A Filha de Poseidon (Finalizada✓)

Deuses gostam de fumaça

Boa leitura💙
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Depois que estávamos a uma certa distância, segurei o braço de Percy o virando para mim.

- O que foi aquilo? - Perguntei.

- O que? Ah, você quer dizer por que eu falei daquele jeito? - Ele perguntou como se não fosse nada.- Não quero você perto dele.

- Me dê um bom motivo, apenas um.

- Ele é um traidor. Há dois anos, tivemos uma guerra contra Cronos, o titã. Alguns semideuses se aliaram a ele e John foi um deles. Depois que ele viu que o lado de Cronos perderia, ele mudou de lado. Agora que temos um novo problema temos que tomar cuidado.

- Que novo problema? - Pergunto.

- Nada com que você deva se preocupar. Vamos jantar.

Eu não estava satisfeita com aquela resposta. Iria pressioná-lo mais tarde.

Subimos colina acima até o pavilhão do refeitório. Alguns sátiros vieram da campina e juntaram-se a nós, náiades emergiram do lago de canoagem e algumas ninfas também saíram dos bosques. Ao todo, havia talvez duas centenas de campistas, algumas dúzias de sátiros e uma dúzia de ninfas e náiades variadas.

No pavilhão, tochas ardiam em volta das colunas de mármore. Um fogo central queimava em um braseiro de bronze do tamanho de uma banheira.

Cada chalé tinha sua própria mesa, coberta com uma toalha branca. Quatro mesas estavam vazias, as de Hera, Ártemis, Zeus e Héstia.

Sentamos na mesa 3, apenas eu e Percy. Imaginei se ele ficava sozinho antes de eu chegar.

Quíron bateu o casco contra o piso de mármore do pavilhão e todos se calaram. Ele ergueu um copo.

- Aos deuses!

Todos ergueram os copos.

- Aos deuses!

Ninfas do bosque avançaram com bandejas de comida: uvas, maçãs, morangos, queijo, pão fresco e churrasco.

Olhei para o meu copo, sedenta por um suco.

- Peça o que quiser. É só dizer para ele. -Percy explicou.- É claro, nada alcoólico.

Dei os ombros e arrisquei.

- suco de laranja.

O copo se encheu de um líquido laranja. Antes que eu levasse o copo a boca, Percy levantou. Olhei em volta e todos estavam de pé.

- O que foi? - Perguntei.

- Vamos, oferendas aos deuses. Você joga a melhor parte do seu prato no fogo. Os deuses gostam do cheiro.

Não critiquei. Cada um com seus gostos.

Quando foi minha vez, joguei um pedaço suculento de carne em oferenda ao meu pai.

- Poseidon. - Murmurei.

Quando voltei a mesa, notei que alguns campistas me observavam e murmuravam com seus irmãos.

- É ela. - Uma garota murmurou para uma outra.

- Filha de Poseidon. - Apontou outro.

Depois que todos voltaram aos lugares e terminaram de comer, Quíron bateu o casco para chamar nossa atenção.
O sr. D levantou-se com um enorme suspiro.

- Sim, suponho que deva dizer olá a todos vocês, moleques. Bem, olá. Nosso diretor de atividades, Quíron, diz que a próxima captura da bandeira será na sexta-feira. Atualmente, o chalé 6 detém os lauréis.

Aplausos da mesa de Annabeth se ergueram.

- Está certo. Viva, e tudo o mais. Agora vão correndo para a sua fogueira.

Todos aplaudiram e nos dirigimo-nos para o anfiteatro, onde o chalé de Apolo liderou a cantoria. Cantaram canções de acampamento e comemos marshmallows.

Quíron bateu novamente o casco e Sr. D se levantou com toda boa vontade e bocejou.

- Pessoalmente - Continuou o sr. D.- não me importo nem um pouco, mas devo lhes dizer que temos uma nova campista hoje. Kara Joana, Filha de Poseidon.

Quíron murmurou alguma coisa.

- Ahn, Katherine Jones, filha de Poseidon. - Corrigiu o sr D.- Agora continuem com suas cantorias irritantes.

Depois de um tempo, uma trombeta soou e todos formaram filas para voltarem aos chalés. Não percebi que estava tão cansada até desmoronar no beliche ao lado de Percy.

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Eu estava em uma caverna escura e a única coisa que conseguia enxergar era duas sombras estavam conversando.

- Você tem certeza que é ela? - Questionou a sombra maior.

- Sim, mestre.

- Muito bem então. Você já sabe oque fazer. Não se esqueça, será bem recompensado se ocorrer como o planejado.

- Obrigado mestre.