(...) 3 semanas.Bárbara narrando
Coringa: Bárbara, colé? — bateu na minha bunda, e eu reclamei devolvendo o tapa, só que no braço.
Bárbara: Me deixa, vai embora Victor.
Coringa: Vou não! — apertou minha bochecha, me beijando com força. — Tu não confia em mim? Porque é só disso que eu preciso, da tua confiança.
Bárbara: Como confiar desse jeito, Coringa? Hoje fazia mó cota que a gente não brigava. — ele riu, me deixando com raiva. — E agora eu recebo uma foto sua saindo daquela garota que você sabe muito bem que eu não suporto, de noite e quanto a Amanda tava na casa da vó.
Coringa: Vai se fuder, Bárbara.
Bárbara: Vai se fuder, Victor.
Ele ficou calado me encarando, eu fiz cara de deboche e virei o rosto, ficando quieta, eu tava muito na paz pra ficar surtando, ou gritando com ele.
Coringa saiu do quarto encostando a porta, eu bufei com raiva achando que ele já tinha ido embora, mas ele voltou pouco tempo depois, só que ainda sem me dar explicações de nada!
Coringa: Quer remédio? Eu sei que tu tá sentindo dor.
Bárbara: Já tomei, Coringa. — falei baixo, sentando na cama e colocando meu cabelo atrás da orelha. — Eu só quero saber a verdade, seu cara de cu. Não tem como continuar com a confiança se você fica pagando de doido.
Coringa: Ela tá grávida do cara lá. — olhei pra ele. — Mas ela tava dizendo que era meu, e essas parada aí.
Bárbara: Pra ela tá dizendo que é seu, é porque vocês dois ficaram, não é?
Coringa: É, amor. Mas faz tempo, mais de quatro meses, e ela só veio contar agora. Eu já sabia que era mentira, então falei altas parada no ouvido dela.
Bárbara: E você não me disse nada?
Coringa: Tô contando agora.
Revirei os olhos ignorando ele, e depois desci pra pegar o lanche que a gente tinha pedido.
Coloquei o suco na mesa, e quando tava de costas abrindo o meu lanche, senti o Victor me abraçar por trás, cheirando meu pescoço.
Coringa: Foi mal Bárbara, tá bom assim?
Bárbara: Ok... — respirei fundo, e segurei no rosto dele pra beijar.
Ele abriu o lanche dele e nós nos sentamos na mesa. Nos primeiros minutos foi silêncio total, até ele começar a cantar e eu ri vendo ele mandar beijo, muito fofo, nem parece o ogro de sempre.
Coringa narrando
Bárbara tava deitada com a cabeça no meu peito, enquanto eu resolvia umas paradas da missão de amanhã, ela tava calada só alisando meu peito, de olhos fechados, e eu me perdia em casa traço dessa mulher.
Coringa: Eu sei que tu sabe das coisas que eu fiz, com a outra lá. E mesmo assim tá botando confiança em mim, bagulho foda.
Bárbara: Se a gente quer que dê certo, tem que continuar sendo assim! — levantou um pouco a cabeça.
Coringa: Essas fotos que sempre chega no seu celular, é de gente que não tem o que fazer e quer separar os outros, tá ligada?
Bárbara: Eu sei. — murmurou. — Mas você não ia me contar mesmo se eu não tivesse recebido a foto?
Coringa: Na minha cabeça não precisava, pô. Se a cria fosse minha sim, mas não é.
Bárbara: Você tem total certeza, Coringa?
Coringa: Tenho pô! Se eu tivesse desconfiado ia te contar, mas se ela mesmo disse que não, é porque ela fez as contas.
Bárbara: E quem é o pai?
Coringa: Um dos meus que fica lá na barreira, mas ele tá em outra missão esses dias, nem deve saber.
Ela balançou a cabeça olhando pra tv, mas depois levantou quando alguém bateu na porta, nem tinha olhado direito, mas depois do vi a Amanda pulando em cima de mim, e a Melissa na porta.
Amanda: Papai, eu posso dormir com você?
Coringa: Pode, minha vida. Mas tu trouxe roupa? Pra dormir e ir pra escola amanhã?
Melissa: Tá tudo aí dentro, eu nem queira trazer, mas ela tava enchendo o saco hoje, então eu fui na sua casa mas a mulher que limpa avisou que você tava aqui.
Coringa: Mandinha, vai colocar tua bolsa no quarto! — levantei, olhando pra Melissa que encarava a Bárbara. — Amanhã a noite eu levo ela.
Melissa: Não deixa ela comer muita besteira, ok? —balancei a cabeça. — E você Bárbara, quando vai ter um pra garantir o seu? — falou, em um tom de deboche.
Bárbara: Relaxa, de interesseira aqui já basta você. Agora que a menina já tá aqui, você pode ir saindo.
Melissa: Olhando assim nem parece que em menos de dois meses vai estar dando o golpe. — riu.
Bárbara: Não sei oque é pior, a sua fama de ex inconformada ou o jeito que você acha que me atinje com as suas palavras, da próxima você não passa nem dá porta.
Coringa: Anda, vai. — ela virou o rosto saindo, e a Bárbara voltou pro sofá. — É bom tu ter a consciência do que faz, porra. Não vou deixar tu continuar pagando de doida pra cima de não, te orienta.
Ela logo saiu e eu fechei a porta, olhando pra Amanda que olhava pra tv e conversava com a Bárbara.
Coringa: Amanda, tu tá gostando de morar com a tu mãe de novo?
Melissa: Eu gosto pai.
Bárbara: Amor, você vai assistir com a gente?
Coringa: Esses desenho aí é mó chato, não tenho paciência.
Bárbara: Ok, cancela o combinado de mais tarde! — neguei com a cabeça, vendo ela fazer bico.
Amanda queria colocar o desenho chato dela, Bárbara foi ajudar e depois eu tentei puxar ela por quarto, mas ela negou, se soltando de mim pra ir assistir com a minha filha.
─✧ Continua.
─✧ Maratona 5/5
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leal
Fiksi PenggemarSinopse. 🦋 Essa poderia ser só mais uma daquelas histórias de um menina chata, que mora em um apartamento no asfalto e é mimada pelos pais, mas não. Bárbara Passos, uma mulher de vinte e dois anos, formada em arquitetura e urbanismo está de volta...