13 - III

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Num piscar de olhos o dia do casamento chegou. Nesse meio tempo eu descobrir que quem vai casar será o amigo de Thiago, Carlos o garoto que vi pela primeira vez no riacho.
Ainda bem que no dia seguinte da briga, Thi conversou comigo, ele se desculpou por ter gritado comigo e eu também me desculpei. Na quarta-feira ele levou eu e Cleonice para comprar os presentes dos noivos. Ele também comprou um look para me ir à festa. A Cléo me ajudou a escolher, é claro que não aceitei de primeira, mas depois eu vi que não teria como fugir e acabei aceitando.

E mais uma vez estamos nós novamente rumo à cidade. A Cléo marcou um spa às quatro e meia no salão que ela é cliente vip. Eu mesmo só vou cuidar do cabelo, unhas e a make.
Nós ainda tinha que chegar na igreja às seis e meia, no horário da cerimônia.

A Cleonice me emprestou um vestido longo lilás para assistir a cerimônia. Ele tem as mangas cavadas com um decote em V e com pregas na altura da cintura deixando o meu quadril um pouco mais largo. Já o dela tem o tom de caramelo, tomara que caia reto com renda floral da mesma cor no busto e liso no restante do tecido.
Como Thiago seria um dos três padrinhos, estava muito elegante com o terno preto.

Nós chegamos uns minutos atrasados, a garota que entraria com Thiago chegou até ele dando bronca por causa da demora e puxou-o para a fila. Eu e minha amiga nos apressamos para entrar na igreja.

A cerimônia ocorreu tudo bem. Antes da noiva entrar o noivo estava claramente nervoso. Depois que acabou nós pegamos o caminho de volta. Fomos uns dos primeiros a sair.

— Vocês andam rápido ou deixarei vocês — alerta Thiago ao estacionar o carro um pouco a frente da garagem.

Nós praticamente corremos como loucas dentro do casarão. Queremos ver a chegada dos noivos. Eu e Cléo tivemos a brilhante ideia de trocar de roupas aqui e não lá na igreja ou dentro do carro, agora estamos fazendo tudo com pressa.

Eu odeio fazer as coisas com pressa.

Thiago continuará com a mesma roupa, por isso está tranquilo, mas nem tanto. A todo instante ele nos assusta com buzinadas.

— Que merda é essa? Não dá para esperar? — sua irmã pergunta entrando no banco traseiro.

— Óbvio que não! Por sua causa eu cheguei atrasado na cerimônia e você sabe que odeio atrasos — fala dando partida no automóvel.

— Vai devagar Thiago — peço ao perceber que ele nem freiou ao passar em um pequeno buraco.

— Já estamos atrasados, não tem como andar devagar. Se não perderemos a chegada — diz bufando.

— Antes perder a chegada do que a vida.

— Eu sou o padrinho, não posso chegar atrasado em tudo — coça a cabeça preocupado.

— Mas nem por isso vamos perder a vida — insisto olhando para ele que me lança um olhar sério.

— Não sei onde estava com a cabeça quando concordei com ideia absurda de vocês — sacode a cabeça de um lado para o outro.

— Tá bom, tá bom. Já foi. Não fique remoendo — Cléo reclama se olhando na tela do celular.

Nesse momento eu lembro de registrar mais uma foto nossa, nós tiramos na igreja e com look diferente.

— Uma selfie Cléo? — pergunto com o celular já na câmera olhando para trás.

— Opa! — se alegra e passa um lábio no outro.

— Vocês não cansa? Toda hora tirando foto! — Thiago diz entrando em uma entrada.

A casa da noiva fica depois da casa de Mari, mas não é tão perto assim.

Sem Direção (Concluido)Onde histórias criam vida. Descubra agora