Boa leitura!
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Jeongguk tinha muitos hábitos ruins. Você poderia praticamente chamá-lo de um baú de tesouro. Ele fumava, usa drogas de vez em quando, machucava se para suprimir suas explosões de raiva, envergonha se por quase tudo porque acreditava que merecia e não era raro ele fantasiar sobre a própria morte também.
Mas ele também tinha outro hábito inútil: muitas vezes sacudia a perna. Normalmente, a maioria das pessoas fica nervosa com alguma coisa, mas como Jeongguk ficava ansioso quase o tempo todo, ele podia começar a sacudir a perna a qualquer momento e nem sempre percebia isso. Ele descobriu que era impossível ficar parado, mesmo que fosse apenas por alguns segundos, pois constantemente sentia a necessidade de se distrair para não pensar muito. Foi por isso que ele desenvolveu um hábito assim.
O problema com esse hábito aparentemente inofensivo era que não era um fato desconhecido que tal comportamento geralmente indicava o nervosismo de uma pessoa sobre a situação atual. Isso significava que outras pessoas, que tinham ouvido falar sobre isso, podiam perceber e interpretar isso como um sinal de que Jeongguk estava se sentindo angustiado, que estava em um estado mais fraco do que o normal.
Por exemplo, agora, quando Jeongguk estava sentado no escritório de seu pai em sua casa desde que seu pai o chamou para falar sobre algo, ele se pegou sacudindo a perna novamente. Ele se repreendeu por não controlar melhor seu próprio comportamento. Seu pai, estava sentado em frente a ele em sua cadeira, enquanto fumava seu charuto preguiçosamente, deve ter notado as ações de seu filho e ele poderia pensar que Jeongguk tem medo dele. Dessa forma, o Jeon mais velho pensaria que ele estava dominando a situação atualmente e não era bom para Jeongguk.
— Então, sobre o que você quer falar?— Jeongguk perguntou depois de alguns minutos sentado silenciosamente na frente de seu pai.
Ele odiava estar no escritório de seu pai. Esta sala estava toda decorada com madeira escura, somando-se à atmosfera sufocante que tinha. Jeongguk teve a sensação de que seu pai deve ter assistido O Poderoso Chefão um pouco demais enquanto fazia aquela sala. Sério, porém, toda essa escuridão, cadeiras de couro, mesa preta enorme, charutos e uísque escondidos em sua mesa — seu pai era um empresário ou um maldito mafioso? Por que alguém faria um lugar, onde deveriam se sentir confortáveis enquanto trabalham, tão escuro e sombrio?
E além de tudo isso, tudo nesta sala cheirava a charutos de seu pai. Jeongguk também estava fumando, mas seu pai gostava dos charutos mais duros, que deixavam um cheiro muito mais forte do que os cigarros comuns. Isso fez a garganta de Jeongguk coçar de vontade de tossir, mas da última vez que ele fez isso, seu pai riu dele, dizendo que seu filho era tão fraco que ele não conseguia nem lidar com um cheiro normalmente.
— Você sabe por que nossa companhia se chama JK? — Seu pai perguntou, inspirando profundamente a fumaça enquanto olhava fixamente para algum ponto na parede.
— Sim. — respondeu Jeongguk.
Ele já tinha ouvido essa história um milhão de vezes.
— Meu pai, cujo nome você carrega, Sr. Jeon Jeongguk, fundou esta empresa. — Seu pai começou a contar a conhecida história de Jeongguk novamente. — JK são as iniciais dele. Pode parecer uma coisa egoísta para você — dar o seu nome a uma empresa — mas meu pai fez isso para que servisse como um lembrete constante para ele nunca desistir e nunca parar de lutar pelo melhor.
Seu pai parou de falar por um momento para inspirar novamente a fumaça.
— Ele não tinha nada quando começou este negócio. — Ele continuou. — E quando eu não digo nada, falo sério, Jeongguk. Ele não tinha um único tostão em seus bolsos. Tudo o que ele tinha era sua ambição e inteligência e veja o que ele conseguiu alcançar! Não é impressionante, Jeongguk?
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Boys Don't Cry
Novela Juvenil[CONCLUÍDA] Há muitas coisas que Jeongguk não deve fazer. Ele não deveria fumar tanto quanto fuma, não deveria ser uma decepção para a família, não deveria ser um idiota e não deveria pensar em se matar com tanta frequência. Mas o que mais ele não d...