WILD EYES | John Shelby ✓

35 - NÃO PERDOADO

EVENTUALMENTE TOMMY E GRACE juntaram-se a eles, e a primeira coisa que Tommy fez foi brindar à esposa, segurando seu copo com um cigarro pendurado nos lábios. "Para a noiva."

"Para a noiva!", Todos ecoaram, pondo-se de pé.

"E agora, de acordo com a tradição, meu padrinho dirá algumas palavras", disse Tommy.

"Continue! Lá vai ele! Vá em frente, Arthur!"John aplaudiu.

Arthur se levantou. "Certo, hum, eu não sou de discursos."

"Então cante! "John chamou.

"Eu irei mais tarde, John," Arthur respondeu, sem realmente pensar no que estava se metendo ao dizer isso. "Mas, uh, eu tenho algumas palavras escritas aqui neste pedaço de papel. Isso não inclui tudo o que eu quero dizer."

"Arthur, apenas leia o que escrevemos, ok?" Tommy sussurrou.

"Eu vou, eu vou," Arthur disse, largando o jornal. "Mas primeiro ... primeiro, uh, algumas palavras de ... do coração."

Foi muito trágico ver Arthur Shelby, renomado brindador, lutando para encontrar as palavras. Em circunstâncias normais, Arthur teria uma bebida nele e teria a confiança líquida correndo em suas veias, permitindo que ele ficasse diante de uma multidão e falasse claramente.

Agora, porém, Linda o envolvia em seus ensinamentos proféticos, alegando que o álcool era um veneno que não deveria ser ingerido. Arthur estava sóbrio, não caindo nas garras do álcool, exceto por alguns momentos de fraqueza. Não foi o suficiente para ajudá-lo a passar por esse discurso, e ficou evidente na maneira como ele estava tropeçando nas palavras.

"Este homem aqui, meu irmão Tommy, me ajudou a sobreviver em alguns dos piores momentos", explicou Arthur.

"É um casamento, Arthur", disse Michael. "Conte uma piada."

"Sim, conte uma piada," John concordou.

"O que estou tentando dizer é que ... meu irmão e o amor de uma boa mulher me ajudaram naquela época", disse Arthur. "Agora Tommy também tem o amor de uma boa mulher. O nome dela é Grace, como a graça do bom senhor. E mesmo que as circunstâncias de sua união fossem trágicas ..."

"Tudo bem," Tommy interrompeu em voz alta, levantando-se e batendo o punho contra a mesa. "Vamos, uh ... Arthur. Vamos fazer um brinde, hein? Para amor, para a paz, para o casamento."

"Muito bem, Arthur," John elogiou. "Belo discurso. Muito bom. Muito, muito bom."

Olivia observou Arthur sair com uma expressão simpática no rosto. "Deus o abençoe. Ele tentou o seu melhor."

Mais tarde naquela noite, Olivia estava com Polly no bar, uma taça de champanhe nas mãos. Felizmente, Ada se ofereceu para levar as crianças para a cama e, no momento, todos estavam em seus quartos dormindo, apesar da música estridente abaixo deles. Olivia nunca entendeu como aquelas crianças podiam dormir com qualquer coisa, especialmente James e Oliver. Eles dormiram como os malditos mortos.

Enquanto Polly tornava a encher seu copo, a mulher da noite se aproximou deles e Olivia sorriu o mais docemente que pôde. "Olá, Grace."

"Você está absolutamente linda", elogiou Polly.

"Simplesmente linda", acrescentou Olivia.

Nem Polly nem Olivia perdoaram Grace pelo que ela fez, aproximando-as mais do que nunca. Das mulheres com os quais seus sobrinhos se casaram, Olivia era claramente a favorita de Polly, e agora que Linda e Grace estavam na foto, era quase impossível pegar Polly e Olivia compartilhando uma troca acalorada ou olhando uma para a outra do outro lado da sala ( a menos que você aconteça durante uma reunião de família, porque essas coisas são intensas). Apesar de nunca ter conhecido Grace, Olivia sempre ficava furiosa sempre que pensava sobre o fato de que ela havia traído todos eles e quase resultou na morte dos irmãos Shelby.