mesmo com você —cuspia cada palavra como se fossem facas afiadas— Você sempre foi ausente, e honestamente, eu agradeço por isso, ainda tenho um lado humano e não sou um monstro como você. Já pensou se eu fosse 100% criado por você? O caos que essa cidade não ia ser? —se agachou perto de seu pai, que fazia força para falar algo— Mas não seja por isso, podemos recuperar o tempo perdido agora. Vamos nos divertir muito, papai.
🍭
Seokjin levantou o corpo do Kim mais velho e o jogou bruscamente na parede. Segurou sua nuca com força, batendo a cabeça do mesmo na parede diversas vezes, gritando para que implorasse por perdão, e ele pararia.
Mas, como planejado, o homem mal conseguia resmungar.
— Ainda não terminamos. —jogou o corpo no chão, tirando uma faca de cozinha do bolso e se sentando por perto— Você me obrigava a estudar tudo que envolvesse medicina, e eu sou muito grato por isso. Mas você não deveria ter estudado isso. —cravou a faca na coxa de seu pai, que deixou escapar um fio de voz que ainda restava em sua garganta— Isso é por cada paciente que você tirou a vida injustamente, por cada inocente que teve sua vida ceifada por um maníaco desgraçado e ignorante que não procurou ajuda quando ainda era tempo. —retirou o objeto lentamente, observando a agonia e o medo na face do outro— Eu tenho vergonha de ter você como pai. Vou fazer você se arrepender por todos que foram mortos por você. Seu psicopatinha de merda.
Arrastou a lâmina afiada na garganta do homem, até ver o sangue escorrendo.
— Mas não importa se você se arrepende ou não, —se levantou, chutando o corpo quase sem vida no chão, segurou seu braço e foi arrastando para o meio da plantação de milho, com certa dificuldade— você vai pro inferno de qualquer jeito.
Jogou seu pai em um buraco afastado e pegou uma pá que estava ali perto.
— Quem cavou essa cova foi você mesmo —sorriu vitorioso— não me culpe depois.
Jogou a terra por cima com o homem ainda vivo, assim como o mesmo havia feito com a esposa. Não era da natureza de Jin perdoar, e ambos sabiam disso. Seokjin matou seu próprio pai naquele dia, mesmo julgando que ele já estava morto por dentro há bastante tempo.
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Tem uma frase aí que foi tirada de Vincenzo, será que alguém sabe qual é?
Dica: o Jang Hanseok falou isso pro pai deleQuem clicar na estrelinha ganha deliciosos biscoitos de gengibre ⭐
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Sweet Candy
FanfictionOs doces parecem se encaixar muito bem na vida de Jin e Namjoon, apesar de terem um fundo amargo de sabor. ⚠️pode conter alguns gatilhos⚠️ Essa é uma história de ficção baseada em fatos fictícios da minha mente. Qualquer semelhança com qualquer pess...