capítulo 64

254 9 0
                                    

Pov=Malu

Pra ser sincera, eu não sabia quanto tempo eu tava trancada dentro de um quarto sendo agredida diversas vezes, pelo Renato e pela karyne.

O quarto tinha uma pilastra que ficava do lado de uma cama onde tinha correntes presas no meu pé. O Renato vinha aqui uma vez por dia ver como eu tava e tentar coisas que eu obviamente não queria e isso acabava terminando com ele me batendo muito.

Eu não sabia onde eu tava, só sabia que era uma casa no meio do nada onde não passava carro e nem pessoas. A casa era rodeada de vapores, tanto dentro quanto fora.

Duas vezes por dia vinha um vapor e me dava comida e água, isso quando o Renato não proibia de me dar tais coisas.

Eu não sabia se o Pedro tinha desistido de mim ou se ele não sabia onde eu tava.

A única coisa que passava na minha cabeça era se a lua tinha achado o ph. Minha menina é esperta então era bem provável.

Eu tô com tanta saudades do pessoal. Eu citei na carta o quanto eu amo o Pedro, o que era verdade. Deixei escrito porque por mas que eu quisesse falar pessoalmente não sei se vou sair viva.

Nesse exato momento eu tô deitada na cama com o corpo dolorido e toda fraca, já que é o terceiro dia que eu não como por que desobedeci uma ordem do Renato.

A casa tava movimentada mais que o normal, os vapores no radinho toda hora e o Renato não tinha vindo aqui ainda

Renato:Bom dia meu amor- falando no diabo.

Não me dei o trabalho de responder.

Renato: levanta e se arruma, precisamos sair- ele falou me entregando uma sacola onde tinha roupas.

Malu: não tô afim.

Renato: não perguntei se você quer, eu mandei você se arrumar.

Não deu tempo pra responder por que logo em seguida os barulhos de tiros ecoaram pelo quarto.

Renato: porra, eu quero que matem ele- ele falou gritando no radinho.

Eu só conseguia pedir a Deus pra que fosse o Pedro.

Malu: o que tá acontecendo?

Renato: seu amado veio resgatar a minha mulher- ele falou me puxando pelo cabelo e colocando a arma na minha cabeça

Malu: sua mulher é o caralho. Me solta- pedi tentando me debater, o que era impossível já que eu tava muito fraca.

Renato: fica quetinha.

Logo em seguida a porta do quarto foi pro chão, passando por ela, o Pedro e o Gb

Ph: larga ela- o Pedro manda, enquanto aponta a arma pro Renato.

Renato: o que eu devo a essa visita?

Ph: larga a minha mulher e talvez você saia vivo.

Obviamente o Pedro tava blefando. Eu sabia que o Renato não saia vivo dessa.

Em questões de minutos o Gabriel atira na mão do Renato, fazendo ele largar a arma e grita de dor.

Renato: seu filho da puta.

Pedro: um tiro é pouco pelo que eu vou fazer com você.- ele falou enquanto dava um soco no Renato.

Gb: puta que pariu, me perdoa- ele falou me abraçando, enquanto o ph falava com os vapores que vieram buscar o Renato.

Malu: não foi sua culpa.

Ph: porra, que saudades- ele falou enquanto me pegava no colo.

Malu: a karyne tá aqui- eu falei antes de desmaiar.

E depois disso eu não vi mais nada.

Nova HolandaOnde histórias criam vida. Descubra agora