Capítulo 7

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Eu não estava conseguindo acreditar naquilo que eu estava vendo.

Eu estou gravida!

Não é possível meu Deus. Como isso aconteceu? O que vou fazer agora? O que vai acontecer com a minha vida. Culpa daquele desgraçado, ele me enganou disse que tinha usado camisinha e eu acreditei.

Você é muito burra Camille, como pode deixar isso acontecer? Eu devia ter tomado a pílula do dia seguinte mesmo assim. Mas não eu sou burra não  pensei.

Andava de um lado para o outro no meu quarto sem saber o que fazer, aquele teste tinha que estar errado. Peguei outro teste e fiz.

Positivo.

Peguei mais um e novamente...

Positivo.

Eu queria muito que aquilo fosse um sonho, mas não era, eu estou grávida do Felipe Neto. Guardei os testes nas caixas e me deitei na cama encarando o teto tentando arrumar um jeito de sair de tudo isso, mesmo que seja impossível. Dentro de mim cresce uma vida inocente e que não foi nada planejada, mas que eu jamais faria algum mal a ela. Passei a madrugada pensando maneiras de como iria contar para minha mãe, como ia fazer para criar essa criança sozinha,  por que sei que o pai jamais acreditará que é seu filho. Todo esses pensamentos me deixaram cansada e adormeci em meio a perguntas e confusões na minha mente.

[...]

- Camille! — despertei com alguém gritando meu nome e esmurrando minha porta. Que inferno isso, não se tem paz nessa casa?

Me levantei e olhei em volta,  catei os testes e guardei no fundo da gaveta,  abri a porta e vi minha irmã.

- O que foi Bea? — perguntei sonolenta, estava muito cansada.

- Pensei que tinha acontecido algo,  estou te chamando a meia hora. — ué nem ouvi,  só agora quando acordei.

- O que houve?  — me apoiei na porta.

- Vem comer. A comida já  esta pronta. — comida? Olhei para janela tentando ver o tempo.

- São que horas. — perguntei confusa, parece que mal deitei na cama.

- Meio dia e quarenta. Dormiu bem? Tá com uma cara abatida. — neguei, difícil dormir bem sabendo que se está grávida.

- Estou sem fome, depois como algo. — ameacei fechar a porta.

- Espera. Você esta bem? — minha irmã insistiu.

- Estou Beatriz,  só estou com sono. Mamãe esta ai? — eu precisava saber,  tinha que tomar coragem e contar a ela,  não  ia adiar,  odeio mentiras.

- Sim,  está esperando para comermos. — precisava me preparar para ouvir um belo sermão.

- Depois eu desço agora não quero comer. — fiz uma careta e Fechei a porta.

Fui ao meu banheiro e tomei uma ducha demorada, precisava relaxar e sentir a água escorrendo pelo meu corpo ajudava. Não sei qual vai ser a reação da minha mãe, mas espero muito que seja positiva.

Sai do banheio e me vesti,  me olhei no espelho e minha aparencia estava um pouco melhor, pentiei os cabelos e sai do quarto segurando meu celular, quando cheguei no andar de baixo pude ouvir as vozes de minha mãe e irmã,  meu coração parecia que ia sair pela boca. Fui até as duas e ambas me olharam meio confusas.

- Mãe preciso conversar com você. — minha mãe franziu a testa e esperou eu falar.

- Quer que eu saia? — minha irmã perguntou e eu neguei.

Amor Por Acaso (Felipe Neto)Onde histórias criam vida. Descubra agora