(...) 1 semanaBárbara narrando
Eu e as meninas estávamos terminado de nos arrumar, pro baile. Estávamos todas na casa do meu irmão, pra irmos todos juntos, já que a favela anda muito movimentada esses dias, tá perigoso.
Mas tirando isso foi tudo normal. Não falei com o Coringa, e quando via ele, evitava.
Não vou ficar me prendendo a ele não, nunca precisei de macho pra me sentir bem, eu em.
Larissa: Amiga esse vestido tá lindo. — diz colocando seu brinco.
Bárbara: Comprei ele no asfalto, naquela loja que eu disse que queira levar vocês.
Carolina: Eu já tô pronta. — diz amassando o cabelo.
Bárbara: Eu também.
Em uns dez minutos o Arthur chegou, e fomos com ele de carro.
O baile tava lotado ali, qualquer um se perderia facilmente. Hoje eu tô desapegada, pronta pra aproveitar essa noite.
Todo mundo pegou bebida e foi pro vip. Obrigada, Arthur, você serve pra fazer algo de últil a não ser usar droga.
Chegamos lá e a primeira coisa que estava a minha vista era o Coringa em uma roda de amigos com uma loira do lado dele. Os dois me olharam e eu ignorei totalmente.
Cumprimentei o Nobru e o Mob com um beijinho na bochecha e disse apenas "oi" pro Coringa que cumprimentou com a cabeça.
Me sentei com as meninas e bebi um pouco, depois descemos e dançamos até. Depois voltamos.
Eu olhava de canto vendo o Coringa beijando a loira, o tbt veio. Que ódio Bárbara, sai daí e vai curtir lá em baixo, você não tava lembrando dele a festa toda.
Nobru: Opa. — puxou meu braço.
Bárbara: Eai. — sorrio. — Me lembro de já ter te cumprimentado hoje.
Nobru: Quem disse que eu tô aqui pra isso?
Ele não perdeu tempo e já veio apertando a minha bunda, e me beijando de vagar. Ele colocou a mão entre meus cabelos, e deu uma leve puxada.
O beijo tava tão bom, mas tudo foi interrompido pro uma mão grande me puxando.
Bárbara: Ou?
Coringa: Vem comigo. — me puxa.
Bárbara: Eu não. — o interrompo.
Coringa: Cala a boca e vem logo tiw.
Só conseguia escutar a música parando e a voz do meu irmão. Anunciando pra todos irem imediatamente para suas casas.
Bárbara: Para de me puxar, ô filho de uma rampeira.
Coringa: Entra aí. — solta meu braço e eu entro no carro. — Fica quieta que eu vou buscar as meninas, não sai daí.
As meninas entraram no carro junto com o Coringa. Logo já entendi que era invasão, por ouvir o Coringa falando no radinho com o Nobru pra ele ir correndo ajudar os meninos na barreira.
– Convoca geral, ação.
Ele deixou a gente na porta e entramos imediatamente. Topando com o Crusher descendo as escadas com uma glock na mão.
Crusher: Fiquem quietas aqui, tranquem tudo. — veio em minha direção. — Você já sabe onde fica pra emergência né? — concordei com a cabeça.
– Chefe não dá tempo. Já tão subindo.
Crusher: Se cuidem. Se cuida, Bárbara. Te amo. — beijou minha testa, abraçou a Carol e beijou a Lara.
Ok, não entendie mas não vem ao caso agora.
Logo depois o Coringa chegou de moto.
Passou nem um minuto que os meninos saíram, as meninas já estavam tensas. E eu nervosa, porque os tiros só aumentavam.
A Lara começou a batucar as coisas e tava me deixando mais tensa ainda.
Bárbara: Para aí Larissa, porra.
Larissa: Gente essa porra tá só aumentando, eu tô com medo, não pela gente, pelos meninos.
Eu também tava tensa por eles, a coisa lá fora tava séria. E a gente tava ali trancada, sem fazer nada. Mas eu não ia ficar ali parada não, nunca tive medo e nem corri de nada, não era agora que eu ia.
Subi no quarto do meu irmão, onde eu sabia que tinha arma e peguei uma pistola. Desci correndo e a Carol me barrou.
Carolina: Cê tá doida Bárbara? Perdeu a noção? Se você sair dessa casa vai levar pipoco no meio da testa.
Bárbara: Carolina, eles estão em perigo lá fora. Meu irmão tá lá, eu não vou ficar aqui parada e esperar o pior acontecer. Como já aconteceu uma vez.
Larissa: Deu coisa foi Bárbara? Quantas vezes o seu irmão já foi trocar tiro com bandido e tu ficou quietinha aqui?!
A Carol não disse nada, só tirou a mão de mim. Eu destranquei tudo e sai andando de fininho, viela por viela.
Os tiros estavam mais próximos e meu medo tava aumentando.
– Eai novinha.
Soltei um grito quando olhei pra trás e vi um cara com uma arma apontada pra mim. Não pensei duas fezes, apertei o galinho e atirei.
Será que alguém escutou? Meu Deus, eu vou morrer aqui.
Continuei andando e senti que os meninos estavam perto.
Avistei o Arthur de longe com o Coringa e pelo que dava pra ouvir da conversa deles, já estava tudo "bem".
O Arthur virou de costas e eu vi um cara saindo da viela.
Bárbara: ARTHUR OLHA PRA TRÁS.
Eu disparei, e logo depois ouvi outro disparo, no mesmo tempo fechei os olhos. Achei que realmente o tiro tinha acertado o Arthur.
Até que eu comecei a sentir uma dor e coloquei a mão um pouco abaixo da minha costela e vi sangue.
Surgiu outro filho da puta, e acertou em mim. Porra.
Ouvi outro disparo e pelo pouco que eu vi, alguém tinha atirado em quem me feriu. Eu comecei a ficar com a visão preta e pude sentir alguém me pegar antes de cair no chão.
Escutei o Arthur me chamar de longe, mas eu não conseguia nem abrir meus olhos.
─✧ Continua.
─✧ Maratona 1/5
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leal
FanfictionSinopse. 🦋 Essa poderia ser só mais uma daquelas histórias de um menina chata, que mora em um apartamento no asfalto e é mimada pelos pais, mas não. Bárbara Passos, uma mulher de vinte e dois anos, formada em arquitetura e urbanismo está de volta...