Capítulo 8

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Felipe

Nos últimos dias tenho tido sonhos estranhos no qual eu estou na boate com aquela garota e transamos na frente de todos sem nos importar e a Paola aparece com uma metralhadora e atira na gente.

Acho que não é bem um sonho e sim um pesadelo, toda essa coisa esta me corroendo, por mais que eu tente não pensar na estranha ela aparece e a vontade de contar a Paola tudo que aconteceu é enorme, me sinto estranho ao olhá-la sabendo que a trai.

Eu preciso esquecer isso ou contar tudo, não dá para viver assim.

- Amor está pensando em que? – Paola perguntou curiosa.

- Nada demais. – sorri e a abracei. – Vamos à piscina?

- Uhum. – ela se levantou e foi para parte externa.

Estou ferrado mesmo. Sai da casa e caminhei até a piscina e a observei passar o bronzeador, que mulher maravilhosa. Amém meus seguidores que me proporcionaram poder agora ter uma casa com piscina.

- Vem amor. – ela me chamou e fui até ela.

- Não quero esse bronzeador ai não, prefiro protetor. – pedi e ela passou em mim.

Ficamos sentados tomando sol um tempo e logo depois entramos na piscina, nadamos e nos divertimos bastante, era nosso último dia juntos ela iria para casa dela e eu ia voltar a fazer os vídeos com mais foco.

[...]

Paola já tinha ido embora e fui trabalhar, tinha muitos vídeos para por em dia, toda a equipe já estava arrumada quer dizer eu e Bruno e começamos a gravar uns vídeos que sairiam no dia seguinte.

Já estava pronto para dormir quando resolvi olhar o celular entrei no youtube e fiquei olhando uns vídeos de gameplay que tinham me indicado, não sei como esse pessoal gosta tanto disso, mas tudo bem. Perdi a noção do tempo assistindo uma garota estava tão bom que nem queria parar, mas o sono foi mais forte e acabei dormindo com o celular na mão.  

Pela manhã fiz as coisas rotineiras, revi a planilha com o que faríamos e gravei alguns videos. Queria fazer algo diferente a noite então combinei com os carinhas de sair para beber algo e jogar papo fora, por mais que pudéssemos fazer isso em casa, na rua é bem melhor.

[...]

Mais tarde como planejado fomos a uma boate, começamos a beber assim que chegamos e me sentei no bar observando tudo ao meu redor, não sei o que eu estava procurando, mas procurava algo. Com forme as horas iam passando mais bêbados ficávamos, fiquei sozinho algumas vezes já que todos arrumaram alguém para beijar e eu não podia. Dessa vez eu vou fazer o certo.

Já perdido a conta de quantos copos de cerveja eu tinha bebido e já me sentia meio tonto e brincalhão. Soltávamos piadas sem graças a todo momento e riamos alto. Era hora de irmos embora nem que fosse para beber em casa o que não é uma má ideia.

 - Vamos? – chamei o pessoal, todos já estavam bem bêbados.

- Tá. – meu irmão concordou e se apoiou no meu pescoço.

Saímos da boate e peguei meu celular para pedir o urbe, mas me distrai com um grupo de garotas que saiu cantando e rindo da boate, estavam muito animadas e falando muito alto. Quanta animação essa hora da manhã eu já estava quase acabado e pensando em ir deitar e elas super animadas. Voltei a olhar meu celular e pedi o urbe.

Enquanto olhava o trajeto do urbe ouvi um barulho alto seguido de uma freada levantei meu olhar rapidamente e vi as pessoas correndo, logo os gritos ecoaram. Parecia cena de filme de terror as garotas do grupo que vi saindo da boate gritavam desesperadas pedindo socorro, eu realmente não sabia o que fazer, algumas pessoas pareciam ligar para o socorro, e eu resolvi ir ver o que aconteceu deixei os caras esperando o urbe e fui até o local, as garotas estavam desoladas, chorando desesperadas, tinha muitos curiosos, o motorista cercado de seguranças, as pessoas queriam o linchar. Por fim quando cheguei na frente do carro, pude ver uma garota caída, a cena era triste, seu braço quebrado, sangue pelo chão, não dava para saber se estava desacordada ou morta. Horrível de se ver voltei para perto dos caras e contei o que vi, todos queriam ir ver, mas graças a deus o carro chegou e logo atrás a ambulância, espero que a garota fique bem.

 Durante o trajeto resolvemos que devíamos beber lá em casa, então passamos num mercado e compramos algumas coisas e seguimos para a mesma.

[...]

Assim que chegamos nos espalhamos pela sala e voltamos a beber, eu já estava desorientado e com muita vontade de desabafar.

- Gente, pera eu preciso falar. — me levantei e fui para o meio da sala.

- Falar o que? — meu irmão perguntou curioso.

- Gente eu trai a Paola. — joguei a bomba e me senti aliviado,  todos me olharam com os olhos arregalados e boquiaberto.

- Que? Como assim Felipe? — Bruno perguntou curioso.

- Na boate eu fiquei com uma garota e transamos lá mesmo. E foi muito bom. Eu não estava pensando direito, mas o beijo dela, o cheiro o corpo dela tudo nela era maravilhoso eu não consegui me segurar. — bebo todo o líquido do meu copo. - Eu sei que fiz besteira, mas foi uma das melhores besteira da minha vida.

- Cara você é doido. Paola vai te matar. — Bruno falou e suspirei.

- Eu não vou contar para ela. Ela nunca vai saber. Eu amo ela. — enchi meu copo e bebi.

Ficamos conversando e todos me aconselhavam a contar a verdade, mas eu tinha certeza que se contasse Paola me deixaria e não era isso que queria. Passamos a noite enchendo a cara e falando de mulheres, depois de um tempo todos pareciam ter esquecido o que eu tinha dito, ou pelo menos fingiam ter esquecido. Quando a bebida acabou fomos forçados a ir dormir e agradeci por ser minha casa e poder dormir na minha cama.

[....]

Obrigada por lerem e até o próximo. beijos

Amor Por Acaso (Felipe Neto)Onde histórias criam vida. Descubra agora