Capítulo 24 - Dueto

1.3K 162 16
                                    


Lena estava no laboratório mexendo em algumas configurações do seu teletransportador. Ela acabou nem percebendo quantas horas haviam se passado, apenas parou quando sentiu uma pequena exaustão atingir seus olhos, ela olhou o relógio e sorriu, próximo a ele havia a foto do dia do seu casamento e no mesmo porta retrato na outra divisória havia a foto dela e sua esposa com seus filhos recém nascidos. Ela sempre sentia essa sensação familiar de calor no coração ao olhar as fotos, às vezes nem parecia real...

Lena foi tirada de sua distração pelo barulho do teletransportador intergalático ligando de maneira inesperada, ela não havia clicado em nada. Ela se aproximou do portal, mas logo ele parou novamente.

_Deve ter sido apenas algum curto... - Lena respirou fundo e massageou as têmporas. Ela ouviu o som familiar dos gêmeos chorando e sorriu docemente, colocou seu tablet de volta sobre a mesa de seu laboratório e foi rumo a seu quarto que era ao lado.

Após o casamento depois de muita insistência de Lena, Kara concordou na construção de um laboratório ao lado do quarto, segundo Lena ela não queria estar muito longe dos pequenos tão cedo... Já Kara achava que ela ficaria perto demais do trabalho mesmo durante o descanso.

Lena abriu a porta do quarto lentamente, adentrou e se aproximou da cama onde os gêmeos estavam deitados no centro, ela calmamente sentou próximo a eles, e começou acariciar suas cabeças.

_Hey meu príncipe e minha princesa, está tudo bem, estou aqui. Ficaram com saudades por acordar e não verem suas mães? - Lena sorria enquanto conversava com os pequenos.

Ela calmamente depositou um beijo na testa de cada um e em seguida começou a cantar uma pequena melodia, lentamente eles foram se acalmando até que pararam de chorar e ficaram olhando a mãe atentamente.

"Se essa rua se essa rua fosse minha, eu mandava eu mandava ladrilhar, com pedrinhas com pedrinhas de brilhantes, para o meu para o meu amor passar..."

Kara chegou ao quarto e viu Lena começar a cantar para os pequenos, ela abriu um imenso sorriso, escorou no batente da porta, cruzou os braços e ficou apreciando a doce melodia. Kara sentia seu coração se encher de Amor sempre que via Lena, o amor e a família que a morena deu a ela eram para a Kryptoniana a coisa mais preciosa que um dia já teve ou terá.

"Nesta rua Nesta tem um bosque, que se chama que se chama solidão, dentro dele dentro dele mora um anjo, que roubou que roubou meu coração..."

Kara se aproximou lentamente da cama e começou a cantar junto a Lena.

"Se eu roubei se eu roubei teu coração, tu roubaste tu roubaste o meu também..." - Kara

"Se eu roubei se eu roubei teu coração, é porque é porque te quero bem..." - Lena

Kara depositou um beijo casto nos lábios de Lena antes de se afastar e sorrir.

"Se eu roubei se eu roubei teu coração, é porque é porque te quero bem..." - Dueto

Os gêmeos haviam adormecido novamente, Kara e Lena sorriram uma para a outra se olhando, Lena levou a mão e começou acariciar o rosto de Kara. _Oi minha rainha...

Kara pegou a mão de Lena e depositou um beijo casto na palma de sua mão. _Oi meu Sol.



Laboratório de Lena alguns minutos atrás.

O portal intergalático voltou a se ativar, de dentro dele logo saíram dois jovens, um rapaz loiro com uma mecha de cabelo preto, seus olhos estavam destacados por um lápis de olho preto, seu olho direito era azul e o esquerdo verde. Ele trajava uma camisa preta de zíper, o zíper era no canto extremo esquerdo da camisa, possuía a cor vermelha e se destacava em meio ao preto. Sua calça era de um tecido leve, larga da cor branca e usava um tênis de salto.

A outra era uma garota morena com uma mecha de cabelo loira, Seus olhos também possuíam heterocromia, seu olho direito era verde enquanto o esquerdo era azul. Ela vestia uma blusa preta lisa, por cima vestia uma camisa de botões xadrez preto com vermelho, estava aberta e o comprimento ia até seu joelho, as mangas estavam dobradas, sua calça era jeans preto bem colada e calçava um coturno de salto alto.

Ambos os jovens possuíam em seus pescoços um colar dourado com o símbolo da casa de El com um L junto.

Eles olharam ao seu redor por um tempo.

_Lis, acho que estamos no lugar errado... - O rapaz falou enquanto digitava algumas coisas em um dispositivo que estava preso a seu pulso.

Lis revirou os olhos. _Eu percebi Kay...

Ambos ficaram estáticos no lugar quando começaram a ouvir uma melodia vinda do corredor.

_Parece a voz da mamãe... - Kay foi se aproximando do corredor com sua irmã logo atrás.

_Adoro essa música... - Lis sorriu levemente enquanto apoiou a cabeça no ombro de seu irmão.

Ambos ficaram ali assistindo enquanto Kara entrava pela porta do quarto e acompanhava Lena na canção.

_Acho que estamos no universo 23... - Kay com um pequeno sorriso.

_Sim, acho que estamos...

_Acha que um dia vamos ter algo como o que nossas mães têm? Digo, de uns 100 universos diferentes em uns 90 elas sempre ficam juntas. São como almas gêmeas...

Lis olhou para cima para o rosto de seu irmão, embora fossem gêmeos, seu irmão era mais alto, ela reparou quando uma lágrima solitária deixou um de seus olhos. Lis o abraçou apoiando a cabeça em seu peito.

_Tenho certeza que sim irmão.

Eles ficaram assim até o fim da melodia.

_Bom, hora de tentar ir para casa. - Kay disse e ambos voltaram para dentro do laboratório. Kay começou a digitar no dispositivo em seu pulso e Lis começou a fazer o mesmo em outro dispositivo similar preso a seu pulso.

_Que estranho... um alerta apareceu e desapareceu da tela. - Comentou Lis enquanto seguia olhando para o dispositivo.

_Não deve ser nada grave, ou persistiria no alerta. Pronta? - Kay estava com um sorriso animado no rosto olhando sua irmã.

_Pronta! - Lis respondeu em igual animação e ambos deram um "toca aqui" com o braço que tinham o dispositivo e desapareceram no ar deixando um brilho vermelho para trás.

Lis sentia seu corpo doer, suas roupas antes novas estavam completamente destruídas, ela sabia que estava caindo, estava em um céu azul, via o sol amarelo, mas seus poderes não respondiam, se sentia fraca demais, seus olhos estavam pesados. Ela viu o chão ficar cada vez mais próximo, até que ela apagou e não viu mais nada....


EM BREVE... UNIVERSO 24...


Universo 23Onde histórias criam vida. Descubra agora