A Filha de Poseidon (Finalizada✓)

O sangue de Cronos

Boa leitura 💙
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Eu quase ri da situação. Nós estávamos em um parque que na verdade era para ser um labirinto.

E agora o nosso guia turístico é Janos, o deus das escolhas.

E ele tinha um rosto na parte de trás da cabeça, o que me lembrava um homem de um filme que eu assisti.

Ele era do mal e perseguia um menino com cicatriz em forma de raio na testa.

- E então? - Perguntou o deus me arrancando dos meus pensamentos. Ele continuava sorrindo.

- Então o que? - Perguntou Percy sem entender.

O deus olhou pela primeira vez a ele. Seu sorriso se desfez em uma careta de desgosto.

- Percy Jackson, logo você...

Percy revirou os olhos.

- É um prazer ver você também Janos. Faz muito tempo.

- Nem tanto quanto eu gostaria. - Disse o deus com desdém.- O que trás vocês aqui?

- Viemos atrás do sangue de Cronos. - Falei.

Ele me encarou por um longo tempo, depois estreitou os olhos.

Janos suspirou. Parecia um pouco triste.

- Eu estava a sua espera, Katherine Jones. - Disse o deus.

Eu olhei sem entender.

- Como sabe meu nome? - Perguntei.

- Venha comigo, todos vocês. - Disse o deus, sem dar mais explicações.

Sua alegria inicial tinha desaparecido como fumaça.

Ele parecia triste toda vez que me olhava.

Janos nos guiou por uma trilha pela floresta até a costa. Ao longe eu conseguia ver o chão.

Ele parecia decorado com pedras em espiral e ao me aproximar, percebi que era um pequeno labirinto no chão.

- Eu esperava algo maior. -falei.- Como um labirinto de Maze Runner.

- Maze o que? - O deus perguntou.

- Maze Runner, sabe aquela saga de livros que virou filme... ah deixa para lá.

O deus deu os ombros e se posicionou no meio do labirinto. Janos ficou alguns segundos em silêncio, de olhos fechados.

- Preciso de um filho de Poseidon. - Falou ao abrir os olhos.

Percy começou a se aproximar mas o deus o cortou.

- Não você, garoto. Ela deve vir.

- Mas... -Percy começou a reclamar mas eu o cortei também.

- Está tudo bem Percy. - Falei colocando a mão em seu ombro.

Antes de me aproximar de Janos, falei ao ouvido de Nico.

- Espere eu pegar o sangue e faça o que combinamos.

Ele concordou silenciosamente com a cabeça.

Me aproximei do deus a passos lentos. Aquele era o caminho que eu estava destinada a traçar.

O que foi escrito a milhares de anos antes do meu nascimento.

Parei a frente de Janos.

- Você sabe o que fazer. - Repetiu o deus me olhando seriamente.

Ele colocou uma pequena garrafa em minhas mãos.

Parecia apenas uma simples garrafa de vidro, mas seu interior parecia ouro líquido.