Capítulo 28 - Discussão

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Camille

O dia do jantar na casa do Felipe tinha chegado e confesso que pensei em desistir várias vezes, mas eu não poderia fazer isso com a mãe dele. Eu tinha decidido para de me lamentar e sofrer por algo que não aconteceu e seguir em frente e que se Felipe queria brincar comigo eu também seria capaz de brincar com ele, pelo menos eu acho.

Depois que entrei no carro não tinha para onde correr era questão de minutos para ficar frente a frente com ele, nunca desejei tanto pegar um engarrafamento, mas por milagre hoje o caminho estava livre, a vida está conspirando a seu favor Felipe Neto.

Assim que cheguei sentia um frio na barriga, eu não queria nem sair do carro, ele estava lá me esperando e parece que também não sabia muito o que fazer. Respira fundo Camille, você consegue. Felipe se aproximou da porta e abriu a mesma com um sorriso que me deixou completamente desmanchada, mas não demonstraria.

Retribui o sorriso e fomos para casa, ele parece muito nervoso com a minha presença e eu gosto disso. Assim que entramos na casa finalmente conheci minha sogra, quer dizer a mãe dele.

Ainda bem que eu só pensei isso, né?

Cumprimentei ela e Bruno e fomos para o sofá, ficamos longos minutos conversando e Dona Rosa me contava coisas sobre o Felipe que eu jamais imaginei saber e eu contava coisas sobre minha gravidez. Eu simplesmente adorei a mãe dele, ela é muito divertida.

Não demorou muito para que Felipe nos chama-se para jantar, o que agradeci, não porque a conversa estivesse ruim, na verdade eu estava morrendo de fome.

O jantar está delicioso e a conversa muito agradável, eu me sentia muito confortável em estar ali, já Felipe parecia que ia ter um troço cada vez que a mãe dele falava que tínhamos que ficar juntos. Mães sendo mães a maioria sempre protetora, ela ama o filho e quer o bem dele, não julgo, faria o mesmo. E quem não iria querer me ter como nora? Fala sério.

Na hora da sobremesa era óbvio o que Dona Rosa e Bruno tentaram fazer, eu apenas segui o fluxo e deixei rolar, é engraçado ver um cara nervoso por ficar a sós com uma mulher, eu estava realmente gostando desse jantar. Só não imaginava o que estava por vir.

[...]

Depois que Felipe trancou a porta do escritório dele eu realmente me senti nervosa,  tudo poderia acontecer, desde uma briga à resolvermos tudo, mas sei que a segunda opção não vai acontecer. E no fim estávamos discutindo como eu havia previsto.

- Eu realmente não te entendo, por que você faz isso? — eu o olhava procurando uma resposta plausível para isso.

- Isso o que? — agora se faz de desentendido?

- Brincar com meus sentimentos. — senti um alívio em dizer isso, eu realmente sinto que ele brinca com meus sentimentos.

- Eu jamais brincaria com seus sentimentos, eu te amo Camille. — como ele pode dizer isso sendo que ele está noivo? Que tipo de pessoa é você Felipe?

- Cala a boca para de falar besteira! Me ama? Você me ama Felipe? Me ama e está com outra. — negava incrédula de como ele era capaz de ser assim.

- Você não entenderia. — o que eu não entenderia? - Mas sim eu te amo, eu me apaixonei por você, eu não consigo parar de pensar em você em nenhum momento do meu dia. — eu continuava a negar suas palavras, completamente incrédula como ele é capaz de mentir assim? - Você pode não acreditar, mas é a verdade.

- É eu realmente não acredito. Já esta tarde, é melhor eu ir. — desviei dele e fui em direção a porta.

- Não! Me desculpe. — ele segurou meu braço me puxando para ele. - Por favor, não vá embora.

Amor Por Acaso (Felipe Neto)Onde histórias criam vida. Descubra agora