Uma bronca do diretor que acabei de conhecer

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Boa leitura💙
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Saquei minha espada e apontei para o primeiro deles, um rapaz loiro de olhos esverdeados, mais ou menos de minha idade. Ele ficou imóvel, assim como todos os outros.

- Solta ele. - Ordenei.

Eles se afastaram e Percy se soltou, enquanto eu guardava minha espada, Percy se jogou para me dar um abraço apertado.

- Fiquei preocupado. - Ele falou.

Rodeei meus braços nele, retribuindo o abraço.

- Me desculpe. - Pediu.- Eu devia tê-la protegido, mas foi ao contrário.

-Não foi sua culpa. - Lembrei.

- Foi, sim. Eu devia te proteger. - Repetiu.

- Não precisa fazer isso porque minha mãe pediu, Percy.

- Não, eu faço isso porque quero. Afinal, você é minha irmãzinha caçula.

- Apenas um ano de diferença, Jackson. Não venha me tratar como uma criança. - Falei irritada e me afastando dele.

Ele riu assim como todos os outros que estavam na varanda.

- Acho que agora são duas que conseguem colocar Percy Jackson na coleira. - Cochicha um garoto mais velho.

- E aí Percy, tem certeza que ela é sua irmã? - Outro garoto perguntou.- Ela se parece com Annabeth.

Os outros riram.

- Muito engraçado. Mas agora chega disso. - Ele me ofereceu a mão.- Vamos andando. Quíron e o Sr D. Estão esperando.

A varanda circundava toda a casa da fazenda.

Senti as pernas tremulas tentando andar toda aquela distância, afinal eu tinha carregado Percy, e vocês se enganam se pensam que ele é leve.

Quando demos a volta até o lado oposto da casa, parei para recuperar o fôlego.

- Já está cansada? - Percy perguntou.- Estou decepcionado.

- Cala a boca, idiota. - Retruquei.- Fui eu quem te carregou até aqui.

Daquele ponto dava para ver a costa inteira de long island, eu simplesmente não conseguia processar tudo oque estava vendo.

A paisagem era pontilhada de construções que lembravam a arquitetura grega antiga um pavilhão a céu aberto, um anfiteatro e uma arena circular.

Em uma quadra de areia próxima, uma dúzia de crianças e homens cabra jogavam voleibol. Crianças de camiseta laranja como a de Percy corriam umas atrás das outras em volta de um agrupamento de chalés.

Algumas praticavam arco e flecha em alvos, outras montavam cavalos em uma trilha arborizada.

Na extremidade da varanda, dois homens estavam sentados frente a frente em uma mesa jogando cartas.

O homem que estava de frente para mim, era pequeno e rechonchudo, tinha cabelos negros e olhos grandes e caídos e vestia uma camisa com estampada com bananas.

- Aquele é o Sr D. o diretor do acampamento. Ele não gosta de ninguém aqui, principalmente de mim. - Explicou Percy.- Acho que você se lembra do Quíron, apesar de você conhecê-lo pelo seu pseudônimo, Sr Brunner. Não se preocupe, quando cheguei aqui, também me confundi.

- Há quanto tempo está aqui? - Pergunto.

- Seis anos, mas é Annabeth quem está a mais tempo. Acho que ela logo chegará. - Percy comentou olhando para os lados, procurando-a. Seu rosto se ilumina quando ele a vê.- Ali está ela.

Annabeth estava apoiada em uma coluna na casa, ao lado de um dos homens. Ela sorri para ele, e ele, bom, é impressão minha ou ele parecia sonhador?

- Há quanto tempo estão namorando? -perguntei.

Seu rosto fica inteiramente vermelho.

- Como você adivinhou? - Perguntou sem graça.

- Você está todo besta só de ter visto ela, Percy. - Respondi rindo.

- Ah é?! Você vai ver quem é que ta besta. - Ele falou se aproximando de mim e segurando minha cabeça para bagunçar todo o meu cabelo.

A garota loira nos observa de longe, sorrindo.

Ouvimos Quíron/Brunner nos falando e Percy me solta para que eu arrume meu cabelo.

- Olá Sr Brunner. Quero dizer, Quíron. - Cumprimentei.

- Olá Katherine, está se sentindo bem? - Quíron perguntou.

- Estou melhor.

A conversa morreu e deu lugar a um silêncio constrangedor.

Quíron limpa a garganta.

- Sr D, não tem algo a dizer?

O homenzinho olha para mim com olhos injetados e soltou um longo suspiro.

- Seja bem-vinda ao acampamento Meio Sangue. Pronto, era só oque faltava, outra prole do Velho do Mar. - Sr D. Resmunga.- Agora se me dão licença, vou para o meu escritório.

Antes de ele ir, Sr D. se vira para mim e diz:

- Espero que não tenha mais uma fuga de adolescente. Ainda estamos com alguns problemas com água graças a seu pai, mocinha.

- Obrigada, e não se preocupe. - Murmurei.

- Bom, já que sabemos que é seu pai, vamos apresentá-la na festa em volta da fogueira essa noite. -Quíron tentando amenizar o clima.

A Filha de Poseidon (Finalizada✓)Onde histórias criam vida. Descubra agora