⚠️NÃO É UMA FIC SOBRE LOBOS⚠️
✨FINALIZADA ✨
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"Contos de fada não existem. E, se existissem, com toda certeza, o príncipe não seria eu."
Existe uma linha tênue que diferencia o bem do mal, mas quando se faz o mal em nome do bem, isso é visto...
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"Não quero viver aprisionado a tão belas desculpas que me fazem questionar minha sanidade." ⁓ ★
Observo descaradamente, sem remorso, sua face concentrada enquanto mexe em seu celular, que começou a tocar logo após as roupas básicas chegarem. Não sei se ele tem noção que o básico dele é muito mais do que perdi. Os cabelos negros reluzem quando os raios solares atravessam a janela, seus longos e espessos cílios fazem uma leve sombra em suas bochechas, os lábios pressionados ao ler algo que não o agradou. Suas grandes mãos vão de encontro aos seus fios, retirando uma mecha de cima dos olhos. Não sei por quanto tempo continuo escrutinando seus belos traços, mas me detenho antes que ele perceba.
— Preciso sair. Não sei que horas retornarei, porém tem outros pratos prontos na geladeira. Ou você pode pedir, é só falar com o Miguel. Ele te orientará. — Levanta-se da banqueta e põe seu prato na pia.
— Mais lasanha de berinjela? — Pergunto duvidosamente.
— Tem lasanha normal e outras coisas que não tão saudáveis. Não gostou, não é? — Responde sorrindo. Uma covinha se forma na sua bochecha direita. Seus traços severos ganham uma jovialidade com esse sorriso espontâneo.
— Foi diferente..., mas prefiro algo menos... saudável. — Tento bravamente não dizer "nojento". — Quem é Miguel? Só conheço o Ivo e o Edgar.
— Ele é o técnico de informática que trabalha para mim. Vou deixá-lo avisado que você poderá entrar em contato mais tarde. Também deixarei o número dele anotado, caso precise.
— Ok. E obrigada por me ouvir, pelas roupas e casa e essa merda toda. — Digo, erguendo as mãos para prender meus cabelos. Tento agradecer mais agressivamente.
— De nada. — Anota o número no papel e deixa sobre a bancada de granito. — Até mais.
— Até. — Aceno e ele sai.
Já sozinha, salvo o número do tal Miguel no meu celular e organizo a bagunça do almoço cantarolando o refrão de It Ain't Me da Selena Gomez. Não há muito o que fazer, tudo aqui é bem organizado, provavelmente por ele não passar tanto tempo.
No seu quarto, as sacolas estão todas num canto perto da cama. Há várias peças lindas e me sinto alegre por causa das roupas. Não vou fazer o papel da princesa educada que sempre recusa os presentes, mesmo que continue com eles no fim. Prefiro cortar essa parte e pular para o final. Me incomoda ver as sacolas largadas pelo chão, então as carrego para o closet. Coloco-as próximo aos sapatos do Alex, para que não ocupem tanto espaço.
Volto para a cama e penso no que fazer pelo resto do dia. Alex não disse que eu não poderia andar pelo Armazém, também não disse que posso. Tem câmera para todos os lados, estou segura aqui dentro. Ultimamente não tenho certeza de qual seja o conceito certo para essa palavra.