―Hermione, querida! ― Molly recebeu a garota de braços abertos, aliviada por ela estar bem. A ruiva mais velha analisou Hermione dos pés a cabeça, reparando nos cortes e olheiras que eram evidentes no rosto cansado da garota. ― Que bom que está bem. Eu preparei o jantar, e por favor, passe a noite aqui, você precisa descansar. Imagino como está sua cabeça depois disso.― Muito obrigada, Sra. Weasley, de verdade. ― a garota retribuiu o abraço, tentando assimilar tudo o que havia sido dito, e forçou um sorriso.
― Ela está lá em cima, querida. Brincando com Gina, no quarto. ― a senhora sorriu, antes de soltar Hermione e, com um olhar, encorajá-la.
A garota sabia que Rose nunca havia sido tirada de perto da avó, que a criança ruiva que havia visto na praça, dois dias atrás, era apenas uma atriz, e que sua pequena estava bem esse tempo todo. Foi uma das primeiras coisas que Júlia tinha deixado claro, e Hermione pôde respirar tranquila depois disso. Mesmo assim, desde que Rose nascera, Hermione nunca havia passado mais que algumas horas longe da filha, e, a cada degrau que subia, sentia o coração apertar cada vez mais. Tinha certeza de que Molly e Gina tinham cuidado muito bem dela, mas precisava saber, ver com os próprios olhos, como a ruivinha estava. Talvez fosse isso que chamavam de ''preocupação de mãe''.
Sentia os olhos pesados e dores em todo o corpo, sabia que sua aparência não era a das melhores, mas nada disso a impediu de pegar a filha no colo e abraça-la bem apertado quando a pequena correu até ela, com um sorriso enorme no rosto.
― Mamãe! Você voltou!
― Oi, meu amor. Que saudade que eu estava de você. ― a garota abraçou a pequena, beijando o topo de sua cabeça.
― A tia Gina disse que não, mas eu achei que você tivesse me abandonado, mamãe. Mack também achou. ― a ruivinha disse, escondendo o rosto envergonhado no pescoço da mãe logo em seguida.
Hermione sentiu o coração apertar ainda mais e conteve as lágrimas que ameaçaram sair antes de levantar, cuidadosamente, o rosto da filha. ― Rose, eu nunca vou abandonar você, okay? Nunca, não importa o que aconteça. A mamãe ama você muito, Rose.
― Eu também amo a mamãe. Mas me promete uma coisa? ― a ruivinha disse, ficando séria e surpreendendo Hermione. ― Nunca mais faz isso, mamãe.
― Eu juro de dedinho. ― a morena riu, abraçando a filha e sorrindo como se os últimos dias não tivessem existido.
Não demorou muito para o jantar ficar pronto e Molly chamar todos para provar a deliciosa torta de frango que ela havia feito, torta que todos – principalmente Rose - aprovaram. A pequena ainda não tinha desgrudado da mãe, e não iria fazê-lo tão cedo, já que, depois do jantar, enquanto todos conversavam e colocavam novidades em dia, ela dormiu agarrada no pescoço de Hermione, que não tirava da cabeça a ideia de uma cama quentinha e macia, e talvez um chá para tontura.
A morena se despediu de todos, agradecendo-os inúmeras vezes por terem cuidado de Rose por esses dois dias, que para ela pareciam uma eternidade, e aparatou para casa, Rose em seu colo, abraçada em Nina, e a bolsa de Rose em um braço. Assim que chegaram, acomodou Rose em sua própria cama, deixando as coisas da pequena misturadas com as suas, e foi para o banheiro, aproveitando cada minuto do banho quente e relaxante. Vestiu um pijama e calçou as pantufas em formato de coelho e desceu até a cozinha, pensando em um chá que a ajudasse a dormir melhor.
Assim que chegou na sala, empunhou a varinha e, por pouco, não lançou um feitiço em Draco, que estava parado em frente a porta, com os braços cruzados.
― Então você some por dois dias e quando volta, eu sou o último a saber?
― É muito bom ver você também, Malfoy. ― os dois se abraçaram e conversaram por alguns minutos, tempo suficiente para que o chá do doutor Malfoy ficasse pronto.
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Como se ainda fosse real - fremione //Concluída //
Romantizm-E o quê? Acha que eu vou deixar de gostar de você só porque vamos ficar separados por três anos? Por Mérlin, Hermione! (...) Entenda, de uma vez por todas, eu amo você! E não são três anos que vão mudar esse sentimento. -E você acha que eu não sint...