Capítulo XX - Donut

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Namjoon respirou fundo enquanto esperava seu marido na sala de visitas. O clima frio do ambiente não era dos mais amigáveis, e o homem já estava sentindo calafrios ao pensar no tipo de pessoa que residia aquele local. Logo uma cabeleira rosa desbotada apareceu em sua frente, fazendo seu coração bombear mais sangue do que suficiente.

— Você me deve uma explicação. —mordeu o lábio inferior, encarando fixamente o homem à sua frente. E droga, até com esse uniforme de presidiário e cabelo bagunçado ele fica bonito— E eu prefiro que seja clara.

— Estou te dando todas as palavras, meu amor —Seokjin levantou o tom de voz, mas logo se recompôs— você se recusa a ouvi-las desde que me conheceu. Ou melhor, você ouve, mas finge não entender.

O Kim mais novo balançou a cabeça em negação, e vendo que aquela conversa não vai parar em lugar nenhum, resolve mudar de assunto.

— Tudo bem, talvez eu nem queira entender mesmo. —desviou o olhar— A filha do Jimin nasceu —o outro franziu a testa— da ex dele, mas ela não resistiu ao parto e o Jimin vai ficar com ela. —suspirou, olhando novamente para o lado— Por que não me contou que Yoongi era advogado?

— Ah, isso. —riu seco, passando a mão nos fios desbotados— Ele já deve ter perdido a licença há algum tempo, por isso não comentei nada. É, eu preciso de um bom advogado agora. —pressionou os lábios durante alguns segundos— Kim Jonghyun, ele é um excelente advogado. Ele é pai de algum daqueles amigos de Jungkook.

Rapidamente o moreno anotou o nome no bloco de notas do seu celular. E depois de respirar fundo —bem fundo inclusive—, tornou a repetir a pergunta que não conseguiu fazer naquela noite.

— Foi você? Por favor me diz que não, eu só vou conseguir dormir em paz à noite quando eu souber da verdade, e se a verdade for o contrário do que está acontecendo agora.

— Está vendo, Namjoon, —colocou a mão no vidro frio e embaçado, ato esse que seu marido replicou— você não quer entender, não quer enxergar as coisas. Você é inteligente. Ou melhor, seria se não tivesse se aproximado de mim. —fez um movimento com as mãos, como se quisesse entrelaçar seus dedos finos e gélidos com os dedos quentes e macios do outro— Se você quer palavras concretas e verdadeiras, eu posso te dar. Eu te amo, Kim Namjoon. Eu aprendi a te amar, como nunca amei ninguém. Eu aprendi a amar o Yoon e o Tae de um jeito diferente, assim como o Jungkook, o Jimin, o Hoseok. Eu quero proteger todos vocês. Mas com você é diferente, eu sinto algo diferente, eu acho que... Eu realmente te amo, meu amor. 

— Quem é, Jin? —interrompeu, ansiosamente— Quem é o garotinho das cartas? Por acaso seria...

— Com licença, —um guarda alto e forte adentrou o local— o horário de visitas acabou.

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