Amor Por Acaso (Felipe Neto)

Capítulo 32 - Desapontada

Camille

Ele me olhava pensativo e não falava nada e isso estava me angustiado, será que? Ele não viria aqui para dizer que é nada.

- Eu nunca fiz um pedido oficial né? — estreitei os olhos o encarando. ‐ Camille  eu sei que tudo que aconteceu com a gente e  entre a gente não tenha sido por acaso ou até foi, mas acredito que isso era para acontecer, que esse amor por acaso fosse para acontecer. Eu sei que estou parecendo bobo, mas eu me apaixonei por você de verdade e eu não aguento mais estar longe de você. Não sei explicar o que você fez comigo, mas você me trouxe de volta a vontade de viver e amar, parece rápido os outros podem pensar "ah como se apaixonou assim tão rápido." Ninguém sabe explicar o que o coração é capaz de fazer. Eu só sei que eu te amo e quero muito que você seja minha, minha amiga, minha namorada e quem sabe minha futura esposa.

Meus olhos se encheram de lágrimas com as palavras do Felipe eu não conseguia nem responder, meu coração estava acelerado. Eu realmente tô achando ele muito bobo, nunca tinha o visto assim.

- Então o que nós somos? — ele me perguntou e sorri.

- Eu aceito. — respondi enquanto as lágrimas caiam grossas pelas laterais do meu rosto.

- Ufa. — ele disse aliviado e secou meu rosto.

- Toda essa história aconteceu por um acaso do destino. Quem diria que seríamos loucos o suficiente  para transarmos com um estranho numa boate e que a camisinha fosse estourar?

- Er... — Felipe coçou a nuca e se sentou.

- Você não usou uma camisinha? — me sentei.

- Ah eu só queria você, não estava pensando direito.

- Você é doido? — bati nele. -   Não teve medo de morrer? Eu confiei em você Felipe. — cruzei os braços.

- Eu estava muito bêbado, eu queria muito você e sendo sincero eu realmente não estava pensando em mais nada além de nós dois. Eu sabia das consequências do que poderia acontecer. — olhei para ele furiosa.

- Com quantas mais você fez isso?

- Só com você, você foi a única. — semi cerrei os olhos. - Eu tô falando a verdade. Eu sei que fui imprudente, um imbecil. Não estava bem da cabeça. Mas não me arrependo.

- Eu devia te expulsar. — disse brava. - E aquele barulho de camisinha abrindo?

- Era um pacote de remédio,  aqueles que você bebe antes e depois de encher a cara para não ter ressaca.

- Você é doido. Por isso você não questionou tanto sobre a Ally, você sabia que ela era sua o tempo todo.

- Eu tinha uma suspeita muito grande, as contas, tudo o que aconteceu, era óbvio.

- Eu devia te processar. – levantei da cama com um pouco de dificuldade por causa da barriga e fui em direção a porta.

- Por que? Eu não fiz nada que você não quisesse. Você ficou lá rebolando no meu pau me deixando louco.

- Que? Se eu não lembro não fiz. — olhei para ele negando e ele veio na minha direção já com as mãos loucas para pegar minha cintura.

- Posso te fazer relembrar. – sorri.

‐ É? Como? — ele sorriu e me beijou.

[...]

Acordei ouvindo a voz do Felipe e seus passos de um lado para outro. Abri os olhos lentamente e ele me olhou com o semblante preocupado.

- O que foi? — perguntei num tom inaudível e ele fez sinal para mim pedindo um minuto.

Minha vontade era quebrar o dedo dele, odeio que me mandem esperar, mas parecia sério. Levantei da cama e fui direto para o banheiro, minha bexiga estava me matando, fiz meu xixi e me toquei que estava nua. Quem nunca fez menção de se vestir sendo que estava pelada? Super normal.