(...)Bárbara narrando
Dia de baile, e hoje eu ia me acabar. Tava pronta pra dançar até o chão e é isso.
Coloquei um vestido colado, porque se não for eu nem vou.
Enfim, o baile tava pocando do jeito que a gente gosta. Eu e as meninas dançavamos a cada funk que tocava, sem nem parar pra sentar.
Vi o Coringa a todo momento com uma menina no colo e as vezes que eu olhava pra ele, ele olhava pra mim. Confesso que me deu uma leve raiva, ele nem veio falar comigo, deve que ele realmente me acha uma interesseira. Que ele vá se fuder.
Depois que as meninas cansaram, eu dancei com o Nobru, e sim, fiquei com ele. Perder tempo pra que? Cara gentil e gato.
Depois eu sentei na mesa do vip sozinha e comecei a beber demos. Vi meu irmão ficando com a Lara e já via tudo embaçado por causa da bebida.
Levantei cambaleando e vi o horário, 4h30 e eu não aguentava mais ficar ali, peguei minha bolsa e tropecei no Coringa.
– Olha pra frente minha filha. — disse a menina que estava sentada no colo dele.
Nem dei moral, tava bêbada demais pra isso. Procurei meu irmão e não achei, fui descendo a rua e logo ouvi o Coringa me chamar.
Bárbara: Hã?
Coringa: Você tá bêbada, Babi?
Bárbara: Não é da sua conta, sai daqui. — ele negou com a cabeça, me colocou no ombro dele e foi me levando até o carro.
Victor narrando
Mano, vi a Babi saindo da festa bêbada igual um gambá, achei melhor levar ela pra casa. Deixei o resto da festa na mão dos moleques e fui lá. Ela não aguentava nem descer da rua, coloquei ela no meu ombro e coloquei no banco de trás do carro.
Do nada ela começa a chorar, tipo, do nada.
Coringa: Tá chorando por que tiw? — olhei pra trás e ela tá puxando a perna.
Ela conseguiu prender o pé no banco do carro.
Bárbara: Que droga! — chora mais.
Parei o carro na frente da casa do Crusher e fui ajudar a bendita a sair do carro.
Coringa: Caralho, como cê conseguiu prender o pé aqui garota? — digo puxando o pé dela. Até que finalmente eu consigo tirar.
E coloquei ela no meu ombro de cabeça pra baixo e subi com ela pro quarto. Ela já tinha dormido, de tão bêbada. Quem dorme se cabeça pra baixo tiw? Só o Batman!
Levei ela no banheiro e segurei o cabelo dela, enquanto ela fazia aquela nojeira, tava quase vomitando nela também.
Ela tava tão bêbada, que tirou a roupa ali na minha frente e levou o maior tombo pra entrar no box, comecei a rir da cara dela chorando no chão. Quando cansei de rir ajudei ela a levantar e coloquei ela embaixo do chuveiro.
Bárbara: Co, me ajuda a tomar banho?
Coringa: Ajudo Babi... — respirei fundo e comecei a ensaboar as costas dela, os ombros e a barriga. — Agora se vira!
Tava lavando minha mão na pia quando ela tira a calcinha e o sutiã, e PUTA QUE PARIU! Eu ia comer essa mina ali, naquela hora.
Contei até 10 e lembrei que ela tava chapada e não iria fazer a mínima ideia de nada amanhã e sai transtornado do banheiro, tá ligado?
Arrumei a cama dela e assim que ela saiu do banho, dei uma camiseta grande e larga pra ela vestir e fui saindo do quarto.
Bárbara: Dorme aqui Co...
Coringa: Não rola não Babi.
Bárbara: Por favor!
Deitei do lado dela e capotei mano.
Bárbara narrando.
Acordei com uma baita dor de cabeça, abri os olhos devagar e vi o horário, 15:30. Quando fui levantar tinha uma mão enorme e pesada na minha cintura. Soltei o maior berro quando vi o Coringa dormindo lá.
Coringa: QUE SUSTO TIW, TÁ DANDO UMA DE DOIDA FIA?
Bárbara: O que você tá fazendo aqui?
Coringa: Você mandou o Coringa lindo dormir aqui.
Bárbara: Não mandei.
Coringa: Você não lembra?
Bárbara: A gente... É... Cê sabe, fez alguma coisa?
Coringa: Incrivelmente, não.
Bárbara: Sério?
Coringa: Eu também não sou acostumado a dormir com ninguém, e não fazer nada.
Bárbara: Como eu cheguei aqui? Minha cabeça tá doendo.
Coringa: O que você lembra?
Bárbara: Que eu fiquei com o Nobru e de agora.
Coringa: VOCÊ FICOU COM O NOBRU? — comecei a rir da cara brava dele.
Bárbara: Ciúmes isso?
Coringa: E se for?
Bárbara: Probelma seu, agora já pode ir embora. — digo me levantando e indo pro banheiro.
Coringa: Deixa de ser mal agradecida tiw, podia ter deixado você dormir na rua ontem.
Bárbara: Era só ter deixado, ainda tô brava com você. — fecho a porta do banheiro e tudo fica silencioso.
Tomei um banho demorado e quando sai do banheiro o Coringa não tava mais lá. Desci e fui pra cozinha fazer algo pra eu comer. Quando eu chego lá ele tá encostado no balcão. Aproveitei pra passar calada, mas senti a mão grossa dele no meu braço.
Coringa: Foi mal pelas palavras.
Bárbara: Foi péssimo!
Coringa: Eu sou assim pô, falo merda na maioria das vezes, mas não é por mal. Por isso tô aqui na humilde, te pedindo desculpas, papo reto.
Bárbara: Seu comentário me ofendeu muito na hora, mas agora tá de boa. Eu sei da minha conduta, e sei muito bem que eu não sou nada do que você falou.
Coringa: Tá certa, Bárbara. Se quiser eu posso ir embora depois, só fala que me perdoa antes. Fiquei a semana inteira pensando nesse bagulho, mas sem coragem de admitir que eu fui um filha da puta contigo.
Bárbara: Tá.. — fiz beleza com a mão, e ele riu. — Pode ficar se quiser, pra almoçar.
Coringa: Tô na larica mermo.
Bárbara: Mas vai ter que me ajudar a fazer.
Coringa me ajudou a fazer o almoço, ele fez o arroz e eu o strogonoff. Depois comemos e lavamos as coisas.
Coringa: Aí, vou meter o pé. Muito trabalho, valeu pelo rango. — eu apenas concordei com a cabeça, indo para a porta.
Bárbara: Diz pra Amanda que eu tô com saudade, e da próxima trás ela.
Coringa: Não fica brava tá?! — olhei sem entender.
Ele foi se aproximando aos poucos, meu coração disparou, e eu senti aquele arrepio, porém muito bom. Dei um passo pra trás, mas ele segurou na minha cintura, uma mão ele deixou lá e a outra levou no meu rosto, me dando um selinho demorado, mas depois beijando com calma. Fazendo as nossas bocas se encaixarem perfeitamente.
─✧ Continua.
─✧ ate que fim deus kkk.
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leal
Hayran KurguSinopse. 🦋 Essa poderia ser só mais uma daquelas histórias de um menina chata, que mora em um apartamento no asfalto e é mimada pelos pais, mas não. Bárbara Passos, uma mulher de vinte e dois anos, formada em arquitetura e urbanismo está de volta...