|16|⊱ Alerta vermelho

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"Há mais perigo em teus olhos do que em vinte espadas!"

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"Há mais perigo em teus olhos do que em vinte espadas!"

⁓✿ William Shakespeare

— Se apresse, desse jeito vai ficar para trás. — Giro os calcanhares e fico de frente para Eliza, que no momento, está com as costas curvadas e as mãos apoiadas nos joelhos, sua respiração mesclada entre lufadas de ar.

— Acho que eu entendi. — Anuncia pausadamente e sem fôlego, se colocando ereta.

— Entendeu o quê? — Corro alguns metros para trás, ficando ao seu lado.

— Você me trouxe para essa canto deserto, onde só tem árvores, para me matar. Eu sabia que estava bom demais para ser verdade. Me diz onde foi que eu errei? Foi por eu ter ido visitar sua academia? Ou foi por que te atrapalhei no seu escritório? Já sei! Minha presença em geral te incomoda. — Eliza não para de falar.

Suspendo as mãos e toco em minha fronte latejante.

— Não é nada disso, você está falando demais. Nós só corremos um quilômetro, conosco eu quero dizer eu, porque você parou a cada minuto para recuperar o fôlego. E a floresta atrás do armazém é um ótimo lugar para correr. É muito extensa, tem vários acres. Está sofrendo pois é sedentária.

— Você é um sádico, isso sim. Consigo ver o sorriso no seus lábios.

— Está delirando? Suponho que esteja vendo coisas fora da realidade.

— Eu não acredito que concordei com isso, sinceramente, eu acho que...

Um som alto irrompe no meio da floresta, sem dúvidas foi um disparo. Algumas aves grasnam e voam para longe, mais alguns disparos são projetados. Eliza corre para perto de mim e olha ao redor com os olhos assustados.

— Alex... quem sabia que estaríamos aqui? Isso não é coincidência. — Eliza segura a barra da minha regata, no entanto, não percebe a própria ação.

— Não informei a ninguém sobre minha agenda matinal. Mas, por sorte, não saio sem minha arma. — Pego meu revólver do coldre em minha cintura.

O som de folhas secas sendo esmagadas fica mais alto. Eliza agarra mais firmemente minha regata e, inconscientemente, dá alguns passos para trás.

— Não vamos ficar aqui esperando a pessoa nos achar! Alex, precisamos sair daqui! Mas, para onde vamos?

— Você está certa. Tem uma cabana cerca de 500 metros daqui. Me escute bem, assim que chegarmos lá, você vai procurar um lugar para se esconder. Promete, Eliza? — Guardo a arma.

— Sim, eu prometo.

— Tudo bem, é necessário que sejamos ágeis e rápidos. Você vai precisar exceder o seu limite. — Nos entreolhamos e seus olhos, antes mascarados pelo medo, agora são cobertos de determinação.

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